fabiocarille – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com Tiago Nunes, Corinthians pode atualizar versão 2015 de Tite http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/11/06/com-tiago-nunes-corinthians-pode-atualizar-versao-2015-de-tite/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/11/06/com-tiago-nunes-corinthians-pode-atualizar-versao-2015-de-tite/#respond Wed, 06 Nov 2019 09:26:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7525

Foto: Alexandre Schneider / Getty Images

Quando se fala na “Identidade Corinthians”, tão citada neste blog,  é por uma questão didática e de reforçar a imagem de uma sequência de trabalho, com alguns hiatos, que foi vencedora e teve apenas três profissionais envolvidos em quase dez anos: Mano Menezes, Tite e Fabio Carille.

Mas uma injustiça é cometida com a segunda passagem de Tite pelo clube, justamente o trabalho que o credenciou definitivamente para assumir a seleção brasileira: em 2014, o treinador resolveu ter uma “ano sabático” para repensar a carreira e estudar. Foi para a Europa, observou, consolidou conceitos e voltou com a proposta de adicionar à solidez defensiva, marca do seu trabalho mais vitorioso, mais mobilidade e criatividade.

Depois de passar boa parte da temporada de 2015 burilando o novo modelo com oscilações naturais, a reta final do Brasileiro encontrou sua melhor versão: um Corinthians no 4-1-4-1 com Renato Augusto organizando, Elias infiltrando, Jadson saindo da direita para dentro como ponta articulador e Malcom entrando em diagonal e se juntando a Vagner Love.

Campeão indiscutível, com atuação mais marcante nos 3 a 0 no Independência sobre o Atlético Mineiro, então o concorrente ao título que seria o vice. Novamente a defesa menos vazada, porém com o ataque mais positivo e um estilo envolvente, leve e agressivo. Ainda acreditando na segurança, mas agora investindo em triangulações e organização para atacar e criar espaços, obviamente sem abrir mão das rápidas transições ofensivas.

A segunda experiência de Fabio Carille – auxiliar de Mano e Tite alçado à condição de treinador que acabou campeão brasileiro em 2017 com uma espécie de “elo perdido” entre o Corinthians de 2011/12, mais pragmático, e o de 2015, com momentos de um jogo mais solto – foi traumática por não trazer nenhuma evolução e ainda revelar a dificuldade de enfrentar as limitações em um elenco menos talentoso e uma equipe que não encontrou o encaixe imediato como há dois anos. Assim como em 2018, o trabalho rendeu um título paulista e não passou disso.

A contratação de Tiago Nunes – ainda não anunciada oficialmente e o treinador só deve assumir em 2020, com Coelho comandando o time nos jogos que restam do Brasileiro – parece ser o rompimento definitivo com essa maneira de jogar. Mas na prática pode se transformar em uma retomada, com a devida atualização, dessa linha adotada por Tite há quatro anos.

Porque o jovem profissional efetivado no Athletico e que conquistou a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil em um ano e meio de trabalho é da escola gaúcha e acredita em organização defensiva. Mas adiciona ímpeto ofensivo, pressão logo após a perda da bola, intensidade e uma proposta que se adapta ao que pede o jogo: pode valorizar mais a posse ou apelar para um estilo mais direto, acrescentando a forte bola parada ofensiva com jogadas ensaiadas.

Tiago alcançou essa excelência em Curitiba sem recursos para grandes contratações e pinçando jovens, já que o trabalho que o credenciou a assumir a equipe principal foi com a equipe sub-23 que foi campeã paranaense e levou Léo Pereira, Renan Lodi e Bruno Guimarães para o time de cima. Fundamental para um Corinthians com problemas financeiros.

O novo treinador do time de maior torcida de São Paulo escolheu a visibilidade imediata em vez de consolidar e amadurecer o trabalho no Athletico. Talvez por perceber que os títulos conquistados sejam o teto para o clube no atual contexto do futebol brasileiro e sul-americano. Vencer nos pontos corridos ou se impor na Libertadores hoje parecem sonhos impossíveis.

Melhor se arriscar em um gigante e marcar território nessa sinalização de mudança no futebol jogado no Brasil liderada pelo Flamengo de Jorge Jesus. Justamente o time que goleou o “velho” Corinthians e parece ter encerrado um período vitorioso, mas cuja fórmula ficou obsoleta. Agora é pegar a melhor fotografia, restaurá-la, mas com o toque pessoal do novo comandante. De Tite a Tiago, um projeto que pode ser novamente vencedor.

