santiagosilva – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Renan Lodi nas mãos de Simeone pode ser a evolução do estilo de Marcelo http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/08/renan-lodi-nas-maos-de-simeone-pode-ser-a-evolucao-do-estilo-de-marcelo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/08/renan-lodi-nas-maos-de-simeone-pode-ser-a-evolucao-do-estilo-de-marcelo/#respond Mon, 08 Jul 2019 18:21:58 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6830

Imagem: Divulgação/Atletico de Madrid

Renan Lodi foi anunciado oficialmente pelo Atlético de Madrid. Já se apresenta ao novo clube para um contrato de seis anos e será desfalque importante para Tiago Nunes na sequência da temporada do Athletico. Com 21 anos é mais um que deixa o futebol brasileiro bem cedo.

Mas o futuro é promissor já pensando em seleção. Lodi é um daqueles típicos laterais com pé canhoto de meia que a nossa base revela com alguma frequência. Desde Felipe, ex-Vasco, a Marcelo, em fase final da carreira no Real Madrid. Técnica, habilidade, visão de jogo, vocação ofensiva.

Nas mãos de Diego Simeone é possível vislumbrar uma sensível melhora no trabalho defensivo, problema comum na formação de jogadores da posição no país. Compondo a última linha com posicionamento correto e concentração máxima sem a bola. Tanto no confronto direto com o atacante quanto nas diagonais de cobertura dentro de uma marcação por zona. Sem contar os movimentos coletivos de pressão no campo de ataque. Na frente, mais intensidade e objetividade pelo flanco esquerdo.

Filipe Luís fez sua história no time colchonero evoluindo defensivamente sem perder a consistência no ataque, mesmo com características diferentes das de Lodi. Aliás, a chegada do jovem lateral como sucessor do atual titular da seleção brasileira é parte do processo de contar com melhores soluções de ataque que o treinador argentino pretende implementar em sua equipe.

Se evoluir e amadurecer como se espera, Lodi é lateral para, no mínimo, dois ciclos de Copa do Mundo com a camisa verde e amarela. Por enquanto é apenas um projeto dentro da imprevisibilidade do esporte e da vida. Mas já vale um olhar de Tite pensando em 2022. Pode ser a evolução natural do estilo de Marcelo no futebol brasileiro.

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Flamengo passa com louvor por seu “batismo de fogo” na Libertadores http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/flamengo-passa-com-louvor-por-seu-batismo-de-fogo-na-libertadores/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/05/04/flamengo-passa-com-louvor-por-seu-batismo-de-fogo-na-libertadores/#respond Thu, 04 May 2017 03:38:43 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2633 O futebol é dinâmico. O Botafogo, que conseguiu sua classificação para a fase de grupos da Libertadores em duas etapas, foi considerado um time com vantagem por ter passado por disputas eliminatórias bem duras.

Mas no momento de confirmar a classificação no Grupo 1, hesitou no Engenhão contra o Barcelona de Guayaquil. A derrota por 2 a 0 não é nenhuma tragédia, mas abalou a imagem de time sólido mentalmente e fortíssimo em casa.

Já o Flamengo vem sendo consistente em desempenho dentro de casa e fora. Mas só pontua no Maracanã. A terceira partida com estádio lotado, porém, era decisiva. Com os surpreendentes 3 a 0 do San Lorenzo sobre o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, não conseguir os três pontos significaria levar a decisão para a última rodada exatamente contra os argentinos. Fora de casa.

Foi o “batismo de fogo” do Flamengo, que nas últimas edições do torneio continental costumava se complicar em jogos com estas características. Também se dispersava quando as partidas se alternavam com decisões estaduais, priorizando a disputa regional.

Não desta vez. Torcida e time sintonizados no clima de final. Cientes da dificuldade diante da Universidad Católica que era organizada no 4-2-3-1 e com bons valores individuais, como Fuenzalida, Buonanotte, Kalinski. Mais Santiago “El Taque” Silva na frente.

Cabia ao Flamengo atacar com paciência e sem perder a concentração defensiva, grande virtude na vitória sobre o Fluminense na primeira final estadual. No primeiro tempo, alguma afobação e um dilema na execução do 4-1-4-1 proposto por Zé Ricardo: Guerrero era o único jogador capaz de um passe diferente quando recuava para articular. Mas também é o finalizador mais eficiente do quinteto ofensivo.

Sacrificado, o peruano não se escondeu. Pelo contrário. Das 23 finalizações, tentou nada menos que 13. Na primeira etapa, porém, a única oportunidade cristalina foi completando passe de Willian Arão e chutou em cima do goleiro Toselli. A mais clara, no entanto, foi de Fuenzalida infiltrando livre entre Rafael Vaz e Trauco.

No segundo tempo, a surpresa com Rodinei na vaga do apagado Mancuello, que desta vez não tem desculpa pelo mau rendimento. Foi escalado na função para a qual foi contratado no início de 2016 e não deu sequência às jogadas.

Com cinco minutos, golaço de canhota do lateral reserva transformado em ponteiro. Rodinei seguiu voando pela direita, fazendo dupla com Pará. Gabriel, centralizado, mesmo com todas as suas limitações, confundiu a marcação adversária circulando às costas dos volantes. Mas novamente faltou contundência para matar o jogo.

Pagou com a única finalização de Santiago Silva no jogo. Cabeceando entre Rever e Vaz. Em três conclusões do centroavante nas duas partidas entre as equipes, dois gols. Silêncio no Maracanã, massa preocupada, time tenso.

Entrou em cena Guerrero, para marcar exatamente na finalização mais complicada: com o marcador em cima, o chute cruzado entre as pernas do defensor e no canto de Toselli. Depois de onze tentativas. Haveria mais uma, no final, bloqueada.

Mas a vitória a esta altura já estava definida pelo gol de Trauco. Lateral que virou meia de novo, com a entrada de Renê no lugar de Gabriel. Mas centralizado, porque aparentava cansaço e Everton seguiu recompondo no setor esquerdo que a Católica atacava seguidamente.

Gol de perseverança, na sequência de chutes que podia ter virado um passe para Arão livre. Mas a conclusão de direita entrou e resolveu a questão da penúltima rodada. Não garante a classificação e envolve até um certo risco, já que a derrota na Argentina combinada com a vitória atleticana no Chile elimina o time carioca.

A rigor, um time que finalizou 40 vezes no campeonato, média de oito por jogo, já deveria estar com a vaga garantida, 100% de aproveitamento. Ainda falta contundência, que pode fazer falta mais à frente na temporada.

Mas valeu pela liderança do Grupo 4 e, principalmente, por seu simbolismo. Por não se entregar nem se desesperar depois do empate. Por manter o foco na competição que é prioridade em 2017.

Pelas mudanças do treinador que, mesmo questionáveis para quem não entende a diferença entre posição e função, deram certo na prática. Sem Diego, Donatti, Romulo e Berrío. Fora Conca. Com bela atuação de Marcio Araújo na proteção da retaguarda.

Na prova mais difícil até aqui, o Flamengo passou com louvor.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

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