Neymar e PSG decolam, mas problema continua o mesmo: a concorrência
As últimas atuações de Neymar no Paris Saint-Germain trazem a boa nova: o craque brasileiro voltou a ser notícia pelo que faz em campo. Com o camisa dez brilhando, o time francês naturalmente cresce e já ostenta uma invencibilidade de 13 partidas, desde a derrota para o Dijon pela Ligue 1 em novembro. Nos últimos oito jogos, um empate (3 a 3 com o Monaco) e sete vitórias por goleada.
Neymar voltou ao time aos poucos depois da demora na reapresentação e de lesões que vem perseguindo o jogador nos últimos anos. Mas já tem 13 gols e sete assistências em 13 partidas e influencia cada vez mais a produção do PSG líder absoluto da liga nacional com 49 pontos, oito a mais que o Olympique de Marseille em 20 rodadas. Foi às redes nove vezes nas últimas oito partidas.
O suficiente para criar um clima de otimismo em relação à possibilidade de, enfim, ser competitivo no mais alto nível dentro da Liga dos Campeões. A esperança aumenta por conta da campanha segura na fase de grupos, terminando na liderança e empurrando o Real Madrid para a segunda colocação. No confronto direto, 3 a 0 na abertura do Grupo A em Paris e a reação nos 2 a 2 dentro do Santiago Bernabéu.
É impossível negar que o PSG é favorito contra o Borussia Dortmund nas oitavas. A menos que muita coisa mude até o jogo de ida, na Alemanha, no dia 18 de fevereiro. Mas qual o parâmetro seguro para avaliar a equipe de Thomas Tuchel em um patamar mais elevado?
O problema segue o mesmo: a concorrência. Muito fraca na França, forte demais entre os grandes europeus. Justamente porque na liga espanhola, Barcelona e Real Madrid, na pior das hipóteses, têm um ao outro para se medir. E na Premier League, mesmo com Liverpool sobrando, o nível de enfrentamento é sempre alto. Faz diferença na hora de um mata-mata.
A vitória tranquila sobre o Real em casa tem o contexto específico da crise, naquele momento, da equipe comandada por Zinedine Zidane. Na volta, o time merengue, mais encorpado e fazendo sua melhor atuação na temporada até ali, dominou boa parte de um jogo eletrizante e poderia até ter construído uma goleada. Vacilou nos minutos finais e levou o empate.
De um PSG que depende naturalmente de Mbappé e Neymar para se impor. Mas ainda dá a impressão de ser frágil em jogos de transições mais intensas. E parece loucura imaginar, por exemplo, um time no 4-2-2-2 com Di María e Neymar como meias e uma dupla de ataque formada por Mbappé e Icardi segurando um duelo mais avançado da Champions contra um rival da elite atual – Liverpool, Manchester City, Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique e Juventus.
Por maior que seja a dinâmica que Idrissa Gueye entregue ao meio-campo será difícil competir. O quarteto ofensivo até tenta cumprir as ordens de Tuchel na reação rápida depois da perda da bola com pressão, mas, na prática, muitas vezes acaba marcando "com os olhos". Na França, defender com seis tem sido suficiente na maioria dos jogos. As disputas permitem um descanso ao longo dos noventa minutos por conta da disparidade técnica. No torneio continental pode custar caro já contra o Dortmund.
De qualquer forma, se Neymar não tiver nenhuma lesão ao menos terá a oportunidade de estar em campo para contribuir. E tentar virar do avesso as frustrações dos últimos anos. Não é pouco, mas também pode não ser suficiente. De novo.
(Estatísticas: Whoscored.com)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.