supercopadaeuropa – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Klopp, Rafael Oliveira e a influência do público no jornalismo de futebol http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/15/klopp-rafael-oliveira-e-a-influencia-do-publico-no-jornalismo-de-futebol/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/15/klopp-rafael-oliveira-e-a-influencia-do-publico-no-jornalismo-de-futebol/#respond Thu, 15 Aug 2019 12:40:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7044 “A ESPN vive um processo de transformação e adaptação para atender aos fãs, acionistas e clientes de esportes em meio às constantes mudanças no consumo de conteúdo”.

Esta é a parte que chama mais atenção da nota oficial emitida pela ESPN Brasil para justificar a demissão ou não renovação de contrato de João Palomino, Juca Kfouri, João Carlos “Canalha”, Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Cláudio Arreguy, Maurício Barros, Renata Netto, Stela Spironelli, Guilherme Graziano e Rafael Oliveira.

Mas foi justamente o nome deste último que gerou mais repercussão. O mais jovem e talvez hierarquicamente o profissional de menor poder decisório de todos os dispensados. Mas um comentarista que se destaca pelo enorme conhecimento de futebol nacional e internacional.

Este blogueiro conheceu o Rafael em 2007, no início do Esporte Interativo, ainda como um canal de transmissão restrita aos clientes com antena parabólica comum. Ele era produtor estagiário, com 18 anos, mas já mostrava um enorme conhecimento. Seu material de pesquisa para os jogos era superior aos dos comentaristas. Não demorou para a chefia notar que ele era melhor que todos nós e colocá-lo para comentar jogos. Não tenho a mínima vergonha de dizer que o Rafael ficou com a minha vaga.

Porque ele é simplesmente o melhor para comentar sobre o futebol na sua essência, o jogo. Respira o esporte mais que qualquer um de nós, a ponto de acompanhar e analisar com profundidade os campeonatos mais alternativos.  Por isso a gritaria nas redes e o seu nome em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter.

Mas a nota da ESPN deixa a mensagem subliminar de que este perfil não se adequa mais ao que o grosso da audiência deseja. E a saída dos outros profissionais indica que acionistas mandaram às favas a linha editorial que sempre marcou a emissora, mas já vinha se transformando.

Com a popularização da TV por assinatura e internet por banda larga, além das entradas do Fox Sports e Esporte Interativo, o perfil do consumidor de conteúdo sobre esportes, particularmente o futebol, mudou. Antes era Sportv com o futebol nacional e alguns campeonatos europeus periféricos e a ESPN Brasil com as principais competições internacionais.

A fragmentação distribuiu os direitos de transmissão e abriu espaços nas grades para os programas de debate. E surpreendentemente a fórmula da TV aberta, tosca e popularesca na maioria das vezes, encontrou um público na fechada e passou a liderar a audiência.

Velhas práticas, como polêmicas bairristas, gritaria e a “indústria da treta” – as brigas entre os participantes, normalmente combinadas antes ou criadas na hora – atraíram a atenção do público e viraram a lógica do avesso. Explica a mutação gradativa das então duas emissoras dominantes e agora temos a ESPN consolidando uma guinada antes improvável.

A outra parte da nota do canal diz: “A reformulação faz parte do planejamento da emissora para o próximo ano que seguirá apostando no conteúdo ao vivo e nos direitos esportivos de futebol, tais como Premier League e La Liga, além das ligas norte-americanas como a NFL, NBA, MLB, NHL entre outras.”

Curioso pensar que apostando em transmissões como os campeonatos inglês e espanhol a ESPN dispense um comentarista como o Rafael Oliveira, que domina como poucos (ou ninguém) as duas ligas. A impressão é mesmo que o investimento agora será no caminho mais fácil: polêmicas e análises simplistas.

Até porque a nova executiva que substitui Palomino, Adriana Naves, vem do Fox Sports. Justamente a emissora que resgatou esse formato mais “popular”. Considerando que o Fox Sports no Brasil será vendido pela própria Disney com “porteira fechada”, incluindo os campeonatos que transmite, o crescimento do DAZN no serviço de streaming e ainda o investimento da Turner no esporte essa estratégia de contratar mais eventos ao vivo não parece muito promissora. A tendência é fragmentar ainda mais.

Faz sentido se notarmos o que repercute em todos esses muitos debates sobre futebol nas emissoras. É bem provável que boa parte dos que lamentaram a saída do Rafael ontem não assistisse com frequência as atrações das quais o comentarista participava. Muito menos faziam eco nas redes sociais de suas análises embasadas.

