cazares – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Flamengo paga pela desconcentração contra um Galo jogando final de Copa http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/18/flamengo-paga-pela-desconcentracao-contra-um-galo-jogando-final-de-copa/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/18/flamengo-paga-pela-desconcentracao-contra-um-galo-jogando-final-de-copa/#respond Sun, 19 May 2019 00:24:09 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6551 Os titulares do Flamengo foram ao Independência tratando uma das maiores rivalidades interestaduais do país, se não for a maior, como um jogo qualquer. Talvez acreditando que repetiria com naturalidade a vitória do ano passado – um placar “mentiroso” para quem assistiu à partida, vencida no sufoco com gol de Everton Ribeiro completando jogada de Vinicius Júnior.

Bom início rubro-negro, novamente com Arrascaeta por dentro, Everton Ribeiro e Bruno Henrique nas pontas e Gabriel Barbosa no centro do ataque. Mas Rodrigo Caio, de atuação perfeita na quarta contra o Corinthians pela Copa do Brasil, vacilou na saída de bola e terminou a jogada no chão depois do drible e finalização precisa de Cazares. Meia que formou com Luan e Chará o trio de meias atrás de Ricardo Oliveira.

Um Galo ligado e elétrico compensando com fibra alguma desorganização defensiva que dava espaços para as infiltrações em diagonal de Bruno Henrique, que empatou o jogo em seguida na jogada individual. Com Gabriel Barbosa errando praticamente tudo e cada vez com menos confiança, o ataque do Fla depende demais de seu ponteiro esquerdo.

Ainda assim, parecia que conseguiria se impor na segunda etapa depois da expulsão de Elias por entrada duríssima sobre Renê no final do primeiro tempo. Mas entrou ainda mais disperso e autossuficiente. Em cobrança de lateral de Guga, vacilo de Léo Duarte e golaço de Chará. Com explosão no campo e no estádio para deixar bem clara a diferença anímica e de consciência da importância da partida.

Abel empilhou atacantes: Berrío, Lincoln e Vitinho nas vagas de Gabriel, Arrascaeta e Léo Duarte. Totalmente desorganizado e dependente dos cruzamentos de Pará e Renê (50 bolas levantadas em 90 minutos!), os visitantes abafaram, finalizaram 12 vezes (19 vezes no total) e fizeram de Victor um dos destaques da partida. Mas podiam ter entregado mais futebol. E atenção.

O Galo se fechou num 4-4-1 que recuava até Vinícius, o substituto de Cazares – Ricardo Oliveira já havia saído no intervalo para a entrada de Adilson, a reposição a Elias na proteção da retaguarda. Com entrega absoluta segurou os 2 a 1 e comemorou como final de Copa do Mundo. Porque entendeu a grandeza de um clássico nacional e a relevância para não se desgarrar da briga pelo topo da tabela. O Fla de novo fica devendo quando exigido em um cenário mais complicado.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Atlético Mineiro 2018 com pé fundo no acelerador http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/01/21/atletico-mineiro-2018-com-pe-fundo-no-acelerador/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/01/21/atletico-mineiro-2018-com-pe-fundo-no-acelerador/#respond Sun, 21 Jan 2018 20:56:46 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4034 A estreia dos titulares do Atlético Mineiro em 2018, na segunda rodada do Campeonato Mineiro, confirmou a impressão da montagem do elenco para a temporada. Aliás, desde a saída de Rafael Carioca para o Tigres do México, ainda em agosto. Com Robinho e Fred fora do elenco, além de Marcos Rocha, que foi para o Palmeiras.

O Galo de Oswaldo de Oliveira será aceleração pura. Seja pelas laterais com Samuel Xavier e Fabio Santos, pelo meio com Arouca e Elias. Principalmente com o trio Roger Guedes, Cazares e Otero atrás de Ricardo Oliveira no 4-2-3-1 habitual do treinador.

Até o novo camisa nove – mesmo com 37 anos, três a mais que o antecessor Fred – é mais rápido e chama lançamentos. Com os três velocistas trocando o posicionamento a todo o momento e Elias aparecendo na área adversária para marcar dois gols. O primeiro logo aos oito minutos, facilitando o jogo em transições rápidas. Mais um do estreante Roger Guedes. 3 a 0 em 18 minutos alucinantes.

Era até esperado que, principalmente na segunda etapa, o time diminuísse a intensidade. São apenas 17 dias de preparação, com Oswaldo comandando uma pré-temporada “à moda antiga”, com fortes treinos físicos e coletivos. Natural a queda. A boa atuação da dupla Leonardo Silva e Gabriel na zaga  garantiu a meta de Victor.

Mas a primeira impressão foi boa. A dúvida é quando precisar alternar ritmos e ter paciência para furar bloqueios mais sólidos e organizados. Porque esse novo Galo joga com o pé fundo no acelerador.

