rodrigopimpao – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Diego Souza descomplica para o Botafogo e afunda Vasco “arame liso” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/02/diego-souza-descomplica-para-o-botafogo-e-afunda-vasco-arame-liso/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/02/diego-souza-descomplica-para-o-botafogo-e-afunda-vasco-arame-liso/#respond Sun, 02 Jun 2019 16:11:46 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6629 No clássico contra o Vasco no Nílton Santos, o Botafogo de Eduardo Barroca incorreu em um equívoco comum no futebol brasileiro entre as equipes que se propõem a controlar a posse de bola: confundir o capricho no passe com lentidão na circulação da bola. Muita preocupação com gesto técnico, simplificando e não correndo riscos, o que acaba tornando os ataques previsíveis.

Erro que ficava mais nítido entre os meio-campistas Cícero, João Paulo e Gustavo Bochecha, substituto do lesionado Alex Santana. O Vasco de Vanderlei Luxemburgo respondia bem com organização, coordenação no meio-campo com Marcos Júnior, contratado ao Bangu, e acelerando na frente com Rossi e Marrony nas pontas e Tiago Reis na frente.

Mesmo com apenas 34% de posse de bola, finalizou oito vezes contra três no rival no primeiro tempo. Tiago Reis chutou na trave de Gatito Fernandes concluindo boa jogada pela direita. O goleiro do Bota ainda pegou bela cabeçada de Marrony. Superioridade estratégica que não se refletiu no placar sem gols.

É o problema do time que não consegue ser contundente e preciso no momento de domínio. O “arame liso” dá tempo ao adversário para corrigir deficiências, recuperar confiança e também efetuar substituições que melhorem o desempenho coletivo. Barroca trocou Luiz Fernando por Rodrigo Pimpão e, no primeiro toque do ponteiro substituto, aproveitando erro de Yago Pikachu, o cruzamento no peito de Diego Souza. Domínio e conclusão perfeitos para descomplicar o jogo.

A única finalização no alvo do time que sobe na tabela com a quarta vitória em seis rodadas – considerando que os pontos do jogo contra o Palmeiras não estão computados pela acusação de uso indevido do VAR. Com oscilações naturais e ainda precisando melhorar alguns processos no modelo de jogo, mas evoluindo com o respaldo dos resultados, incluindo os triunfos na Copa Sul-Americana sobre o Sol de América. É time que gosta da bola, busca protagonismo e tenta fazer algo diferente no cenário nacional. Louvável.

Preocupante é a situação do Vasco. Três pontos em 21 disputados representam um início pior que nos três rebaixamentos. O desempenho melhorou, mas os resultados não caminham juntos até aqui. A queda depois do gol sofrido foi nítida, até Luxemburgo demonstrou desânimo. Em 16 finalizações, só quatro no alvo. Não pode errar tanto na frente.

A única boa notícia possível é que o Brasileiro vai parar para a Copa América. É a chance da equipe cruzmaltina se recuperar para tentar sobreviver.

(Estatísticas: Footstats)

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Bahia de Ramires vence Bota “arame liso” em jogo divertido, na contramão http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/09/20/bahia-de-ramires-vence-bota-arame-liso-em-jogo-divertido-na-contramao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/09/20/bahia-de-ramires-vence-bota-arame-liso-em-jogo-divertido-na-contramao/#respond Fri, 21 Sep 2018 02:49:10 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5237 Duelo de mata-mata pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana na Fonte Nova. Com gol “qualificado”. Entre equipes na segunda página da tabela da Série A do Brasileiro, apenas a dois pontos do Ceará, 17º colocado e primeiro no Z-4.

Imaginava-se uma disputa dentro da realidade atual do futebol jogado no país. O time da casa especulando com medo de sofrer gols e o visitante tentando controlar o jogo fechando espaços e tentando estocadas eventuais nos contragolpes.

Ledo engano. Obviamente não foi um jogaço, de alto nível técnico. Longe disso. Mas foi aberto e dinâmico, uma raridade, ainda mais porque o contexto não ajudava.

O Bahia de Enderson Moreira abriu o placar logo aos quatro minutos com Ramires, meia de 18 anos que vem ganhando oportunidades entre os profissionais por conta da ausência de Vinicius. Formando o trio com Clayton e Zé Rafael atrás de Edigar Júnio no 4-2-3-1 costumeiro, deu o dinamismo que justifica o apelido de Eric dos Santos Rodrigues, inspirado no volante ex-Cruzeiro, Chelsea e seleção brasileira, hoje no futebol chinês.

