ramiro – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Corinthians tem problemas no campo para resolver antes de debater vestiário http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/03/08/corinthians-tem-problemas-no-campo-para-resolver-antes-de-debater-vestiario/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/03/08/corinthians-tem-problemas-no-campo-para-resolver-antes-de-debater-vestiario/#respond Mon, 09 Mar 2020 00:55:48 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8118

Foto: Estadão Conteúdo

O trabalho de Tiago Nunes até aqui decepciona, impossível negar. Mesmo considerando os problemas internos do Corinthians, além da insanidade de emendar Flórida Cup com Libertadores antes da fase de grupos. E ainda a proposta de mudar a identidade de jogo que, com um ou outro hiato, vinha desde 2008.

A eliminação no torneio continental abalou a confiança e criou o clima de crise. Aquele em que se procura de tudo para justificar o mau desempenho. É um ciclo ladeira abaixo, mesmo disputando apenas estadual no momento. São cinco partidas sem vitória. Consequência do futebol bem aquém das expectativas.

Como sempre acontece nessas ocasiões, muitos vão buscar nos bastidores a explicação. Como se o elenco fosse de craques e não houvesse dificuldades naturais na implementação de uma nova maneira de jogar. Surgiu, então, a tal “cartilha do Tiago”. Questões disciplinares que, se o time estivesse vencendo, seriam elencadas como o “segredo” do treinador. Como as vitórias desapareceram, surge o papo de boicote.

Pode haver insatisfação? Sempre, até porque em todo ambiente de trabalho existen pessoas resistentes a regras e mudanças na rotina. Mas será que está influindo na bola jogada ou é apenas um complicador a mais em ambiente conturbado?

Olhando para o campo, um problema no ataque salta aos olhos: o quarteto ofensivo engessado e ultrapassado na dinâmica: dois ponteiros velozes, um típico meia de ligação e o centroavante de referência. Sem mobilidade e troca de funções. Ou quando ela acontece os jogadores não correspondem. Luan não vai bem quando cai pelos flancos; nem Janderson e Everaldo sabem trabalhar por dentro e só cortam para finalizar, especialmente o segundo. Por fim, Boselli no máximo sai da área para fazer a parede. Tem técnica, porém não amplia a sua zona de atuação. Funcionou contra o Santos e em outros poucos momentos.

A construção de trás fica nas costas de Fagner e Cantillo. Bem vigiados pelos adversários e também contaminados pela falta de confiança, deixam de ser bolas de segurança e forçam o time a apelar mais para as ligações diretas. Ou seja, fica ainda pior que o “réquiem” da identidade com Carille no ano passado.

O 4-2-3-1 engessado do Corinthians nos últimos jogos que não cria variações e sobrecarrega Fagner e Cantillo na construção de trás (Tactical Pad).

Difícil buscar uma solução. Por características, Ramiro pela direita seria interessante para criar uma variação como “ponta-volante” e preencher o meio-campo. Tirando um ou outro jogo, porém, nunca teve desempenho no Corinthians que justificasse a confiança para provocar uma mudança de patamar. Mas é uma possibilidade, assim como Pedrinho, negociado ao Benfica, mas vai ficar no clube até o meio do ano.

Na frente, pela mobilidade, talvez apostar em Vagner Love no centro e Yony González dando profundidade pela esquerda, infiltrando em diagonal. Mas aí o problema passa a ser a falta de contundência no ataque. A equipe precisa de volume de jogo, mais gente entrando na área e dividindo os gols, já que não há um artilheiro destacado.

Cenário complicado, quase desesperador para Tiago Nunes, que não se ajuda ao culpar o gramado pelo empate com o Novorizontino. Mas antes de debater gestão de vestiário é sempre melhor dar uma olhada para o que acontece nos jogos.

Nem tudo é “fritura de técnico”. Às vezes tudo se resume a mau futebol mesmo e não perceber é adiar a solução.

 

 

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Mesmo sem Flórida Cup, rascunho do Corinthians pode dar em bela arte final http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/01/18/mesmo-sem-florida-cup-rascunho-do-corinthians-pode-dar-em-bela-arte-final/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/01/18/mesmo-sem-florida-cup-rascunho-do-corinthians-pode-dar-em-bela-arte-final/#respond Sun, 19 Jan 2020 02:00:36 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7842

Foto: Gledston Tavares / Framephoto / Estadão Conteúdo

O resultado tinha uma relativa importância pelo contexto da rivalidade com o Palmeiras. Qualquer taça em disputa vale. Por isso o Corinthians sentiu no apito final a derrota de virada por 2 a 1 para o Atlético Nacional que deu a Flórida Cup para o Palmeiras, que vencera, também de virada pelo mesmo placar, o New York City.