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Empate é o retrato do Atlético Mineiro na temporada. Na hora de decolar… http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/07/09/empate-e-o-retrato-do-atletico-mineiro-na-temporada-na-hora-de-decolar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/07/09/empate-e-o-retrato-do-atletico-mineiro-na-temporada-na-hora-de-decolar/#respond Mon, 10 Jul 2017 01:08:04 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2941 Roger Machado seguiu o planejamento traçado para o jogo contra o Botafogo no Nílton Santos: deixou Cazares e Fred, desgastados pela viagem a Cochabamba, no banco de reservas. Também Alex Silva, titular na Libertadores, mas permitindo o retorno do titular Marcos Rocha.

No entanto, com a rodada favorável que poderia dar oportunidade de subir da oitava para a quinta posição, com a mesma pontuação do Palmeiras, e a proposta do Botafogo de, mesmo em casa e com a maioria dos titulares, manter a ideia de jogar reagindo à iniciativa do adversário, tomou conta da partida.

Com Elias ao lado de Rafael Carioca à frente da defesa, Yago e Marlone nas pontas e Robinho solto como atacante circulando pelos flancos e se aproximando de Rafael Moura, o Atlético Mineiro teve a chance de definir o jogo no primeiro tempo com o gol de Marlone em chute que desviou em Emerson Silva e no pênalti desperdiçado por Rafael Moura.

Ou defendido por Jefferson, ídolo alvinegro vindo de inatividade de 14 meses substituindo Gatito Fernández. Melhor em campo e protagonista de um Botafogo sem ideias quando ficou em desvantagem no placar. Ficou com a posse de bola, teve Camilo no início do segundo tempo e depois Guilherme na vaga do extenuado Pimpão e Marcos Vinicius no lugar de Lindoso, mantendo a estrutura tática, porém com jogadores mais ofensivos que se aproximavam de Roger.

Mas criou muito pouco. Se limitou ao abafa com lançamentos e cruzamentos a esmo, rebatidos pela defesa atleticana, que ganhou consistência com Adilson no lugar de Yago – Elias voltou para o lado direito – e desafogo com a dupla Cazares e Fred saindo do banco para qualificar os contragolpes. Só que desta vez o equatoriano entrou descansado fechando o setor esquerdo e mantendo Robinho livre na frente.

Exatamente os dois que desperdiçaram contragolpes no final e consagraram o nome de Jefferson. Também deram a sensação de que o Galo havia dado chances demais ao time da casa, que não costuma desistir. No pênalti sobre Marcos Vinicius, Victor ainda fez a defesa na cobrança de Roger, mas nada pôde fazer no rebote que sua retaguarda não conseguiu afastar. Outro vacilo. Nos acréscimos.

Foi a terceira finalização no alvo do Bota em dez tentativas. O Galo chutou seis que fizeram Jefferson brilhar, num total de nove. Claro que houve muitos méritos do arqueiro veterano, ainda mais retornando depois de tanto tempo. Mas é impressionante como o Galo de Roger perde oportunidades de se afirmar na temporada.

Mesmo com título estadual, melhor campanha na fase de grupos da Libertadores e com vantagem para a volta das quartas da Copa do Brasil contra o próprio Botafogo (se repetir o 1 a 1 estará classificado), não desperta confiança no desempenho. É capaz de oscilar dentro das partidas. A combinação técnico promissor + elenco qualificado ainda não conseguiu dar a liga que prometia.

O Atlético podia entrar no G-6 – o Santos venceu o São Paulo na Vila Belmiro e subiu para quarto. Ficou em oitavo com o gosto amargo de dois pontos perdidos pelas circunstâncias da disputa em Engenho de Dentro. Um retrato da equipe em 2017.

(Estatísticas: Footstats)

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Marcelo Oliveira resgata o “Galo Doido” na intensidade de Cazares http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/07/01/marcelo-oliveira-resgata-o-galo-doido-na-intensidade-de-cazares/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/07/01/marcelo-oliveira-resgata-o-galo-doido-na-intensidade-de-cazares/#respond Fri, 01 Jul 2016 11:29:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=1111 Se o mundo – inclusive o Corinthians de Tite, último campeão brasileiro – busca o controle dos jogos sem abrir mão da intensidade, o Atlético Mineiro parece ter se inserido na nova ordem do planeta bola como o “Galo Doido”.

Ou seja, o time que se impõe pela pressão constante, especialmente em casa, e assume todos os riscos. Importa é fazer mais gols que o adversário, ou construir o resultado que interessa. Assim foi na Libertadores em 2013 sob o comando de Cuca. Pagou o preço contra o Raja Casablanca no Mundial.

Autuori, Levir e Aguirre tentaram dar alguma ordem à loucura, mas tantas vezes se beneficiaram do estilo para construir vitórias e o título da Copa do Brasil em 2014.

Chega Marcelo Oliveira, com história no clube como jogador e treinador iniciante. Campeão da Copa do Brasil com o Palmeiras, mas muito questionado pelo jogo de “trocação”, sem muitos cuidados com a compactação e a posse para administrar vantagens e apelando demais para as ligações diretas.

Perfeito para resgatar o estilo rápido e insaciável. No ritmo de Juan Cazares, meia equatoriano que pensa correndo. Afastado por Aguirre, ganhou a confiança do novo técnico depois do retorno da Copa América para se entender rapidamente com Clayton, Fred e Robinho no quarteto ofensivo atleticano.

