mendy – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Na abertura do Inglês, as demonstrações de força de City e Liverpool http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/12/na-abertura-do-ingles-as-demonstracoes-de-forca-de-city-e-liverpool/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/12/na-abertura-do-ingles-as-demonstracoes-de-forca-de-city-e-liverpool/#respond Sun, 12 Aug 2018 17:15:12 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5062 Na temporada 2017/18, Manchester City e Liverpool sobraram na Inglaterra. O time de Guardiola empilhando recordes na conquista da Premier League e ainda a Copa da Liga na carona. Já os Reds terminaram a liga na quarta colocação, não faturaram nenhum troféu, mas voaram na Liga dos Campeões só parando na final contra o tricampeão Real Madrid em jogo polêmico. Eliminando com sobras o próprio City nas quartas de final.

Com a manutenção das estrelas dos citizens e a vinda de Mahrez, melhor jogador do Leicester City campeão em 2015/16, além dos reforços para deixar a equipe de Jurgen Klopp ainda mais poderosa, natural que a dupla se destaque já na primeira rodada como os times a serem batidos na principal competição nacional.

A começar pelo Liverpool voando no Anfield para atropelar o West Ham por 4 a 0. Com Alisson estreando com pouco trabalho na meta e vendo seu time colocando muita intensidade e volume de jogo. Mantendo uma característica da temporada passada: o trio Salah-Firmino-Mané se aproximando para tabelas e entrando na área oferecendo aos companheiros as melhores opções de finalização. Não por acaso, dois gols de Mané, o de Salah abrindo o placar e o último de Sturridge, que entrou na vaga justamente do atacante egípcio.

Bem assessorados pelo trio Wijnaldum-Milner-Keita. Este último vindo do Leipzig e se adaptando rapidamente ao jogo com o pé no acelerador de Klopp. Mais os laterais Alexander-Arnold e Robertson, que serviu a assistência para Salah. Com Van Dijk se afirmando, um goleiro mais confiável e as peças mais entrosadas, fica a impressão também de uma equipe mais sólida defensivamente.

Um vendaval de 65% de posse, mas com controle apenas na segunda etapa com a vitória já construída, e 18 finalizações contra cinco – oito a dois no alvo. Nítida demonstração de que o Liverpool nunca pareceu tão pronto para encerrar o período de 28 anos sem conquistar a liga, estacionando nos 18 e vendo o Manchester United ultrapassá-lo na Era Alex Ferguson.

Mas terá como grande obstáculo exatamente o time de Pep Guardiola, um treinador que vem se mostrando especialista nos campeonatos por pontos corridos. Porque seu time trabalha para se impor jogo a jogo. Mesmo fora de casa. No Emirates Stadium contra o Arsenal na primeira partida de liga sem Arsene Wenger, a equipe azul de Manchester se impôs contra os gunners hesitantes sob o comando de Unai Emery.

Sem David Silva, com De Bruyne no banco e num 4-2-3-1 dando liberdade a Bernardo Silva à frente de Fernandinho e Gundogan. Forte pela esquerda com o trator Mendy agora titular, ora atacando aberto, ora por dentro. Sempre voando. Nas combinações com Mahrez ou Sterling, os ponteiros que inverteram o posicionamento na maior parte do jogo.Trabalhando com os pés “bons” ou invertidos.

Como no primeiro gol, com Sterling cortando para dentro e, aproveitando que Mendy arrastou a marcação para o fundo, batendo no canto esquerdo de Petr Cech. Pelo setor também saiu a jogada do segundo, com Mendy servindo Bernardo Silva, já atuando pela ponta direita com a entrada do De Bruyne na vaga de Mahrez.

Muita pressão depois da perda da bola intimidando um Arsenal que parece ter se apequenado como instituição nos últimos anos e sente os jogos grandes. Ainda que seja muito cedo para qualquer avaliação mais profunda. Taticamente, o 4-2-3-1 com Ramsey atrás de Aubameyang, Ozil e Mkhitaryan nas pontas e o jovem francês Guendouzi como surpresa deixando o uruguaio Torreira no banco não foi tão funcional e só ameaçou na vitória pessoal do lateral Bellerín sobre Mendy e o chute perigoso que fez Ederson trabalhar.