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Com Bruno Henrique ligado é mais difícil resistir ao Flamengo http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/11/03/com-bruno-henrique-ligado-e-mais-dificil-resistir-ao-flamengo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/11/03/com-bruno-henrique-ligado-e-mais-dificil-resistir-ao-flamengo/#respond Sun, 03 Nov 2019 21:29:43 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7519 Difícil precisar se Bruno Henrique estava esgotado ou disperso nos jogos contra CSA e Goiás, depois da descarga emocional e por atuar no limite físico nos históricos 5 a 0 sobre o Grêmio. Mas o fato é que o atacante, exceto por escorar para Rodrigo Caio marcar o segundo gol sobre o Goiás, errou muito e foi bem menos participativo.

Mas bastou assumir a responsabilidade de substituir Gabriel Barbosa no centro do ataque, com Reinier entrando na frente no 4-1-3-2 móvel do Flamengo, para Bruno Henrique despertar e chamar para si o protagonismo no Maracanã. E com o camisa 27 ligado o líder do Brasileiro fica muito mais forte.

Apesar da impressionante concentração defensiva do Corinthians no primeiro tempo, lembrando os melhores momentos dos últimos anos. Ora no 4-1-4-1 com Pedrinho voltando pela direita e Ramiro fechando por dentro, ora no 4-2-3-1 com Pedrinho centralizando mais próximo de Gustavo na frente. Finalizando mais que o rival carioca nos primeiros minutos e criando problemas ao explorar os espaços às costas da última linha defensiva do Flamengo. Gustavo fez Diego Alves trabalhar.

Porque a equipe de Jorge Jesus pressionava pouco o adversário com a bola e não conseguia criar espaços. Dava a impressão de que seria a repetição da baixa intensidade das duas últimas partidas, mas nos últimos 15 minutos aumentou a rotação, a posse de bola foi ficando mais efetiva e o volume de jogo mais sufocante.

Até o pênalti de Cássio sobre De Arrascaeta. Em um ataque que não daria nem nada, mas efetivamente o goleiro tocou no pé do uruguaio. Bruno Henrique não é o cobrador oficial e nem bateu mal, mas Cássio fez bela defesa. Só que a tarde começava a sorrir com o rebote caindo nos pés do atacante para abrir o placar.

Com o Corinthians zonzo e, enfim, cedendo espaços entre os setores, Gerson ganhou de Ralf e encaixou passe primoroso para Bruno Henrique infiltrar livre e tocar na saída de Cássio. E a intensidade não diminuiu na volta do intervalo. Com 23 segundos, arrancou como ponteiro em diagonal a partir da esquerda e tocou na saída do goleiro corintiano.

Três a zero e Vitinho na vaga de Reinier. Um natural relaxamento e o espaço para Fagner acionar Pedrinho no lado forte do time de Fabio Carille e o cruzamento da direita encontrar Mateus Vital nas costas de Rafinha, que ficou com Junior Urso. Depois um pênalti de Everton Ribeiro não marcado pelo árbitro Jean Pierre Gonçalves de Lima. Mais uma infração marcável porque as novas orientações da FIFA parecem exigir que os jogadores não tenham braços dentro da própria área – este que escreve não marcaria também, pela pequena distância entre o rubro-negro e o adversário na disputa da bola.

Foi a senha para o Flamengo retomar intensidade e atenção. E Vitinho, que havia perdido uma oportunidade livre em infiltração pela esquerda bem parecida com a de Bruno Henrique no segundo gol, tirou da cartola uma de suas finalizações improváveis para resolver o jogo de vez. O Corinthians lutou com dignidade, mas poucos recursos. Quando precisa trabalhar a bola sofre demais. Ainda perdeu Cássio, lesionado. Com a goleada, Carille acabou demitido do comando técnico logo após o apito final.

O Flamengo deu minutos a Diego Ribas e descansou Rafinha, que sentiu o rosto em disputa com Gil. Rodinei desta vez não comprometeu, nem havia como…O resto foi posse de bola rubro-negra (66%) administrando os 4 a 1 já pensando no Botafogo, jogo da quinta-feira no Estádio Nílton Santos. Mais um no Rio de Janeiro, sem desgaste de viagem. Provavelmente descansando mais dois jogadores e Gabriel, suspenso, e Filipe Luís, que ficou no banco, desta vez em campo.

Se Jorge Jesus decidir poupar Bruno Henrique será uma boa recompensa ao jogador mais decisivo da melhor equipe do país. Mas o recomendável é deixá-lo no banco para qualquer emergência. Porque quando o vice-artilheiro do Brasileiro com 15 gols entra ligado é bem mais difícil resistir ao Flamengo que mantém os oito pontos na dianteira do campeonato.

