jefferson – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Zé Ricardo, exclusivo: “Teremos trabalho para repor as perdas no Botafogo” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/01/10/ze-ricardo-exclusivo-teremos-trabalho-para-repor-as-perdas-no-botafogo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/01/10/ze-ricardo-exclusivo-teremos-trabalho-para-repor-as-perdas-no-botafogo/#respond Thu, 10 Jan 2019 06:00:01 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5738

Foto: Dudu Macedo/FotoArena/Estadão Conteúdo

O saldo da temporada 2018 pode ser considerado positivo para o Botafogo. Campeão estadual com Alberto Valentim, garantiu vaga na Sul-Americana com a nona colocação, sem os sustos que Vasco e Fluminense passaram para assegurar permanência na Série A. Fruto do trabalho de Zé Ricardo, que assumiu em agosto, o time oscilou naturalmente e se recuperou na sequência de cinco vitórias e um empate entre a 32ª e a penúltima rodada. Talvez o melhor momento do Alvinegro no ano.

Mas 2019 chega apresentando novo desafio de reformulação, com perdas importantes e busca de reposição dentro da realidade do clube no mercado. Em entrevista exclusiva, o treinador lamenta as mudanças e as dificuldades financeiras, mas busca caminhos para manter o nível de rendimento nas competições. Comenta também sobre sua passagem pelo curso da CBF (Licença PRO) e a interação com técnicos consagrados.

BLOG – O que esperar do Botafogo em 2019 com elenco tão mexido?

ZÉ RICARDO – O Botafogo terminou o ano passado com uma “cara” e jogando um bom futebol. Certamente iriam aparecer propostas para alguns jogadores e outros, naturalmente iriam sair por movimentos do mercado. Com as dificuldades financeiras que o clube passa, temos que mostrar criatividade para remontar o elenco e continuar performando. Acredito numa equipe competitiva e com muito espirito coletivo. Pode demorar um pouco, mas dessa forma esperamos alcançar rendimento e, consequentemente resultados.

BLOG – O modelo de jogo, que ganhou encaixe na reta final do Brasileiro, vai mudar em função das alterações no grupo de jogadores?

ZÉ RICARDO – Certamente teremos que observar o rendimento que terão os novos atletas e aqueles que deverão ter mais minutos em campo, mas buscaremos manter aquilo que estávamos construindo no trimestre final de 2018.

BLOG – Qual impacto na gestão do grupo com perdas de liderança como Jefferson, Igor Rabello e Rodrigo Lindoso?

ZÉ RICARDO – Muito grande! Três atletas com tempo de clube, líderes (cada qual com seu perfil) e que faziam parte de um “corpo” da equipe. É lógico que teremos trabalho para repor as perdas, mas entendemos que isso faz parte do futebol brasileiro e, com algumas exceções, as equipes conseguem não manter por muito tempo seus jogadores de destaque.

BLOG – Você começou no Flamengo precisando propor jogo, mas sempre ressaltou a necessidade de um sistema defensivo forte. No Vasco e Botafogo, pela diferença na capacidade de investimento, seus times puderam atuar mais vezes na base das transições. Como você se sente mais confortável?

ZÉ RICARDO – Cada elenco tem seu perfil e cada clube tem o seu estilo e história e necessidades (momento). Levando esses aspectos em consideração é que busco sempre o equilíbrio das equipes que trabalho.

BLOG – Para terminar, como foi a interação com os colegas no curso da CBF agora no final do ano – Tite, Mano, Dunga e outros? O que você leva para o seu trabalho nesta temporada?

ZÉ RICARDO – Foi uma troca fantástica! Imagine que em determinado momento estávamos todos reunidos junto com Tite, Mano, Dunga, Falcão e Parreira (esses dois últimos como palestrantes) numa mesma sala, trocando experiências e informações. Além disso, uma turma muito interativa que fez com que o tempo do curso passasse de forma rápida e agradável.

 

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A análise possível e o protesto necessário na estreia do Botafogo em 2018 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/01/16/a-analise-possivel-e-o-protesto-necessario-na-estreia-do-botafogo-em-2018/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/01/16/a-analise-possivel-e-o-protesto-necessario-na-estreia-do-botafogo-em-2018/#respond Wed, 17 Jan 2018 01:44:55 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4007 Não existe um time entrar em campo para um jogo oficial com 12 dias de preparação. Doze. Não pode no futebol que se diz profissional. É impossível abrir o post sem este protesto. É necessário.

Por mais que o Botafogo, por todas as diferenças possíveis, carregue a obrigação de se impor contra a Portuguesa da Ilha do Governador em qualquer cenário, mesmo com o adversário treinando há 75 dias, a análise precisa ser relativizada.

É óbvio que o time comandado por Felipe Conceição é um grande incógnita, desde o elenco até o novo treinador em sua primeira experiência no profissional. Parece mais fraco sem Victor Luís na lateral esquerda, Bruno Silva no meio-campo e Roger no ataque. A busca por contratações é complexa pelas sérias limitações no orçamento.

