Volta do futebol na Europa escancara drama do PSG e de Neymar na Champions
O Manchester City entra em campo na quarta, dia 17, para enfrentar o Arsenal em jogo adiado da 28ª rodada da Premier League. Exatos 99 dias depois da última partida antes da pandemia: derrota para o rival United por 2 a 0 no dia 8 de março. Serão nove rodadas que devem confirmar o título do Liverpool, mais a Copa da Inglaterra que retorna nas quartas-de-final e tem a decisão marcada para 1º de agosto. O time de Guardiola já faturou a Copa da Liga Inglesa.
A Juventus voltou na sexta-feira empatando sem gols com o Milan e se classificando para a decisão da Copa da Itália contra o Napoli. Final na quarta, em Roma, e retomada da liga no dia 22, para mais 12 rodadas até o início de agosto. O time de Cristiano Ronaldo, para variar, lidera o campeonato, mas apenas um ponto à frente da Lazio.
Times com realidades opostas. O City praticamente cumpre tabela na liga e vai se dedicar à copa nacional até a volta da Champions, definindo a vaga nas quartas contra o Real Madrid depois de vencer na ida por 2 a 1. A Juventus define logo o mata-mata e depois parte para um guerra buscando manter a hegemonia no país. Ambas competindo forte até agosto, ou bem próximo disso.
O Paris Saint-Germain disputou a última partida no dia 11 de março, quando eliminou o Borussia Dortmund e conseguiu ultrapassar a barreira das oitavas da Liga dos Campeões na "Era Neymar/Mbappé". Foi declarado campeão francês quando as autoridades francesas proibiram atividades esportivas até setembro.
Com o retorno das principais ligas, o PSG – e também o Lyon, o outro francês que disputa o torneio continental e venceu a Juventus na ida por 1 a 0 – se depara com o maior obstáculo, no momento, para o sonho de disputar com chances reais o maior título de clubes do planeta: a inatividade.
Com a possibilidade de disputa das quartas e semifinais em jogos únicos em sede fixa (provavelmente Lisboa), o time francês estaria objetivamente a três partidas da grande obsessão do clube. Mas como ser competitivo com quase seis meses sem jogos oficiais?
O clube busca uma flexibilização, com a possibilidade de realização de amistosos e da decisão da Copa da França, contra o próprio Lyon, no dia primeiro de agosto. Ainda assim, a distância do nível de competição seria gigantesca. Não só em relação aos exemplos citados, de City e Juventus.
O próprio Bayern de Munique, outro grande favorito ao título europeu pelo desempenho mesmo antes da parada, decide a Copa da Alemanha no dia 4 de julho contra o Bayer Leverkusen. Antes disso deve confirmar o octacampeonato da Bundesliga que, com apenas 18 clubes, termina no dia 27. Só uma partida em julho, mas ainda com grande vantagem sobre o PSG.
É claro que, por exemplo, uma lesão grave de um Cristiano Ronaldo ou Lewandowski neste processo pode relativizar e muito a vantagem dos times que estão jogando. Mas o contexto do gigante francês hoje é único. Nenhum time ficou tanto tempo sem jogar oficialmente.
Para piorar, a insatisfação com a direção do futebol, especialmente Leonardo, por conta do anúncio das saídas de Thiago Silva e Cavani. Clima tenso e sem partidas para dividir atenções e tornar as pautas sobre o clube menos negativas.
Como estarão Neymar, Mbappé e companhia quando entrarem em campo para o jogo mais importante da história recente do Paris Saint-Germain? Eis a maior incógnita do futebol desde a Segunda Guerra Mundial. E a resposta ainda vai demorar.
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