(Estatísticas: Footstats)

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Primeira vitória do Cruzeiro como visitante reforça queda do Corinthians http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/19/primeira-vitoria-do-cruzeiro-como-visitante-reforca-queda-do-corinthians/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/19/primeira-vitoria-do-cruzeiro-como-visitante-reforca-queda-do-corinthians/#respond Sun, 20 Oct 2019 00:17:55 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7452 Os gols do Cruzeiro na Arena em Itaquera não foram exatamente construídos: mais um pênalti marcável, porém do tipo que exige que o defensor não tenha braços – Bruno Méndez, no caso, em disputa com Marquinhos Gabriel. Depois o lance de pura sorte, com Fagner tocando para trás em dividida e a bola chegando ao volante Ederson,  voltando lentamente para o seu posicionamento. Posição legal pelo toque do adversário, drible no goleiro Walter e bola nas redes.

Na jogada bem engendrada no primeiro tempo, o cruzamento de Marquinhos Gabriel encontrou Fred livre, mas o camisa nove, que converteu o pênalti que empatou o jogo, perdeu chance ainda mais cristalina. Abel Braga novamente armou a equipe resgatando o desenho de Mano Menezes: um 4-2-3-1 com Robinho como “ponta armador” pela direita, Marquinhos Gabriel voltando pela esquerda formando duas linhas de quatro sem a bola e dando liberdade a Thiago Neves para se aproximar de Fred.

Mas com a agressividade que o contexto exige dentro da luta para fugir do Z-4. A mesma demonstrada na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo na quarta-feira, a primeira com Abel, que nitidamente transformou o ambiente, tirou o peso. Superando até a lesão de Dedé logo no início da partida.

O Corinthians vai na direção contrária. Desde o triunfo sobre o Vasco, já são cinco rodadas sem vencer. Consequência da queda no desempenho, que já não era bom, e gera pressão e críticas. Mesmo sem perder posições na tabela, o que pode acontecer nesta 27ª rodada. Fabio Carille admite o problema, mas sofre para encontrar soluções. Segue dependendo demais da dupla Fagner-Pedrinho e o gol do lateral parecia o início da construção de mais uma vitória magra, no limite.

O trabalho defensivo, porém, vem perdendo solidez e ficou ainda mais prejudicado pelas ausências dos suspensos Cássio e Gil, mais Manoel vinculado ao Cruzeiro. Não exatamente pelos gols sofridos, mas por conta da instabilidade que aumentou com os desfalques, mas já fez a equipe ser vazada em quatro partidas seguidas: dois de Athletico, Goiás e Cruzeiro, um do São Paulo. Sequência inédita no campeonato que coloca em risco o G-4.

Difícil vislumbrar uma evolução imediata. Talvez a semana “cheia” para trabalhar, artigo raríssimo nos últimos tempos, possa ajudar. Mas a confiança está abalada e as mudanças seguidas na formação, compreensíveis pelo fraco rendimento, também complicam o ajuste do modelo que sofre para criar espaços e desarticular a marcação adversária.

Melhor para o Cruzeiro, que respira. Dorme fora do Z-4 e torce para que Ceará e CSA não vençam como visitantes Bahia e Botafogo, respectivamente. Ainda pode encostar no Fluminense, que encara o líder Flamengo. A primeira vitória como visitante na competição chega como esperança no meio do caos.

 

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Pior versão da “identidade Corinthians” ainda consegue ser competitiva http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/04/pior-versao-da-identidade-corinthians-ainda-consegue-ser-competitiva/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/04/pior-versao-da-identidade-corinthians-ainda-consegue-ser-competitiva/#respond Fri, 04 Oct 2019 12:04:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7372

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Em 2013, o Corinthians viveu a ressaca do ano mais glorioso de sua história, com os títulos da Libertadores e do Mundial. Tite pecou por um dose exagerada de gratidão ao seu grupo de jogadores e o clube se limitou a vencer o Paulista e a Recopa Sul-Americana sobre o rival São Paulo.

No Brasileiro, apenas a décima colocação de uma campanha preguiçosa, mas que se destacou por terminar com a defesa menos vazada, com larga vantagem – 22 gols sofridos e o Grêmio, segundo no quesito, com 35. Por outro lado, o ataque marcou 27, só acima do lanterna Náutico com 22. Números inusitados para uma equipe vivendo realidade muito particular.

