Gabriel Jesus chega a 101 gols. Agora falta decidir mais jogos grandes
Como quase tudo no Brasil, Gabriel Jesus é alvo de análise extremistas. Com 22 anos, já tem título brasileiro, participação em Copa do Mundo, duas conquistas de Premier League e três temporadas sendo comandado por Pep Guardiola. Nada mal para um início de carreira.
Com os três gols marcados sobre o Dinamo Zagreb no encerramento da fase de grupos da Liga dos Campeões, o atacante brasileiro chegou a 101 na carreira. Em 204 partidas, mais 27 assistências. Bons números para quem nunca foi titular absoluto no time inglês, até pela concorrência com o ídolo e artilheiro Kun Aguero. E foi o segundo "hat-trick" no torneio continental, já que também havia marcado três gols sobre o Shakhtar Donetsk nos 6 a 0 em 2018.
Não é gênio, o novo Ronaldo…nem "lixo". Um bom atacante, com oscilações naturais dentro de um processo de evolução e amadurecimento. Na ausência de craques que rivalizem no topo com Messi e Cristiano Ronaldo, feito que seria complicado até para os grandes brasileiros da história do esporte, a exigência sobre qualquer talento emergente no país é imensa. Sem gols na Copa disputada na Rússia, o mundo caiu também sobre os ombros de Jesus. Mais um exagero no nosso apocalipse diário.
Cabe, porém, uma crítica ao Gabriel. Ou uma observação pensando na projeção de carreira: está na hora de ir às redes também em jogos verdadeiramente decisivos do Manchester City. Ate porque já deu boas respostas no Palmeiras e na seleção brasileira em partidas decisivos. Mesmo entrando durante os jogos. Excetuando as copas nacionais, o desempenho cai em grandes duelos por Premier League e mata-mata de Champions.
O grande momento até aqui foi na semifinal da Copa do Liga Inglesa, marcando quatro no Burton Albion. Em partidas com maior responsabilidade dá a impressão de que a ansiedade que se transforma em afobação faz errar mais que o habitual. Natural, compreensível. Mas algo a melhorar, até porque Aguero não será eterno nos citizens.
Por ora, vale a vitória para compensar a queda brusca na liga nacional, ficando a 14 pontos do líder Liverpool. Nesse cenário, os gols de Gabriel Jesus são um alento e também esperança. Quem sabe as coisas mudam até fevereiro e, enfim, a Champions vira prioridade para Guardiola e o lado azul de Manchester vai atrás do título tão sonhado para mudar de patamar na Europa?
Se Jesus for, enfim, protagonista, certamente a visão sobre ele no Brasil será diferente. Não sem os exageros habituais. Porque é assim que funciona por aqui.
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