A boa surpresa foi que o time da casa não recuou com a vantagem. Terminou com 52% de posse de bola e finalizou seis vezes, duas no alvo. O Botafogo respondeu com cinco conclusões, três na direção da meta de Douglas. Duas nas traves, de Brenner e Rodrigo Pimpão.

Zé Ricardo montou um 4-1-4-1 que tinha uma variação interessante, com Rodrigo Lindoso e o jovem Gustavo recuando para auxiliar os zagueiros na posse de bola e adiantando o volante Jean, que fica mais fixo na proteção quando a equipe carioca perde a bola. Laterais Luis Ricardo e Gilson abertos e adiantados e os ponteiros Pimpão e Leo Valencia, depois Luiz Fernando, tentando se aproximar de Brenner.

Propostas ofensivas dentro das limitações das equipes. Também deficiências, especialmente na bola parada defensiva. O Bota teve chance de empatar, o Bahia ampliou no início da segunda etapa com Clayton. Já com Vinicius na vaga de Zé Rafael. Aí, sim, recolheu as linhas para administrar a vantagem. Caiu a posse para 46%, porém finalizou mais cinco vezes.

O Botafogo se lançou ao ataque de vez. Como se não houvesse amanhã. Empilhou chances até diminuir com Pimpão no rebote que o goleiro Douglas entregou. Mesmo antes da tola expulsão do lateral esquerdo Léo, o time visitante já tinha mais posse de bola e chegou a onze conclusões em pouco mais de 45 minutos. Nove no alvo. 16 no total. Faltou colocar nas redes. Jogou para virar, mas foi “arame liso”. Um problema recorrente nas equipes comandadas por Zé Ricardo.

Bom resultado para o Bahia administrar na volta, mas certamente sem retranca. Até porque o Bota está bem vivo. Pelo gol fora e, principalmente, por conta do bom desempenho. Animador até pensando em Brasileiro para se afastar da “confusão”.

Ótimo para quem assistiu. No futebol “por uma bola” jogado no Brasil, a partida foi na contramão. A decisão da vaga no Rio de Janeiro promete ao menos diversão. Hoje isto não é pouco em nossos campos.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

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Pimpão é o símbolo do Botafogo no limite, mas classificado http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/19/pimpao-e-o-simbolo-do-botafogo-no-limite-mas-classificado/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/19/pimpao-e-o-simbolo-do-botafogo-no-limite-mas-classificado/#respond Fri, 19 May 2017 03:17:35 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2704

Botafogo novamente no 4-3-1-2 variando para as duas linhas de quatro que sacrifica Pimpão pela esquerda, mas é forte nos contragolpes exatamente com a referência de velocidade. Faltou contundência ao Atlético Nacional que rondou a área adversária e forçou pelos flancos com Quiñonez e Ibargüen (Tactical Pad).

A pré-temporada apressada e intensa para quem precisa passar pelas fases iniciais da Libertadores sempre cobra o preço em algum momento do ano. Precisa ser competitivo muito rapidamente e tem jogos duríssimos no momento em que o ideal é ganhar força gradativamente.

O Botafogo foi de entrega total diante de Colo Colo e Olimpia. Depois um grupo duro, com o atual campeão Atlético Nacional, mais Estudiantes e Barcelona de Guayaquil. Sem respiro.

Natural oscilar em desempenho. Quando tentou propor jogo se complicou no Engenhão contra o Barcelona. Era preciso vencer para não ter que pontuar na rodada final contra os argentinos. O desafio era encarar o time colombiano em recuperação, de bela atuação na volta da decisão da Recopa Sul-Americana atropelando a Chapecoense.

Era preciso sacrifício. E jogar no limite é com Rodrigo Pimpão. No 4-3-1-2 armado por Jair Ventura, é o atacante de velocidade com piques seguidos. Só que também precisa voltar pela esquerda para compor a segunda linha do 4-4-2 que é a variação tática para bloquear os flancos.

Primeiro tempo sofrido. Gol perdido por Roger em contragolpe puxado por Pimpão logo no início. Atlético Nacional no habitual 4-2-3-1 que dá liberdade a Macnelly Torres na articulação e força pelos flancos, desta vez com Quiñonez e Ibargüen.