Tite saiu, veio Mano Menezes, o precursor de toda essa saga desde a campanha da volta à Série A em 2008. Depois Tite voltou repaginado e adicionou criatividade e ímpeto ofensivo ao que se convencionou chamar de “identidade Corinthians”. Essa capacidade de competir com organização, pragmatismo e resiliência. O “saber sofrer” para ser vitorioso.

Espírito resgatado por Fabio Carille, auxiliar dos dois treinadores “galácticos” e efetivado depois de algumas experiências como interino. Após um hiato de Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira em 2016, quando Tite partiu para a seleção brasileira. Um 2017 surpreendente com conquistas do Paulista e do Brasileiro e o bi estadual no ano seguinte antes do treinador partir para uma aventura no Al Wheda, da Arábia Saudita.

O retorno em 2019 para o tri paulista, mas muita dificuldade na montagem da equipe. Também uma concorrência mais forte que há dois anos no cenário nacional. Agora Jorge Jesus e Sampaoli, com Flamengo e Santos, puxaram o nível para cima e o Palmeiras, com sua forte cultura de pontos corridos e a chegada de Mano Menezes, retomou a luta pelo título.

Mas com as vitórias sobre Vasco e Chapecoense por 1 a 0, o Corinthians se desgarra de Internacional, São Paulo e Bahia e consegue encostar no pelotão da frente. Com os mesmos 41 pontos do Santos, a cinco do Palmeiras e oito do Flamengo. Com 16 rodadas pela frente, a frieza dos números aponta chance real de título, ainda mais com o líder envolvido com Libertadores e sofrendo baixas importantes nas próximas rodadas.

Sem o “radicalismo” de 2013, o time novamente tem a defesa menos vazada (13 gol sofridos). O ataque, porém, é o menos efetivo do G-6: 25 gols marcados. Entre os dez primeiros só foi às redes mais vezes que o São Paulo (23). Porque o desempenho oscila demais. Carille alterna as peças na execução do quase imutável 4-1-4-1, o que é importante nesta sequência de dois jogos por semana, mas não consegue encontrar a formação ideal, a grande virtude da campanha vitoriosa dois anos atrás.

A última linha de defesa ganhou qualidade e experiência com o retorno de Gil ao clube, mas o meio-campo não encaixa os melhores parceiros para Ralf, o volante fixo na proteção da retaguarda. Cenário que ficou ainda mais dramático com a queda brusca na produção de Júnior Urso ao voltar de lesão. O treinador vai alternando Ramiro, Matheus Jesus, Sornoza, Mateus Vital, Jadson…Mas objetivamente o jogo não flui.

Pedrinho e Clayson entregam mais movimentação e imprevisibilidade pelas pontas, mesmo com a irregularidade deste último. Com os pés “invertidos”, cortando para dentro e buscando as combinações com o centroavante que pode ser Vágner Love, artilheiro do time no Brasileiro com cinco gols, Boselli ou Gustavo. Eventualmente, Carille escala dois centroavantes para tentar aumentar a presença física na área adversária, porém o rendimento do ataque não melhora.

O time ainda depende de momentos das individualidades. Já foi Clayson, Pedrinho, Vital… Quase sempre a regularidade de Fagner, o escape pela direita e a grande referência dessa identidade vencedora. O lateral já tem o modelo de jogo mais que assimilado e exerce liderança natural sobre os companheiros. Peça fundamental que Carille desta vez não terá a infelicidade de perder para a seleção brasileira na data FIFA de outubro.

Mas no triunfo sobre a Chapecoense na Arena Condá com gramado impraticável pela forte chuva, o Corinthians viveu mesmo das defesas de um Cássio iluminado e do gol de bola parada de Danilo Avelar, vice-artilheiro na temporada com sete gols. Sofreu, novamente jogou pouco, mas levou para São Paulo os três pontos que precisava para se recolocar na briga. Nem que a meta realista hoje seja a permanência no G-4.

Porque mesmo em sua pior versão, a identidade vencedora consegue ser competitiva. Carille vai penando, mas seu time pontuando. Nada mais Corinthians nesta década.

 

 

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Corinthians de Fábio Carille é mesmo adepto do “saber sofrer” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/corinthians-de-fabio-carille-e-mesmo-adepto-do-saber-sofrer/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/corinthians-de-fabio-carille-e-mesmo-adepto-do-saber-sofrer/#respond Fri, 30 Aug 2019 03:22:09 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7143

Foto: Nayra Halm/FotoArena/Estadão Conteúdo

O Corinthians finalizou treze vezes em Itaquera e dezesseis no Maracanã com mais de 57 mil presentes. Cinco no alvo em cada partida pelas quartas da Sul-Americana contra o Fluminense que teve o interino Marcão em São Paulo e a estreia de Oswaldo de Oliveira, o sucessor de Fernando Diniz no comando técnico.