Depois um 4-3-1-2 com Lacazette na vaga de Ramsey e Ozil como “enganche”. Mas deixou muitos espaços e não conseguiu duelar na consistência do jogo. Há muito a fazer, tanto dentro quanto fora de campo. É preciso recuperar confiança para render no mais alto nível.

Mesmo valorizando a bola, o City se mostra mais vertical, resolvendo a jogada o mais rápido possível quando rouba no campo de ataque. Foram “apenas” 58% de posse e 17 finalizações contra nove – oito a três no alvo. Na reta final, Guardiola trocou Aguero, que perdeu chance clara à frente de Cech pouco antes do segundo gol, por Gabriel Jesus e Sané entrou na vaga de Sterling. A prova de que há elenco para seguir dominando o cenário.

Mas terá um Liverpool mais “cascudo” e com elenco completo nas características pela frente. Se desta vez não priorizar o mata-mata poderemos ter o mais equilibrado duelo Guardiola x Klopp numa liga. Ainda é cedo para cravar qualquer coisa, mas se Manchester United e Tottenham não se cuidarem podem ficar pelo caminho.

(Estatísticas: BBC)

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Dupla Jesus-Aguero, Danilo e Mendy. Guardiola parece ter achado melhor City http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/09/09/dupla-jesus-aguero-danilo-e-mendy-guardiola-parece-ter-achado-melhor-city/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/09/09/dupla-jesus-aguero-danilo-e-mendy-guardiola-parece-ter-achado-melhor-city/#respond Sat, 09 Sep 2017 13:38:47 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3283 A expulsão de Sadio Mané ainda no primeiro tempo após entrada imprudente e violenta sobre o goleiro Ederson praticamente definiu o jogo no Etihad Stadium. Mas o Manchester City já era superior ao Liverpool, inclusive no placar – 1 a 0, gol de Kun Aguero completando passe preciso em profundidade de Kevin De Bruyne.

O belga foi um dos destaques da formação que Pep Guardiola mandou a campo. Com Danilo como lateral-zagueiro pela direita, como Azpilicueta no Chelsea de Antonio Conte. Liberando Walker como ala, acelerando as coberturas e qualificando a saída de bola. Fora a versatilidade para mudar o desenho sem mexer nas peças.

No segundo tempo o brasileiro inverteu o lado e foi praticamente outro meio-campista no auxílio a Fernandinho. Dando suporte a Mendy que voava à esquerda para cima de Trent Alexander-Arnold, fragilizado na lateral direita da equipe de Jurgen Klopp, que de início tentou adiantar linhas e duelar pela posse de bola na execução de seu 4-3-3 sem Philippe Coutinho até no banco.

Perdeu capacidade de criação e flexibilidade. Eram três meio-campistas sem tanta qualidade no passe, dois ponteiros velozes e Firmino girando e tentando abrir espaços. Por isso teve a grande oportunidade na partida com Salah em contragolpe cedido pelo City mesmo com 1 a 0 no placar.

Efeito colateral da confiança em uma maneira de jogar que parece ter encontrado a melhor formação. O 5-3-2 que se transforma em 3-1-4-2 na retomada. Trabalhando a posse, pressionando no campo de ataque. Movimentando a dupla de ataque e abrindo o campo com os alas.

Passeio na segunda etapa com o segundo de Jesus cedido por Aguero depois de passe em profundidade letal de Fernandinho. O primeiro do atacante brasileiro saiu de cabeça, logo após a expulsão, em nova assistência do meia De Bruyne. Cruzamento cirúrgico da esquerda. O belga foi outro destaque individual em uma bela atuação coletiva.

Fica a dúvida em relação ao comportamento desta equipe diante de adversários bem fechados e com linhas compactas, de “handebol”. Porque induz o jogo posicional a abrir a jogada e fazer o cruzamento buscando a dupla de atacantes. Com espaços fica mais fácil alternar por dentro e pelo flanco.

Por isso Sané, que entrou na vaga de Jesus, também deu espetáculo com dois gols. O último golaço nos acréscimos para fechar em 5 a 0. Antes completou mais um centro de Mendy no passeio pelo setor esquerdo. Num universo de 66% de posse de bola e 12 finalizações, nove no alvo. A mira também estava afiada.

Placar histórico, que só não é a maior dos citizens no confronto porque em 1936 houve um 6 a 0.  Mais importante que o número de gols, porém, foi o desempenho. Guardiola parece ter encontrado o melhor caminho para enfim se impor na Premier League.

(Estatísticas: BBC)

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