Mesmo sem Flórida Cup, rascunho do Corinthians pode dar em bela arte final
O resultado tinha uma relativa importância pelo contexto da rivalidade com o Palmeiras. Qualquer taça em disputa vale. Por isso o Corinthians sentiu no apito final a derrota de virada por 2 a 1 para o Atlético Nacional que deu a Flórida Cup para o Palmeiras, que vencera, também de virada pelo mesmo placar, o New York City.
Mas o saldo dos primeiros testes, um tanto precoces, pode ser considerado positivo. Tiago Nunes rascunhou a equipe em um 4-2-3-1 que resgatou boa ideia do Grêmio campeão da Libertadores em 2017: Ramiro como "ponta-volante" partindo da direita para dentro trabalhando com Luan, criando superioridade numérica no meio e abrindo o corredor para o lateral – Fagner, no caso.
Além disso, valeram os momentos de intensidade, de rapidez no perde-pressiona e dos passes verticais de Camacho e Victor Cantillo, destaque com dinâmica no trabalho entre as intermediárias, visão de jogo e perigo nos chutes de média/longa distância.
As chances desperdiçadas, porém, custaram, de certa forma, o título do torneio em Orlando. No primeiro tempo, Boselli perdeu pênalti sofrido por Fagner, infiltrando justamente no corredor. Vagner Love entrou na segunda etapa e desperdiçou contragolpe iniciado pela bola recuperada no campo de ataque, passe de Ramiro e o camisa nove errando duas vezes à frente do goleiro Cuadrado.
Luan foi melhor na estreia, não só pelos dois gols. Mas novamente se movimentou bem, buscando espaços às costas dos meio-campistas do time colombiano, que mostrou evolução em relação à partida contra o Palmeiras, foi superior na segunda etapa e mereceu a virada com gols de Gustavo Torres e Sebastián Gómez.
As muitas substituições sempre descaracterizam a análise da capacidade competitiva. Mas os 90 minutos com titulares nas duas partidas mostraram que há esperanças. Já para o confronto pela segunda fase da Libertadores contra San José ou Guarani que começa em 5 de fevereiro.
Com a volta de Pedrinho da seleção pré-olímpica e a definição na lateral-esquerda entre Lucas Piton e um Sidcley ainda longe da melhor condição física, fica faltando um bom nome para ocupar a ponta pela esquerda. Tiago Nunes precisa de um jogador com maior capacidade de desequilibrar: com dribles e/ou velocidade para acelerar contragolpes e infiltrações em diagonal. Não parece ser Janderson.
De qualquer forma, o futuro é promissor em caso de evolução sólida. O rascunho pode dar em bela arte final.
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