Por conta do mando de campo, a equipe de Fábio Carille tentou ocupar mais o campo de ataque em casa e reagir como visitante à iniciativa do adversário. Das duas maneiras dominou as partidas e poderia ter definido a classificação para a semifinal com mais tranquilidade.

Mas o time paulista parece mesmo ser adepto do “saber sofrer”. Jargão para times reativos que agrupam os setores no próprio campo, não se incomodam com a maior posse de bola do oponente e tenta controlar o jogo negando espaços para as infiltrações. É atacado seguidamente, mas não abre mão de sua estratégia.

Mesmo quando criam mais, as equipes parecem atraídas pelo perigo e desprezam o conforto de sobrar em campo e no placar. O Corinthians vai encontrando um bom caminho na execução do 4-1-4-1 com os ponteiros Pedrinho e Clayson cortando para dentro com pés “trocados”, Vagner Love se movimentando e dando profundidade aos ataques e os meio-campistas por dentro Júnior Urso e Mateus Vital se aproximando e aparecendo na área adversária para finalizar. Sem contar as jogadas de Fagner pela direita, grande válvula de escape do trabalho coletivo.

Bom volume de jogo, chute no travessão de Love completando lindo passe de Pedrinho. Pressão no campo de ataque e quase gol de Vital em falha de Muriel na saída de bola. O Corinthians dependia menos de Fagner e aproveitava o Flu no meio do caminho entre o estilo personalíssimo de Diniz e o que Oswaldo pretende, adicionando um pouco mais de solidez defensiva e pragmatismo.

O time carioca sofreu com a velocidade de Clayson e faltou sorte na bola desviada em Igor Julião que caiu no pé esquerdo de Pedrinho para abrir o placar. Ofensivamente viveu das bolas paradas e dos chutes de longe de Nenê, novamente escalado como “falso nove” e tentando trabalhar no espaço entre Gabriel e a dupla de zaga formada por Manoel e Gil.

No abafa conseguiu o empate com Pablo Dyego, assistência de Nenê em cobrança de falta pela direita, e a reta final, com nove minutos de acréscimo, foi de um sufoco desnecessário para o Corinthians que não abdicou do ataque e teve até gol (bem) anulado de Matheus Jesus. Mas a vaga para enfrentar o Independiente del Valle não precisava vir no gol “qualificado” com o 1 a 1 fora de casa.

O Corinthians jogou para vencer as duas partidas, mas só foi às redes uma única vez. A identidade corintiana com Fabio Carille parece afeita ao dito popular que se ouve de onze entre dez torcedores do clube: “se não for sofrido não é Corinthians”. Valeu a sobrevivência, apesar de todos os riscos.

(Estatísticas: Footstats)

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Corinthians depende demais de Fagner e Flu pragmático volta com bom empate http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/corinthians-depende-demais-de-fagner-e-flu-pragmatico-volta-com-bom-empate/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/22/corinthians-depende-demais-de-fagner-e-flu-pragmatico-volta-com-bom-empate/#respond Fri, 23 Aug 2019 02:59:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7099 Doze cruzamentos, quatro certos. Dois desarmes corretos, quatro dribles, 50 passes certos e sete errados. Os números de Fagner no empate sem gols com o Fluminense pela Copa Sul-Americana ressaltam a importância cada vez maior do lateral do Corinthians e da seleção brasileira no melhor momento da equipe de Fabio Carille na temporada.

Na execução do 4-1-4-1, as triangulações com Junior Urso e Pedrinho pela direita são a melhor solução ofensiva para criar espaços. O meio-campista vira o jogo para o lado mais forte, o ponta canhoto abre o corredor e o lateral passa com timing, velocidade e técnica. Fundamental diante de um sistema defensivo que nega espaços.

Sim, o time visitante, liderado por Marcão, interino e auxiliar permanente do clube, enquanto Oswaldo de Oliveira não assume o comando técnico, teve mais cuidados defensivos. Também no 4-1-4-1, inicialmente com Nenê pela direita, Marcos Paulo do lado oposto e Yony González na frente.