Mas o saldo dos primeiros testes, um tanto precoces, pode ser considerado positivo. Tiago Nunes rascunhou a equipe em um 4-2-3-1 que resgatou boa ideia do Grêmio campeão da Libertadores em 2017: Ramiro como “ponta-volante” partindo da direita para dentro trabalhando com Luan, criando superioridade numérica no meio e abrindo o corredor para o lateral – Fagner, no caso.

Além disso, valeram os momentos de intensidade, de rapidez no perde-pressiona e dos passes verticais de Camacho e Victor Cantillo, destaque com dinâmica no trabalho entre as intermediárias, visão de jogo e perigo nos chutes de média/longa distância.

As chances desperdiçadas, porém, custaram, de certa forma, o título do torneio em Orlando. No primeiro tempo, Boselli perdeu pênalti sofrido por Fagner, infiltrando justamente no corredor. Vagner Love entrou na segunda etapa e desperdiçou contragolpe iniciado pela bola recuperada no campo de ataque, passe de Ramiro e o camisa nove errando duas vezes à frente do goleiro Cuadrado.

Luan foi melhor na estreia, não só pelos dois gols. Mas novamente se movimentou bem, buscando espaços às costas dos meio-campistas do time colombiano, que mostrou evolução em relação à partida contra o Palmeiras, foi superior na segunda etapa e mereceu a virada com gols de Gustavo Torres e Sebastián Gómez.

As muitas substituições sempre descaracterizam a análise da capacidade competitiva. Mas os 90 minutos com titulares nas duas partidas mostraram que há esperanças. Já para o confronto pela segunda fase da Libertadores contra San José ou Guarani que começa em 5 de fevereiro.

Com a volta de Pedrinho da seleção pré-olímpica e a definição na lateral-esquerda entre Lucas Piton e um Sidcley ainda longe da melhor condição física, fica faltando um bom nome para ocupar a ponta pela esquerda.  Tiago Nunes precisa de um jogador com maior capacidade de desequilibrar: com dribles e/ou velocidade para acelerar contragolpes e infiltrações em diagonal. Não parece ser Janderson.

De qualquer forma, o futuro é promissor em caso de evolução sólida. O rascunho pode dar em bela arte final.

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Carille volta ao Corinthians com status (e pressão) de “terceiro arquiteto” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/12/21/fabio-carille-volta-ao-corinthians-com-status-e-pressao-de-terceiro-arquiteto/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/12/21/fabio-carille-volta-ao-corinthians-com-status-e-pressao-de-terceiro-arquiteto/#respond Fri, 21 Dec 2018 03:07:51 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5683

Em dezembro de 2016, Fábio Carille foi anunciado como treinador do Corinthians com zero pompa e circunstância. Quarta opção depois de negativas de Guto Ferreira, Dorival Júnior e Reinaldo Rueda, estava cercado de desconfianças após ter recebido uma oportunidade no lugar de Cristóvão Borges, o sucessor de Tite, e em seguida o clube optar pela experiência de Oswaldo de Oliveira.

Dois anos depois, a recepção no aeroporto foi digna do comandante nas três últimas conquistas do clube antes de partir para o Al-Wehda: dois títulos paulistas e o Brasileiro de 2017. Agora com luz própria, sem o rótulo de discípulo de Tite. Ainda que o resgate da identidade corintiana seja a grande esperança de torcida e diretoria para 2019.

Antes havia a pressão natural de um time grande  – Carille chegou a balançar nos primeiros meses de 2017 com resultados e desempenho mais que questionáveis. Mas a rigor a expectativa era quase nenhuma. O técnico focou primeiro em resultados que sustentassem o trabalho e o tempo entregou o time base que surpreendeu e fez história, ainda que estivesse longe da “quarta força” que foi utilizada como provocação para mobilizar e terminou o ano como tema principal do desabafo pós títulos.

Agora, mesmo que Mano Menezes tenha sido procurado primeiro por Andrés Sánchez, só fica a responsabilidade de tentar repetir o feito. Mas desta vez sem efeito surpresa e com o currículo trazendo confiança, mas também a cobrança desmedida típica do futebol brasileiro. Mais uma vez o óbvio precisa ser dito: Carille não vai entrar em campo. E desta vez será o grande chefe, não aquele auxiliar que estava sempre por ali colaborando nos treinos sem protagonismo e que precisava da ajuda de todos na maior oportunidade da carreira.

Os insucessos de Osmar Loss e depois de Jair Ventura, também com pouca rodagem, deixaram claro que o Corinthians não trabalhava numa espécie de “piloto automático” independentemente da qualidade do comando e também do elenco. O time sentiu o desmanche, mas também a falta das mãos que participavam dos processos há muito tempo.

