brighton – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Datas-FIFA são o tormento do City de Guardiola em busca de feito inédito http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/03/18/datas-fifa-sao-o-tormento-do-city-de-guardiola-em-busca-de-feito-inedito/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/03/18/datas-fifa-sao-o-tormento-do-city-de-guardiola-em-busca-de-feito-inedito/#respond Mon, 18 Mar 2019 10:40:45 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6173

Foto: Clive Mason (Getty Images)

Kompany, Laporte, Mendy, Fernandinho, De Bruyne, David Silva e Aguero. Mais Otamendi lesionado e cortado da seleção argentina. São os oito jogadores do Manchester City não convocados para as datas-FIFA que param o futebol de clubes na Europa de 18 a 26 de março. Com exceção do zagueiro argentino que inicia recuperação, os demais ganham folga.

Pep Guardiola sempre demonstra preocupação nessas pausas. Não só pelo risco de perder jogadores contundidos, mas também por conta do desgaste de mais partidas na temporada ou, ao contrário, de atletas que não jogam e treinam nas seleções sem a intensidade do clube. Principalmente por conta de uma desmobilização em torno dos objetivos da equipe.

No caso dos citizens não são poucos. O time disputa a Premier League ponto a ponto com o Liverpool, está nas quartas de final da Liga dos Campeões contra o Tottenham e ainda marca presença nas semifinais da Copa da Inglaterra diante do Brighton.

Campeão da Copa da Liga Inglesa, o time azul de Manchester vai atrás de um feito inédito: até hoje nenhum clube do país venceu a Liga dos Campeões e as três competições nacionais – sem contar a Supercopa vencida em agosto sobre o Chelsea por 2 a 0, gols de Kun Aguero. O Liverpool passou perto em 1984, conquistando o torneio europeu, a liga nacional e a Copa da Liga. O United também, em 1999. Campeão inglês, da Europa e da Copa da Inglaterra.

A missão, porém, é duríssima e o mês de abril já se apresenta bastante agitado. Um pouco antes, no dia 30 de março, sai para enfrentar o Fulham pela liga. No dia 6 encara o Brighton na semifinal da Copa em Wembley. Por conta disto, o jogo em casa contra o Cardiff pela 33ª rodada foi adiado, talvez ainda para uma data de abril.

No dia 9, duelo com os Spurs também em Wembley pela Champions. No dia 14 visita o Crystal Palace e três dias depois fecha as quartas do torneio continental contra o Tottenham no Etihad Stadium. Justamente o adversário do dia 20 pelo campeonato nacional, no mesmo estádio.

Clássico de Manchester no Old Trafford contra o United no dia 24 – jogo adiado da 31ª rodada. Quatro dias depois, visita o Burnley na penúltima rodada do campeonato inglês. E se estiver na semifinal da Liga dos Campeões entrará em campo já no dia 1º de maio contra Juventus ou Ajax.

Dez ou onze jogos em 32 dias. Um a cada três dias. Para o padrão brasileiro do calendário inchado pelos estaduais pode parecer normal, mas na Europa e numa reta final de temporada é pesado pelo nível de competição muito alto. Mesmo com elenco qualificado em um orçamento quase infinito. Se cumprir todos os objetivos pode chegar a 64 partidas em 2018/19.

Obcecado pelo ciclo treinamento-jogo-alimentação-repouso-recuperação, Guardiola deve estar com a cabeça a mil buscando soluções para minimizar o desgaste físico e mental. Ainda mais com a atuação ruim contra o Swansea pelas quartas da Copa. Levou 2 a 0 e virou no “abafa” com a utilização de titulares que iniciaram no banco de reservas e o benefício de erros da arbitragem – pênalti mais que duvidosos sobre Sterling e impedimento de Aguero no gol da vitória.

Tudo que ele precisava era estar com seus jogadores treinando e orientando. Lembrando os movimentos trabalhados ao longo da temporada. Justamente o tempo que não terá agora. Nem depois com a sequência de jogos. Um tormento para o técnico de sede inesgotável de vitórias e taças.

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City vence, mas ideias confusas de Guardiola sacrificam Gabriel Jesus http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/12/city-vence-mas-ideias-confusas-de-guardiola-sacrificam-gabriel-jesus/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/12/city-vence-mas-ideias-confusas-de-guardiola-sacrificam-gabriel-jesus/#respond Sat, 12 Aug 2017 18:26:51 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3112 Gabriel Jesus apareceu mais no primeiro tempo da estreia do Manchester City no Campeonato Inglês, fora de casa contra o Brighton, de volta à primeira divisão inglesa depois de 34 anos. Deu lençol, tocou a mão na bola em gol bem anulado que lhe rendeu um amarelo injusto. Depois não testou firme e permitiu bela defesa do goleiro Ryan completando cruzamento de Kun Aguero.

Na segunda etapa, só foi notado ao disputar com o zagueiro Dunk, que acabou marcando gol contra em um golpe de cabeça mais que estranho. O segundo gol, já que o primeiro foi de Aguero no primeiro contragolpe cedido pelo time da casa enquanto a partida estava empatada.

Assim como o Barcelona de Guayaquil na quarta feira contra o Palmeiras no Allianz Parque, o Brighton pagou por se empolgar com a atuação medíocre do adversário favorito, avançar suas linhas e ceder espaços entre as linhas.

Porque diante do 4-4-2 compacto armado pelo treinador Chris Hughton, que recuava os “wingers” como laterais e formava uma última linha defensiva com seis homens foi difícil entender a proposta de Pep Guardiola. Mandou a campo um 3-3-2-2, com Danilo improvisado na ala esquerda e Gabriel Jesus fazendo dupla de ataque com Aguero.

O resultado prática na maior parte do tempo foi uma posse de bola acima de 70%, porém estéril. Walker e Danilo bem abertos, David Silva e Kevin De Bruyne sacrificados na articulação, precisando de muita movimentação para dar opções de passe aos zagueiros Kompany, Stones e Otamendi e a Fernandinho, o único volante. Os que mais tocavam na bola.

O goleiro brasileiro Ederson assistiu ao jogo no primeiro tempo e teve um pouco mais trabalho depois do intervalo. Acabou falhando na saída da meta e foi apenas correto no trabalho com os pés. Vale observar a evolução na sequência da temporada.

Aguero e Jesus tentavam alternar na mobilidade e no trabalho de referência na frente, mas participavam pouco na zona de decisão porque os citizens tocavam, tocavam…até Danilo, isolado pela esquerda, cortar para o pé direito e jogar na área ou Walker buscar a linha de fundo. Ou as bolas frontais levantadas por De Bruyne, a maioria inócuas.

Contraproducente. Ainda que todos os princípios de jogo do treinador catalão estivessem lá. Difícil entender, ainda mais com Bernardo e Sané no banco de reservas. Aguero acabou se saindo melhor. Já Gabriel Jesus, mesmo finalizando quatro vezes, taticamente foi sacrificado, subaproveitado. Atuação apenas razoável. Não por sua culpa.

Guardiola segue indecifrável. Ao menos o seu City, na loucura que está sendo a primeira rodada da Premier League, conseguiu a vitória. Mas é preciso clarear as ideias na intenção de adaptar seu estilo ao futebol jogado na Inglaterra. O primeiro ato, apesar dos 2 a 0, pareceu bem confuso.

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