Já a polêmica barata, a bobagem contundente e o apelo clubista e bairrista costumam “quebrar a internet”. Mesmo que gerem ofensas e até ameaças nos casos mais graves, entregam audiência e o tal do engajamento. Atraem patrocinadores que pagam as contas e agradam os acionistas. Ou seja, o “chorume” no rigor dos números vale mais que o conteúdo.

Essa lógica perversa é responsabilidade também do público. Sim, do cliente que nem sempre tem razão. Se quem é fã do Rafael ouve o que ele diz e guarda admiração para si, mas repercute o lixo de outros está apenas mantendo esse status quo que critica. As redes sociais deram voz e poder de participação aos espectadores que precisam refletir sobre o seu papel na construção da mídia e, consequentemente, do nosso futebol que é praticamente o tema único no jornalismo esportivo.

Este conflito não é recente, nem restrito ao Brasil. Vale destacar alguns pequenos trechos do livro “Klopp”, de Raphael Honigstein, traduzido pela editora Grande Área, muito bem resgatados pelo colega Gabriel Dudziak no Twitter sobre a realidade do futebol alemão há alguns anos e que gerou por lá reflexões e também mudanças:

“… e mais ainda na maneira como se discutia e se pensava futebol na Alemanha. Vencedores ganhavam porque tinham mais desejo de vitória e perdedores fracassavam… porque é isso que perdedores fazem não é mesmo?”(…) a simplificação deliberada de sua apresentação (do futebol) cobrou um preço muito alto: […] era o futebol ‘desfutebolizado’, despreocupado com a forma e voltado apenas para o sucesso. Essa desavergonhada falta de qualquer tentativa de análise séria contribuiu para que os clubes e a seleção nacional ficassem completamente para trás ao longo das décadas seguintes. Não havia nem vocabulário nem estrutura técnica para introspecções.”

Caminhamos para a não-reflexão. Ainda que se entenda que o espectador tem o direito de simplesmente sentar no sofá e buscar um entretenimento para acompanhar a refeição ou o descanso depois de um dia exaustivo de trabalho não pode ser apenas isso. É possível fazer algo plural, com diversão, mas também informação e análise que não encerre a discussão no “ganhou porque o grupo está fechado com o treinador” ou “perdeu porque faltou raça”. Ou explicações mais estapafúrdias. Ou brigas fabricadas.

Jurgen Klopp é um belo exemplo de conteúdo e diversão. Revoluciona o esporte com novos conceitos, mas é capaz de fazer piada com o goleiro Adrián – substituto do brasileiro Alisson e herói da vitória nos pênaltis sobre o Chelsea por 5 a 4, depois do empate por 2 a 2 em Istambul pela Supercopa da Europa. O treinador alemão arrancou gargalhadas até do entrevistador ao imitar Rocky Balboa gritando por sua mulher Adrian em uma cena clássica da série de filmes do personagem de Silvester Stallone. É possível combinar seriedade, profundidade e a leveza do humor.

Respostas complexas ajudam a mudar o jogo. E nosso futebol precisa evoluir dentro e fora de campo. A imprensa tem papel importante, mas o público também. Para que o Rafael Oliveira não vire o assunto mais comentado apenas quando o patrão fizer a loucura de dispensar sua competência.

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Casemiro, o insubstituível. No Real Madrid e na seleção brasileira http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/16/casemiro-o-insubstituivel-no-real-madrid-e-na-selecao-brasileira/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/16/casemiro-o-insubstituivel-no-real-madrid-e-na-selecao-brasileira/#respond Thu, 16 Aug 2018 15:38:27 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5077

31 minutos do segundo tempo da decisão em jogo único da Supercopa da Europa em Tallinn, Estônia. Mais um clássico de Madri valendo taça. O placar aponta 2 a 1 para o Real Madrid, com atuação relativamente segura do tricampeão da Liga dos Campeões. Até que a placa de substituição sinaliza que Casemiro, exausto e sentindo problemas musculares pelo esforço depois de um curto período de treinos na volta das férias, deixará o campo para a entrada de Daniel Ceballos.

Dois minutos depois, Marcelo tenta um lençol para trás na linha lateral (!), o Atlético recupera a bola, Sergio Ramos tenta cobrir o setor, mas sai a jogada que termina no empate com Diego Costa. Para em seguida o time de Diego Simeone, comandado pelo auxiliar Germán Burgos à beira do campo, tomar conta do clássico e voar na prorrogação para  fazer 4 a 2 e garantir o título. Com muito volume no meio-campo e gols de Koke e Saúl Níguez.