É possível formar de novo um time competente em 2019. Ramiro é volante que ajeita meio-campo, aberto ou por dentro. Se “Gustagol” retornar do Fortaleza com a mesma confiança de artilheiro pode ser a solução “caseira”, ainda que não tenha as características de Jô, fundamental em 2017. É possível também retomar a dinâmica ofensiva sem referência, com dois ponteiros e uma dupla de meias por dentro alternando como “falso nove”. Pedrinho é talento que ganha maturidade e pode ser uma peça desequilibrante com mais regularidade.

Há uma base experiente com Cássio, Fagner, Henrique, Jadson e Romero. Luan do Atlético-MG está na mira para ser o ponteiro de rapidez e intensidade. Sornoza é meia com qualidades, mas depende muito dos estímulos para demonstrar consistência. Richard, também vindo do Fluminense, é opção de volante para proteção e infiltração na área adversária.

Na capacidade de investimento será bem difícil competir com Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Cruzeiro. Mas se conseguir novamente associar mentalidade vencedora e capacidade competitiva, com solidez defensiva e eficiência no ataque tendo a concentração como a grande marca do time em campo, o Corinthians pode retomar o norte do período mais vencedor de sua história.

Mas com um novo Fabio Carille. Carregando a dor e a delícia de ser visto em um patamar não tão distante de Mano Menezes e Tite. Não mais o auxiliar que deu certo e sim o “terceiro arquiteto” da sólida construção corintiana dos últimos dez anos. Não é pouco e a cobrança virá na mesma proporção.

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Primeira vitória do São Paulo fora passa por Araruna, o “ponta-volante” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/05/28/primeira-vitoria-do-sao-paulo-fora-passa-por-araruna-o-ponta-volante/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/05/28/primeira-vitoria-do-sao-paulo-fora-passa-por-araruna-o-ponta-volante/#respond Mon, 28 May 2018 12:48:22 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4648 No Brasileiro que em sete rodadas apresenta um cenário de apenas três pontos separando o líder Flamengo do Sport, nono colocado, vencer fora de casa pode ser a chave para brigar no topo e não se contentar com o final da primeira página da tabela. Ou nem isso.

Por isso a importância do triunfo do São Paulo sobre o América por 3 a 1 no Estádio Independência. Também foi o primeiro revés do time mineiro em seus domínio. Podia estar em quarto, caiu para 11º.

O protagonista foi Nenê, com dois gols de bola parada, mas fundamental não só tecnicamente, mas também na liderança em campo que influi na transformação anímica da equipe desde a chegada de Diego Aguirre. A invencibilidade é apenas uma indicação nos resultados que hoje não é fácil se impor diante do tricolor como em outros tempos.

Diego Souza abriu o placar completando assistência de Everton. Com Nenê formaram o trio ofensivo que vai ganhando liga. Antes fechando o quarteto com Marcos Guilherme pela direita. Ponteiro que tem contrato até 30 de junho e, sem acordo com o Atlético Paranaense, dosa as partidas para não chegar a sete e ele não poder mais atuar pelo Brasileiro. Em Belo Horizonte entrou Araruna, titular depois de quatro meses. Um volante aberto pela direita.

Com Araruna, São Paulo preencheu melhor o meio-campo no 4-2-3-1 com um “ponta-volante” pela direita no auxilío a Militão e, principalmente, deu liberdade ao trio Nenê-Everton-Diego Souza (Tactical Pad).

Não é novidade. No momento em que o 4-2-3-1 virou moda no mundo e chegou ao Brasil, uma das grandes preocupações dos treinadores era com o preenchimento do meio-campo. Um meia de criação, dois ponteiros e o centroavante. Um volante mais fixo na proteção da defesa e sobrava um imenso pedaço de campo a ser preenchido pelo volante mais adiantado.

Dunga e Jorginho encontraram uma solução com Elano para auxiliar Gilberto Silva e Felipe Melo e dando liberdade a Kaká e Robinho se juntando a Luis Fabiano. Ramires era a reposição em função que se tornou fundamental na execução do misto de 4-2-3-1 com o losango no meio-campo. Ou um 4-3-1-2 sem sacrificar tanto os laterais, motivo pelo qual o desenho caiu em desuso.

Até hoje Dunga lamenta não ter sacado Ramires com a vitória garantida sobre o Chile nas oitavas. Cartão amarelo, suspensão e, com Daniel Alves, o meio enfraquecido que sucumbiu diante da Holanda.

Ficou o legado desta variação tática, que Dunga colocou em prática na sua passagem pelo Internacional em 2013. Com Fred, hoje na seleção brasileira e de partida para o Manchester United. Fez eco em outras equipes e hoje é uma das marcas do rival colorado, o Grêmio.