Mas justamente pelo sofrimento na marcação do jovem atacante tricolor contra Fagner, Yony González recuou pela esquerda, Marcos Paulo trocou de lado e Nenê foi fazer uma espécie de “falso nove”. Para tentar ditar o ritmo com Ganso por dentro. Ainda com a marca de Fernando Diniz, mas apelando para a ligação direta quando muito pressionado e não se incomodando com momentos de maior posse de bola do oponente.

O Corinthians rodou a bola, mas faltou criatividade e também profundidade, já que Clayson não conseguia levar vantagem contra Igor Julião e Vagner Love era contido pelo jogo simples dos zagueiros Nino e Frazan. A ponto de Carille apelar na reta final para um 4-4-2 com Boselli e Gustavo no centro do ataque e Jadson e Clayson abertos. Toque de um lado para o outro e bola levantada na área – 43 no total!

Na melhor chance, já nos acréscimos, cruzamento de Fagner, sempre ele, e cabeçada de Gustavo no travessão. A finalização mais perigosa das 13, cinco no alvo. Posse de bola dividida e nada menos que 35 rebatidas do Flu. Pragmático por necessidade, para seguir vivo na competição continental. Cinco conclusões, só a de Nenê no alvo ainda no primeiro tempo.

Pouco perto do que produzia antes, mas o suficiente para igualar o duelo, não sofrer gols depois de nove partidas e levar a decisão das quartas-de-final para o Maracanã. Vai precisar da torcida e de um pouco mais de coragem, já com Oswaldo à beira do campo. Usando na dose certa a vocação ofensiva dos tempos de Diniz.

O Corinthians deve ter mais espaços para Carille não depender tanto de Fagner. O destaque solitário do time da casa na noite fria em Itaquera.

(Estatísticas: Footstats)

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Corinthians não brilha, mas evolui no ataque e se afirma no G-6 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/07/corinthians-nao-brilha-mas-evolui-no-ataque-e-se-afirma-no-g-6/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/07/corinthians-nao-brilha-mas-evolui-no-ataque-e-se-afirma-no-g-6/#respond Thu, 08 Aug 2019 00:45:20 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7009 Não foi uma atuação brilhante em Itaquera e o Goiás deu trabalho com Michael pela direita para cima de Carlos Augusto. Mais onze finalizações, quatro no alvo e uma na trave direita de Cássio. Ainda o gol bem anulado do habilidoso ponteiro em impedimento por centímetros.

Mas o Corinthians conseguiu se impor, mesmo descansando no banco Danilo Avelar, Sornoza e Vagner Love. E o primeiro gol sinaliza a evolução ofensiva da equipe de Fabio Carille: bela combinação pela direita com participação de Fagner e Gabriel – sim, o volante em tese mais fixo na execução do 4-1-4-1 trabalhando próximo à área adversária. Assistência de Clayson, invertendo temporariamente o posicionamento com Pedrinho, e gol de Júnior Urso, entrando na área para se juntar a Boselli. Quinto gol do meio-campista infiltrador.

Algumas dificuldades defensivas, também por méritos do time goiano. Mas trabalhou melhor a bola, com 62% de posse, e concluiu 18 vezes. Um terço na direção da meta do goleiro Tadeu. Com mais precisão na finalização e no último passe era possível vencer com menos sustos.

Jadson e Everaldo entraram nas vagas de Mateus Vital e Clayson e mantiveram o ritmo das transições ofensivas. Mas Junior Urso, mesmo mais contido pelo posicionamento mais avançado de Jadson, apareceu para sofrer o pênalti no final convertido por Boselli.

É possível e até necessário evoluir. No empate por 1 a 1 no dérbi precisou demais das defesas de Cássio para não sair derrotado em casa contra o Palmeiras. Mas as triangulações pelos lados e os meio-campistas aparecendo para criar e finalizar são bons sinais. Assim como a afirmação no G-6. Ainda a oito pontos do líder do Santos, mas agora a quatro do Palmeiras e apenas um de Flamengo e Atlético-MG – o São Paulo foi ultrapassado, mas agora é o tricolor o time com um jogo a menos.

O Corinthians de Carille está de volta à briga. Convém respeitar o campeão de 2017.

(Estatísticas: Footstats)

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Empate salva Flamengo “arame liso” novamente e pune recuo do Corinthians http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/21/empate-salva-flamengo-arame-liso-novamente-e-pune-recuo-do-corinthians/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/21/empate-salva-flamengo-arame-liso-novamente-e-pune-recuo-do-corinthians/#respond Sun, 21 Jul 2019 21:22:12 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6910 Mesmo em Itaquera, o Corinthians encontrou o cenário mais confortável para si contra um Flamengo desfalcado, mas tentando ser protagonista. Nenhum incômodo do time de Fabio Carille por não controlar a posse de bola, mas dominando a partida por ocupar melhor os espaços.

