Show do Liverpool em Leicester confirma: quem corre certo cansa menos
O Liverpool encarou a sequência de jogos em dezembro com dois grandes objetivos: primeiro se garantir no mata-mata da Liga dos Campeões, depois a disputa de uma "final" nos pontos corridos fora de casa contra o Leicester City. No meio havia um Mundial de Clubes no Catar, que virou obrigação pela eliminação vexatória dos jovens do time C na Copa da Liga Inglesa para o Aston Villa por 5 a 0.
Vitória sobre o Salzburg garantindo a liderança do grupo no torneio continental, primeira conquista intercontinental…e o melhor ficou para o último dos nove jogos disputados no mês: 4 a 0 sobre o vice-líder da Premier League no "Boxing Day".
Mais do que a intensidade natural da equipe de Jürgen Klopp, o que chamou mais atenção foi a organização. Para defender e atacar. Sem bola, cortando todas as conexões com Jamie Vardy, artilheiro da competição com 17 gols. Atenção especial a Tielemans e Maddison, os principais criadores na móvel linha de meias no 4-1-4-1 de Brendan Rodgers.
Com a bola, a consolidação da ideia de ter cada vez mais os laterais adiantados e próximos do trio Salah-Firmino-Mané. Com o retorno de Wijnaldum, o meio-campo foi novamente sólido, mesmo ainda sem o lesionado Fabinho. Mas é pelos lados que o melhor time do mundo cria mais e com eficiência.
Com Robertson acelerando pela esquerda na busca do fundo ou até da finalização. E Alexander-Arnold sobrando como o grande articulador da equipe, junto com Roberto Firmino. Pela meia esquerda acionando Roberto Firmino no primeiro gol. No mesmos setor cobrando o escanteio que terminou no pênalti convertido por Milner, que entrara na vaga de Keita. Pela direita servindo Firmino no terceiro e o próprio lateral aparecendo para marcar o quarto e último.
Simplesmente 4 a 0 em Leicester. O campeão da temporada 2015/16 havia sofrido apenas dois gols nos últimos nove jogos em casa. Não era derrotado em seus domínios desde abril. O Liverpool simplesmente não tomou conhecimento. 59% de posse, 15 finalizações a três – seis a zero no alvo. Zero. Não permitiu nenhuma finalização na direção da meta de Alisson.
E nenhum sinal de desgaste. Por uma razão simples e que não muda, mesmo com toda evolução no esporte: quem corre certo cansa menos. Sem contar a confiança por tantas vitórias e agora conquistas. Quando se sabe o que fazer, que espaço ocupar, qual brecha fechar do adversário e atacar do oponente, tudo fica muito mais fácil.
Um timaço que encaminha o título inglês com dezessete vitórias, um empate e um jogo a menos. Treze pontos de vantagem na liderança. Todas as condições de pulverizar os recordes impostos pelo Manchester City de Pep Guardiola nas duas últimas temporadas. Há talento, execução precisa e um fôlego que parece inesgotável para seguir empilhando vitórias.
(Estatísticas: BBC)
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