Ramiro é o “ponta volante” de Renato Gaúcho. Que tem função parecida com a do ponteiro “armador”, que parte do flanco para o centro, porém é menos ofensivo. Participa da construção um pouco mais recuado, perto da dupla de volantes. Tem liberdade de movimentação e abre o corredor para o lateral, além de liberar o meia central e o ponta do lado oposto para se juntar ao centroavante. Também deixa um espaço para que alguém infiltre como elemento surpresa.

Na prática, a lógica é a mesma da origem da inclusão de um terceiro homem no meio-campo que ganhou o mundo com Zagallo mais claramente na Copa de 1962, embora já se fizesse notar quatro anos antes na Suécia. Reforça o meio-campo ao lado de Zito e Didi e o espaço pela esquerda é aproveitado por alguém do trio ofensivo. Na Copa realizado no Chile, Amarildo, o substituto do lesionado Pelé, foi quem apareceu por ali, inclusive para marcar o primeiro gol dos 3 a 1 na final sobre a Tchecoslováquia.

Voltando ao São Paulo em 2018, Araruna ajudou Militão a fechar o setor direito e equilibrou o meio-campo com Jucilei e Hudson. Nada especial, até pela falta de costume na função e o desentrosamento com os companheiros. Segundo o Footstats, acertou 13 passes, errou dois. Nenhum desarme correto, nenhuma interceptação. Dois cruzamentos errados. Não finalizou nenhuma jogada.

Importante foi o posicionamento em campo que deu um encaixe melhor ao time e facilitou o trabalho do trio da frente. No primeiro gol, o contragolpe é trabalhado por Nenê, que aciona Everton e este serve Diego Souza aparecendo pela direita para completar.

No contragolpe do primeiro gol, Nenê aciona Everton, que vai servir Diego Souza aparecendo do lado oposto. Na imagem, Araruna chega por trás porque estava mais próximo dos volantes que dos companheiros do setor ofensivo (reprodução Premiere).

Aguirre é adepto do rodízio e das mudanças táticas de acordo com o adversário e dependendo do contexto. Mas pode usar  mais vezes Araruna ou outro jogador como o “ponta-volante” que equilibra o time e distribui melhor as peças em campo.

(Estatísticas: Footstats)

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Grêmio, o time da melhor atuação coletiva da primeira rodada da Série A http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/14/gremio-o-time-da-melhor-atuacao-coletiva-da-primeira-rodada-da-serie-a/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/14/gremio-o-time-da-melhor-atuacao-coletiva-da-primeira-rodada-da-serie-a/#respond Mon, 15 May 2017 00:12:00 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2687 Volume de jogo, controle no meio-campo, no ritmo de Arthur e Ramiro. Não fossem os gols perdidos, especialmente por Luan, e o Grêmio teria construído uma goleada histórica.

Diante de um adversário forte e organizado como o Botafogo, a atuação coletiva da equipe de Renato Gaúcho foi a melhor da primeira rodada da Série A. Também a mais consistente do tricolor gaúcho em 2017.

Luan circulando entre o meio e a defesa do Bota, Arthur distribuindo o jogo, Ramiro como o meia pela direita que ajuda os volantes, abre o corredor para Léo Moura e torna o ataque mais móvel, mesmo com a  presença de Lucas Barrios como a referência no ataque.

Dominou a posse de bola no primeiro tempo com 60% e acabou superado no final (51% x 49%), mas aproveitou os espaços cedidos pelo avanço do rival para os contragolpes. Abriu o placar na persistência de Ramiro depois de uma “blitz” com Gatito Fernández salvando, ampliou na segunda etapa com gol de Luan -irregular pelo toque na mão. Mas foram 19 finalizações contra oito – nove a um no alvo.

Triunfo incontestável, também pela atuação fraca do Botafogo que sofre com as improvisações na lateral direita – Emerson Santos desta vez. Camilo reclamou por ser deslocado no meio-campo para encaixar Montillo. Mas agora, atuando na função em que se destacou no ano passado, jogando com liberdade, produz muito pouco.

De novo Rodrigo Pimpão foi sacrificado pela esquerda, voltando na recomposição formando a segunda linha de quatro e sendo a referência de velocidade para os contragolpes. Como precisou ser competitivo no início da temporada pelas etapas eliminatórias da Libertadores antes da fase de grupos, agora o alvinegro oscila.

Mas o mérito é gremista. Renato aproveitou o período sem jogos para ajustes e seu time soube dosar posse e transição ofensiva em velocidade. O primeiro ato no Brasileiro foi promissor.

(Estatísticas: Footstats)

[Em tempo: sim, ainda falta um jogo para finalizar a rodada 1. Mas pelo tamanho do confronto, entre dois times envolvidos em Libertadores, e considerando a solidez gremista, nem Coritiba, nem Atlético-GO tem condições de superar, mesmo que goleie e dê espetáculo. Questão de contexto]

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