60% de posse, sete finalizações a cinco de quem precisava dos três pontos para sobreviver. O Botafogo tentava controlar o jogo sem a bola para acelerar a transição ofensiva. Mas pecava nos passes. Muitas bolas longas e inversões. Ficou menos com a bola e errou mais: 23 a 20.

Quando trabalhou no chão com passe mais curto que permitiu descer em bloco, Lindoso encontrou Pimpão em seu primeiro deslocamento saindo do lado esquerdo. Arranque e finalização precisa. O quarto no torneio continental.

O gol no início da segunda etapa para afirmar a maneira de jogar e minar as forças dos colombianos, que seguiram insistindo pelos lados, mas sem contundência. Até pela atuação impecável do jovem zagueiro Igor Rabello. Reinaldo Rueda arriscou um 4-4-2 com o atacante Luis Carlos Ruiz na vaga do volante Aldo. Jair respondeu com velocidade: Guilherme no lugar de Roger.

Mas sem poupar as energias de Pimpão, que seguia indo e voltando pela esquerda. Até sair exausto para entrar Gilson. Guilherme perdeu a chance de ampliar, assim como Carli desviando cobrança de escanteio. Foram 12 finalizações, uma a menos que os visitantes. Nada menos que 23 desarmes certos contra dez. Seguiu errando mais passes, porém compensou com fibra e a eficiência na conclusão.

O símbolo de todas as virtudes é Pimpão. Deixando 100% no campo. O prêmio veio em forma de vaga nas oitavas-de-final na Libertadores. A competição mais importante que foi priorizada. Desde o início, com todos os sacrifícios. Um exemplo.

(Estatísticas: Footstats)

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Pimpão, sacrificado e iluminado no Botafogo 100% no Engenhão http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/pimpao-sacrificado-e-iluminado-no-botafogo-100-no-engenhao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/03/14/pimpao-sacrificado-e-iluminado-no-botafogo-100-no-engenhao/#respond Wed, 15 Mar 2017 02:11:33 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2399 Os confrontos eliminatórios para entrar na fase de grupos da Libertadores sacrificou o primeiro turno do Botafogo no Carioca e também queimou etapas de preparação da equipe, que precisava se apresentar competitiva logo no início da temporada.

Por isso também o técnico Jair Ventura não teve tanto tempo para testar, experimentar e ensaiar o encaixe da principal contratação que mexeria na estrutura tática: Montillo entrou centralizado atrás do atacante mais enfiado.

Camilo foi jogado para o lado do campo. Inicialmente mais recuado. Contra o Estudiantes na abertura do Grupo 1, pela direita e mais liberado. Porque o lado forte do time argentino era o direito, com as descidas de Facundo Sánchez apoiando Solari, o meia aberto no 4-4-2 armado por Nelson Vivas.

A dupla na ala, mais o grande destaque do time, o colombiano Otero. Circulando às costas dos volantes Aírton e Bruno Silva e aparecendo também no setor de Victor Luis. Para ajudar o lateral esquerdo, Jair posicionou Rodrigo Pimpão no setor. Com responsabilidade de defender, mas também acelerar, procurar a diagonal, se juntar a Roger.

O Bota controlou a posse com 62%, mas finalizou três vezes, duas no alvo. Um chute de Camilo no final da primeira etapa e o golaço de Roger, completando de voleio outro voleio de Bruno Silva. O Estudiantes concluiu o dobro, três na direção da meta de Gatito Fernandez. Jogo duríssimo.

Porque Montillo não justificou o sacrifício dos colegas para que ele tivesse liberdade. Criou pouco. O time argentino foi se instalando no campo do ataque e, numa falta boba de Marcelo Conceição, zagueiro novamente improvisado na lateral direita que acertou o cruzamento para o primeiro gol, a cobrança perfeita de Otero.

Até Jair perder a paciência com Montillo, que também cansou. Entrou Sassá. Inicialmente com Camilo mantendo o posicionamento aberto, depois centralizado. Com Pimpão voltando ainda mais para realizar o trabalho defensivo.

Mas sem deixar de aparecer na área do oponente, como foi decisivo contra Colo Colo e Olimpia. Foi às redes novamente. O terceiro dele no torneio. Incansável em todo o campo. Sacrificado e iluminado.

Símbolo da entrega e do espírito competitivo de um Botafogo com 100% de aproveitamento no Engenhão e que será duro em qualquer campo, num grupo que já se mostra equilibrado na primeira rodada.

(Estatísticas: Footstats)

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