A grande noite de Neymar pelo PSG na Champions não merecia estádio vazio
É claro que a pandemia de coronavirus justifica toda precaução e os portões fechados para torcedores.
Mas a noite de Neymar liderando o Paris Saint-Germain para enfim ultrapassar as oitavas de final da Liga dos Campeões depois que o clube francês deu o salto de investimentos com a contratação não só do craque brasileiro, mas também de Mbappé, merecia o Parc des Princes lotado.
Nunca saberemos se a presença da torcida criaria um clima de tensão que poderia atrapalhar os donos da casa – esses paradoxos que só o futebol é capaz de gerar. Mas o que Neymar jogou foi uma enormidade. Aberto pela esquerda no 4-2-2-2 necessário de Thomas Tuchel depois da derrota por 2 a 1 para o Borussia em Dortmund.
Precisando compensar Mbappé debilitado, iniciando no banco de reservas. E Cavani, que lutou como sempre, mas longe da pontaria dos melhores momentos. Mas Neymar até apareceu na área em cobrança de escanteio para abrir o placar de cabeça. E comemorar provocando Haaland.
A jogada bem coordenada pela direita que passou por Neymar, chegou a Sarabia que serviu Bernat no final do primeiro tempo. Construindo a vantagem necessária e merecida do PSG para administrar no segundo tempo contra um Borussia tenso e com dificuldades para fazer a bola chegar a Haaland com qualidade.
Neymar ainda cavaria a falta que terminaria em confusão e expulsão de Emre Can no último minuto regulamentar, esfriando a "blitz" final do time alemão. Que igualou a posse, mas não foi contundente em jogo de poucas finalizações: sete do PSG, seis do Dortmund. Mas quatro no alvo dos franceses contra apenas duas da equipe de Lucien Favre.
O camisa dez, símbolo do projeto bilionário e ambicioso do clube, supera os problemas físicos, os questionamentos internos e externos e prova seu poder de decisão no mais alto nível. Desta vez a temporada não acaba em março para o PSG.
Graças a Neymar, que chorou no apito final. Seria a grande chance de redenção e comunhão com a torcida que o criticou tanto – e justamente. Mas não se pode ter tudo na vida. Seguir na Champions já foi mais que o suficiente em Paris.
(Estatísticas: UEFA.com)
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