Nos 5 a 3 sobre o Botafogo no Mineirão, dois gols e duas assistências, para Robinho e Fred. Carlos completou a goleada. O camisa onze foi líder em finalizações e posse de bola. Mandou no jogo. Os gols no início de cada tempo – o primeiro aos 12 segundos na ligação direta de Erazo para Leonardo Silva que encontrou Cazares – ajudaram a desmontar o quase sempre organizado time de Ricardo Gomes. Não houve como resistir.

Mas considerando o abismo técnico entre as equipes e o contexto do jogo, mesmo assim o Galo cedeu mais espaços e levou mais sustos que deveria. O time carioca teve 55% de posse, finalizou 19 vezes contra 12 e pode reclamar de um impedimento inexistente de Ribamar e da falta de Carlos César sobre Camilo na origem do segundo gol, de Robinho.

Foi às redes com os substitutos Sassá e Gervásio Nuñez e no final, já em ritmo de treino, com o chute de Bruno Silva que Victor aceitou. Não houve risco real para o Galo, mas o pé cravado no acelerador de Cazares torna o jogo mais aberto, sujeito a surpresas. Funcionou contra Ponte Preta, Corinthians na transição de Tite para Cristóvão, América e Botafogo. Ainda falta um teste mais duro para medir até aonde é possível chegar.

Seja como for, as vitórias afastam o temor do Z4 e abrem caminho para a busca da consistência que pode colocar o Galo na rota do título. O Palmeiras é líder absoluto, mas o rendimento cai muito fora de casa. É o vácuo que outras equipes podem aproveitar.

Por que não o time que mais investiu em nomes de peso na temporada? O Galo do intenso Cazares.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Na estreia de Robinho, o brilho de Cazares. Como escalar os dois no Galo? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/02/25/na-estreia-de-robinho-o-brilho-de-cazares-como-escalar-os-dois-no-galo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/02/25/na-estreia-de-robinho-o-brilho-de-cazares-como-escalar-os-dois-no-galo/#respond Thu, 25 Feb 2016 03:37:06 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=563 O Estádio Independência queria ver Robinho, mas Diego Aguirre foi cuidadoso e colocou a nova estrela de início no banco. Decisão inteligente.

Alternando intensidade e posse de bola, além da forte jogada aérea, como quer o técnico uruguaio, o Atlético Mineiro foi beneficiado pelo gol logo aos três minutos de Lucas Pratto, completando passe de Marcos Rocha. Depois massacrou o Independiente Del Valle: 63% de posse, nove finalizações contra três – cinco a zero no alvo. Chamaram atenção os 11 desarmes certos para o Galo contra apenas dois.

Mas saltou aos olhos mesmo a dinâmica de Juan Cazares. Centralizado atrás de Pratto no 4-2-3-1, é o meia que pensa correndo. Sem comparações, o equatoriano lembra o santista Lucas Lima pela movimentação procurando a bola, dando opções de passe e fazendo o jogo acelerar. Um primeiro tempo de encantar as retinas, mesmo sem o devido entrosamento.

No primeiro tempo, Cazares ditou o ritmo do Galo intenso e rápido que aproveitou o gol logo no início de Pratto para envolver o Independiente Del Valle (Tactical Pad).

No primeiro tempo, Cazares ditou o ritmo do Galo intenso e rápido que aproveitou o gol logo no início de Pratto para envolver o Independiente Del Valle (Tactical Pad).

Cansou na segunda etapa. A senha para a entrada de Robinho. Totalmente compreensível pelo aspecto físico. O problema foi deixar Patric em campo e despertar a ira da torcida. Frustrou também o espectador que queria ver os dois juntos.

Robinho foi praticamente outro atacante e esvaziou o meio-campo. Aguirre tentou compensar com Junior Urso na vaga de Leandro Donizete, que já tinha cartão amarelo. O time equatoriano ganhou espaços e fez Victor trabalhar. Angulo quase empatou em chute forte, a mais perigosa das três conclusões do visitante na segunda etapa.

A posse do Galo caiu para 57%, não houve controle do jogo. Robinho errou muito, natural por não conhecer os companheiros. Tem crédito e lastro para evoluir. A questão é como escalar a principal contratação da temporada até aqui com Cazares.

É viável. No 4-2-3-1, Cazares pode recompor pela esquerda e ganhar liberdade para articular. Robinho fica com Pratto na frente e nas ações ofensivas procura o lado esquerdo. Infiltra em diagonal e abre o corredor para Douglas Santos. Clayton, por ora, aguarda uma oportunidade. Mas é outra ótima contratação para a temporada.

A referência deve ser o desempenho da primeira etapa na segunda vitória na Libertadores e inserir um Robinho mais pronto para enfim ser o protagonista. Desta vez foi Cazares.

Robinho e Cazares podem alternar pela esquerda e no centro da articulação atrás de Lucas Pratto (Tactical Pad).

Robinho e Cazares podem alternar pela esquerda e no centro da articulação atrás de Lucas Pratto (Tactical Pad).

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