O primeiro triunfo dos colchoneros na “Era Simeone” sobre o time meregue numa decisão ou confronto de mata-mata continental gerou repercussão imediata. Primeiro exaltando a capacidade de competir do Atlético, com trabalho mais que consolidado e agora um elenco equilibrado e homogêneo para brigar em todas as frentes.

Mas principalmente sugerindo que o revés seria o primeiro símbolo do declínio depois das saídas de Zinedine Zidane do comando técnico, substituído por Julien Lopetegui, e de Cristiano Ronaldo. O treinador mais vencedor, na média de taças e anos no comando, e o maior artilheiro da história do clube mais vencedor do planeta.

Óbvio que é um baque para qualquer equipe e fica difícil vislumbrar o que será do Real nesta temporada. Mas ao menos a história do primeiro jogo oficia poderia ter sido bem diferente se Casemiro tivesse condições para seguir em campo.

Porque o volante brasileiro é o grande pilar de sustentação do trabalho defensivo. Principalmente para fazer o balanço, se defendendo dos contragolpes. Pela esquerda, Marcelo desce com tranquilidade porque sabe que Sergio Ramos sairá na cobertura e Casemiro vai recuar e fechar a zona de conclusão do adversário na própria área.

Eis a maior virtude de Casemiro: o senso de colocação e a imposição física para estar sempre no lugar certo e bloquear a finalização ou o passe decisivo do oponente. Simplesmente estar com seu corpo no espaço exato para impedir ou inibir a ação mais contundente.

Não é por acaso que a mudança de Zidane ao efetivar Casemiro à frente da defesa adiantando Luka Modric e Toni Kroos tenha dado tão certo e se mantido ao longo de toda a trajetória vencedora. Carlo Ancelotti e Rafa Benítez tentaram firmar a dupla Kroos-Modric à frente da defesa para ter controle de jogo através da posse de bola. Mas a retaguarda sofria demais.

A troca equilibrou o time. Ainda que seja preciso haver compensações, principalmente na saida de bola. Um dos meias recua para qualificar o passe e Casemiro se adianta. Na prática, muito mais para não atrapalhar do que para contribuir. Não que seja fraco no fundamento mais importante para um meio-campista. Mas como é mais alto e forte não tem a mesma agilidade e precisão de seus companheiros de setor para sair da pressão. E também pode contribuir mais à frente, se juntando ao quarteto ofensivo e até aparecendo na zona de conclusão.

Com a saída de Mateo Kovacic para o Chelsea, o Real Madrid ficou sem um substituto com características ao menos parecidas. Na derrota para o Atlético, mesmo com Modric entrando apenas na segunda etapa, o meio-campo fez água sem a bola e deu espaços demais ao rival. É mais um problema para a temporada. E dos grandes. Casemiro é simplesmente insubstituível.

No clube e também na seleção brasileira. Na Copa do Mundo, o volante foi fundamental para cobrir os espaços deixados por Paulinho e Phillipe Coutinho no meio-campo. Também fechava o meio da área quando Miranda saía na cobertura de Marcelo. Suspenso contra a Bélgica, viu Fernandinho entrar e cumprir uma atuação desastrosa depois do gol contra que marcou. Impossível não imaginar como teria sido o duelo pelas quartas-de-final com o camisa cinco em campo.

O novo ciclo de Tite deve partir da presença de Casemiro entre os convocados. Ainda que a renovação no setor seja inevitável, com Arthur, Paquetá, Fred e outros nomes que possam surgir. É dever também estudar uma reposição que não prejudique tanto o desempenho coletivo.

Porque Casemiro é único. Pode não ser o melhor volante do mundo, mas suas características atendem precisamente as necessidades de Real Madrid e seleção brasileira na função que executa. Outros podem ser as estrelas e chamar para si todas as atenções. Mas quando sua presença discreta se transforma em ausência tudo parece ruir.  Aconteceu de novo na Estônia. Melhor para o Atlético.