No 4-1-4-1, com Gabriel no lugar de Ralf entre as linhas, Vagner Love na frente, a equipe mandante forçava o jogo pela esquerda com Danilo Avelar, Clayson e Sornoza, porém sendo mais eficiente pela direita com Pedrinho e, principalmente Fagner.

O lateral direito levou ampla vantagem sobre Gerson, contratação mais recente do Flamengo. Outro que chega ao clube no meio do ano, já entrando à forceps na equipe que teve 20 dias para treinamentos com Jorge Jesus, mas sem o novo meio-campista. Totalmente fora de sintonia, foi um elo fraco em jogo importante.

Sem Everton Ribeiro, o Fla dependeu inicialmente da articulação de Willian Arão, meia central do 4-1-3-2 de Jesus que posicionou Diego Ribas como uma espécie de segundo atacante próximo de Gabriel Barbosa. Vitinho novamente improdutivo, desta vez pela direita, saiu lesionado para a entrada de Berrío na volta do intervalo. Depois Bruno Henrique e Lincoln substituíram Cuéllar e Gerson, já no desespero atrás do empate.

Porque na arrancada de Fagner que ninguém acompanhou, a bola chegou a Love que foi tocado pelo afobado Berrío. Pênalti que Clayson converteu. O primeiro assinalado a favor do Corinthians na competição. Premiando naquele momento o time mais organizado e objetivo – foram 13 finalizações contra apenas cinco, mas três no alvo para cada lado.

A duas últimas do Fla, e únicas na segunda etapa, de Arão e Gabriel Barbosa já no final do jogo. No rebote de Cássio na cabeçada do volante, o gol do camisa nove rubro-negro, artilheiro do Brasileiro com oito gols. Depois de muita demora de Vuaden e equipe do VAR para confirmar a posição legal do atacante. Salvando um time novamente “arame liso”, com posse que sempre rondou os 60% e terminou com 56%, porém finalizando muito pouco e repetindo erros do passado.

O Corinthians concluiu apenas cinco vezes no segundo tempo, no alvo apenas a cobrança precisa de Clayson. O time de Carille sempre deixa a impressão de que confia demais no sistema defensivo para administrar a vantagem mínima. Sempre um risco, ainda mais com um oponente superior individualmente. Mais dois pontos ficaram pelo caminho, assim como a chance de encostar no pelotão da frente em um rodada que seria favorável.

(Estatísticas: Footstats)

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O que deu errado na intertemporada do Corinthians http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/08/o-que-deu-errado-na-intertemporada-do-corinthians/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/08/o-que-deu-errado-na-intertemporada-do-corinthians/#respond Mon, 08 Jul 2019 09:55:55 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6823

As ausências de Cássio e Fagner, a serviço da seleção brasileira na Copa América, pesariam em qualquer clube brasileiro. Ainda mais naquele em que construíram uma história mais que vencedora nos últimos anos. Ao longo do processo a lista ainda ganhou os nomes de Jadson, Gustavo, Ramiro e Everaldo. Mas o baixo desempenho do Corinthians na intertemporada vai bem além dos desfalques importantes.

Fabio Carille segue em seu dilema: como melhorar a produção do ataque sem abalar a solidez defensiva? A equação que teve a melhor resposta recente no primeiro tempo da derrota para o Flamengo no Maracanã pela Copa do Brasil não é simples. O tricampeão paulista está acostumado a aproveitar os espaços cedidos pelo adversário para acelerar.

A construção das jogadas desde a defesa costuma ser complicada. A saída de bola é sustentada e progressiva – ou seja, aposta mais na segurança ao não projetar os jogadores no campo adversário, nem acelerar a circulação da bola para chegar mais rapidamente à frente. Muitas vezes fica rodando entre os zagueiros e volante mais plantado, normalmente Ralf, e facilita a marcação adversária. É preciso ser mais agressivo e criativo.

A ideia de centralizar Clayson e abrir vaga pela esquerda para Everaldo, dentro de um desenho mais próximo de um 4-2-3-1, pode ser interessante porque dá profundidade às ações ofensivas, mas torna o time ainda mais dependente da velocidade. Diante de um oponente mais fechado o problema se mantém, ou até agrava. O que deveria ser rapidez se transforma em pressa, o passe sai errado e o contragolpe pega a retaguarda desarrumada.