Mas não dá para cobrar muita coisa além de fibra e a indignação com a derrota. A vontade para tentar no abafa se impor pela camisa. Para compensar a falha coletiva na jogada parada que terminou no primeiro gol de Sassá e o erro grosseiro de Jefferson no segundo do camisa 11.

Diminuiu no pênalti no toque (bizarro!) no braço de Romarinho e cobrado por Brenner e insistiu na variação do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1 com as cinco substituições até empatar na assistência do centroavante para o gol de Marcos Vinicius no lance final.

Apresentou um rascunho de novas ideias, com mais aproximações e triangulações, tentando valorizar a posse de bola para ocupar o campo de ataque e criar espaços. Mas o hábito de definir rapidamente a jogada dos tempos de Jair Ventura persiste e atrapalha quando surge a obrigação de atacar. Por isso a insistência com os cruzamentos procurando Brenner. Algo que é absolutamente natural.

Porque não existe futebol sério e profissional com 12 dias de preparação. Só na “lógica” da estrutura federativa do futebol brasileiro que incha o calendário e enche a programação dos detentores dos direitos de transmissão. Com a conivência da direção do Botafogo, alinhada à FFERJ. Que devia ser alvo dos protestos da torcida, mais do que os jogadores. Atletas que não podem ser tratados como vítimas porque deviam se organizar como um foco importante de resistência ao status quo.

Mas a bola rolou. E para o alvinegro já tem clássico contra o Fluminense no sábado. Algo tão aleatório e sem sentido quanto a estreia do Bota em 2018.

 

 

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Empate é o retrato do Atlético Mineiro na temporada. Na hora de decolar… http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/07/09/empate-e-o-retrato-do-atletico-mineiro-na-temporada-na-hora-de-decolar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/07/09/empate-e-o-retrato-do-atletico-mineiro-na-temporada-na-hora-de-decolar/#respond Mon, 10 Jul 2017 01:08:04 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2941 Roger Machado seguiu o planejamento traçado para o jogo contra o Botafogo no Nílton Santos: deixou Cazares e Fred, desgastados pela viagem a Cochabamba, no banco de reservas. Também Alex Silva, titular na Libertadores, mas permitindo o retorno do titular Marcos Rocha.

No entanto, com a rodada favorável que poderia dar oportunidade de subir da oitava para a quinta posição, com a mesma pontuação do Palmeiras, e a proposta do Botafogo de, mesmo em casa e com a maioria dos titulares, manter a ideia de jogar reagindo à iniciativa do adversário, tomou conta da partida.

Com Elias ao lado de Rafael Carioca à frente da defesa, Yago e Marlone nas pontas e Robinho solto como atacante circulando pelos flancos e se aproximando de Rafael Moura, o Atlético Mineiro teve a chance de definir o jogo no primeiro tempo com o gol de Marlone em chute que desviou em Emerson Silva e no pênalti desperdiçado por Rafael Moura.

Ou defendido por Jefferson, ídolo alvinegro vindo de inatividade de 14 meses substituindo Gatito Fernández. Melhor em campo e protagonista de um Botafogo sem ideias quando ficou em desvantagem no placar. Ficou com a posse de bola, teve Camilo no início do segundo tempo e depois Guilherme na vaga do extenuado Pimpão e Marcos Vinicius no lugar de Lindoso, mantendo a estrutura tática, porém com jogadores mais ofensivos que se aproximavam de Roger.

Mas criou muito pouco. Se limitou ao abafa com lançamentos e cruzamentos a esmo, rebatidos pela defesa atleticana, que ganhou consistência com Adilson no lugar de Yago – Elias voltou para o lado direito – e desafogo com a dupla Cazares e Fred saindo do banco para qualificar os contragolpes. Só que desta vez o equatoriano entrou descansado fechando o setor esquerdo e mantendo Robinho livre na frente.

Exatamente os dois que desperdiçaram contragolpes no final e consagraram o nome de Jefferson. Também deram a sensação de que o Galo havia dado chances demais ao time da casa, que não costuma desistir. No pênalti sobre Marcos Vinicius, Victor ainda fez a defesa na cobrança de Roger, mas nada pôde fazer no rebote que sua retaguarda não conseguiu afastar. Outro vacilo. Nos acréscimos.

Foi a terceira finalização no alvo do Bota em dez tentativas. O Galo chutou seis que fizeram Jefferson brilhar, num total de nove. Claro que houve muitos méritos do arqueiro veterano, ainda mais retornando depois de tanto tempo. Mas é impressionante como o Galo de Roger perde oportunidades de se afirmar na temporada.

Mesmo com título estadual, melhor campanha na fase de grupos da Libertadores e com vantagem para a volta das quartas da Copa do Brasil contra o próprio Botafogo (se repetir o 1 a 1 estará classificado), não desperta confiança no desempenho. É capaz de oscilar dentro das partidas. A combinação técnico promissor + elenco qualificado ainda não conseguiu dar a liga que prometia.

O Atlético podia entrar no G-6 – o Santos venceu o São Paulo na Vila Belmiro e subiu para quarto. Ficou em oitavo com o gosto amargo de dois pontos perdidos pelas circunstâncias da disputa em Engenho de Dentro. Um retrato da equipe em 2017.

(Estatísticas: Footstats)

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