Carille só tem uma boa notícia: Régis se mostrou uma opção interessante, pela direita ou por dentro. Não só pelos gols na vitória sobre o Vila Nova por 2 a 1 e no revés diante do Londrina, mas por conta da evolução desde o primeiro amistoso – outra derrota, para o Botafogo-SP por 2 a 1. O meia canhoto de 26 anos, emprestado pelo Bahia, pode ser um ponta articulador ou um meia de chegada à frente. Encorpa o elenco no setor mais necessário: de criação.

O retorno de Gil também é importante pela experiência e a identificação com clube e ideia de jogo. Um zagueiro com qualidade técnica e cultura de vitória pode ser fundamental nesta transição na maneira de atuar. Sem contar o entrosamento e a sintonia com Cássio e Fagner.

É claro que os resultados e o futebol abaixo das expectativas não devem ser tratados como terra arrasada. Valeu ao menos para fazer testes e observações. Notar o que não deve se repetir. Com time completo é possível ser bem mais competitivo e o calendário sem Copa do Brasil entregará algumas semanas cheias a Carille para trabalhar. No nosso futebol resultadista, o período sem metas a curto prazo pode inconscientemente desmobilizar atletas e comissão.

Mas o fato é que essa nova fase de preparação não teve os efeitos desejados e reforçou uma imagem que já era preocupante: a do Corinthians travado quando precisa atacar. Continua insosso, um tanto morno. No nosso jogo intenso e emocional, a desvantagem é ainda maior. Um sinal de alerta já para a volta do Brasileiro no domingo, em casa contra o CSA. Carille ainda tem mais uma semana para achar algum coelho em sua cartola.

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Santos repete massacre de 1 a 0. Corinthians só ataca quando precisa http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/13/santos-repete-massacre-de-1-a-0-corinthians-so-ataca-quando-precisa/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/13/santos-repete-massacre-de-1-a-0-corinthians-so-ataca-quando-precisa/#respond Thu, 13 Jun 2019 03:03:25 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6692 No jogo de volta da semifinal do Paulista, o Santos precisava da vitória sobre o Corinthians no Pacaembu e correu todos os riscos com linhas adiantadas, perde-pressiona sufocante e muito volume de jogo. 23 finalizações, onze no alvo. Nas redes apenas o golpe de cabeça de Gustavo Henrique que levou a decisão para os pênaltis. Derrota do time de Sampaoli, mas a atuação foi consistente. Talvez a melhor na temporada.

No Brasileiro, nova vitória por 1 a 0, mas agora na Vila Belmiro. Com a mesma estratégia do treinador argentino que acuou novamente o time de Fabio Carille. Desta vez em um 4-3-3 bem definido, com Alison plantado, Jean Lucas e Diego Pituca e mais os laterais Victor Ferraz e Jorge apoiando por dentro o trio ofensivo formado por Marinho e Soteldo abertos e Eduardo Sasha no centro do ataque.

Bola perdida, pressão forçando o rival a errar o passe curto ou apelar para ligações diretas. Com Love isolado na frente no 4-1-4-1 corintiano que tinha Ramiro pela direita e Jadson na meia esquerda, a bola batia e voltava. Foram 41 rebatidas em noventa minutos. Nenhuma finalização no primeiro tempo.

Domínio absoluto do Santos até o gol de Sasha. O quinto do artilheiro da competição. Completando jogada pela esquerda com Jorge por dentro abrindo para a assistência de Soteldo e a finalização precisa. A mais bem sucedida das cinco conclusões na direção da meta de Walter em um total de 16.

Só com a desvantagem no placar e o natural recuo santista é que o Corinthians saiu para o jogo. Foi assim também no estadual. Nada demais, só duas finalizações. Nenhuma no alvo. Mas com Everaldo, Sornoza e Gustavo deu trabalho ao Santos que reforçou a defesa com o zagueiro Luiz Felipe na vaga de Marinho e ainda teve outra finalização de Sasha, mas Walter foi salvo pela trave direita.

Sampaoli agora pode ter o tempo como maior aliado. Não só agora, usufruindo da mesma pausa dos outros para a Copa América, mas também na volta do Brasileiro. Única competição que restou à equipe até o final do ano depois das eliminações na Sul-Americana e na Copa do Brasil. É a vantagem possível para duelar com elencos mais robustos, como Palmeiras e Flamengo.

Apesar da fase artilheira de Sasha, o grande desafio é tornar o time mais contundente. Para que massacres como os que impôs ao Corinthians não se limitem à vantagem mínima e dando chances a quem só ataca quando precisa.

(Estatísticas: Footstats)

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