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A pobreza do “Mourinhobol” e a mentalidade vencedora do Real de Zidane http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/08/a-pobreza-do-mourinhobol-e-a-mentalidade-vencedora-do-real-de-zidane/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/08/a-pobreza-do-mourinhobol-e-a-mentalidade-vencedora-do-real-de-zidane/#respond Tue, 08 Aug 2017 21:41:53 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3076 Zinedine Zidane deixou no banco Cristiano Ronaldo, voltando de férias depois da participação na Copa das Confederações. Colocou Bale em seu lugar e manteve a equipe campeã espanhola e da Liga dos Campeões para a disputa da Supercopa da Europa na Macedônia. Com Isco novamente fazendo a ligação do meio com o ataque.

Com Casemiro, Modric e Kroos ajudaram o Real Madrid a jogar fácil. Nada revolucionário nos conceitos. Zidane quer aproximação, troca de passes, movimentação e simplicidade. E explora a grande virtude da equipe merengue: a qualidade na execução das jogadas. Precisão. Mesmo com erros incomuns, mas compreensíveis para um início de temporada. Como Kroos errar feio numa saída de bola.

Contra o Manchester United de José Mourinho assumiu naturalmente o protagonismo, ocupou o campo de ataque e com os avanços de Carvajal, que busca mais o fundo em velocidade que Marcelo do lado oposto, fez Lingard recuar como lateral formando com Valencia, Lindelof, Smalling e Darmian uma linha de cinco na defesa.

Acabou superado pela infiltração de Casemiro, impedido por centímetros ao receber passe de Carvajal para abrir o placar. Ampliou na bela combinação de Bale e Isco, que tocou na saída do goleiro De Gea. Toques rápidos e objetivos.

O United permitia que o Real tivesse a bola, mas as transições em velocidade criaram problema para o sistema defensivo espaçado do time espanhol por conta da proposta ofensiva e do condicionamento físico ainda em evolução no fim da pré-temporada.

Rashford, que entrou na vaga de Lingard, e Lukaku, grande contratação da temporada, perderam chances cristalinas. O atacante belga ao menos aproveitou o rebote de Keylor Navas para diminuir e ao menos criar a expectativa de reação.

Mas um time com tamanho poder de investimento não pode recorrer a Fellaini e um jogo físico e limitado às bolas aéreas em um jogo grande. Um “Mourinhobol” que pode até funcionar, mas é um enorme desperdício.

O Real, mesmo cansado, teve chances de matar o jogo nos contragolpes com Lucas Vázquez, Cristiano Ronaldo e Asensio. Mas nem foi preciso, porque controlou a partida aproveitando a pobreza do repertório dos Red Devils.

Também usando algo subjetivo, mas que no caso da equipe de Zidane fica bem nítido, quase palpável: a mentalidade vencedora. A certeza de que é melhor e pode ganhar. Por isso soma mais um título, sua quarta Supercopa europeia. O primeiro ato de um time pronto para seguir fazendo história.

 

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As primeiras impressões do Sevilla de Sampaoli e a vocação do Real Madrid http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/as-primeiras-impressoes-do-sevilla-de-sampaoli-e-a-vocacao-do-real-madrid/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2016/08/09/as-primeiras-impressoes-do-sevilla-de-sampaoli-e-a-vocacao-do-real-madrid/#respond Tue, 09 Aug 2016 23:18:22 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=1285 Paulo Henrique Ganso não estreou. Sequer foi relacionado. Mas nas primeiras impressões já foi possível perceber as ideias de Jorge Sampaoli no Sevilla que decidiu a Supercopa da Europa em Trondheim, Noruega.

A começar pela posse de bola, que nos 90 minutos sempre rondou os 65%. Saída com passes rasteiros, ora com os zagueiros Pareja e Carriço abertos e um dos volantes, N’Zonzi ou Iborra, recuando para qualificar o passe. Ou Kolodziejczak, escalado na lateral, voltando na linha dos defensores e o meia Vitolo espetando como ala.

Variações para priorizar a construção com o time descendo em bloco. Para o início do trabalho, a missão é transformar o controle da bola em volume de jogo. A rigor, o atual bicampeão da Liga Europa finalizou pouco.

O Real Madrid foi mais efetivo, mesmo com a formação mais alternativa que Zinedine Zidane mandou a campo e deixou os titulares Modric e Benzema no banco, mais James Rodríguez. Pepe e Cristiano Ronaldo ainda não estão prontos. Destaque para Marco Asensio. Não só pelo golaço que abriu o placar, mas pelo estilo do meia de 20 anos revelado pelo Mallorca.

Aberto pela esquerda no 4-1-4-1,  permitia que Marcelo apoiasse mais por dentro e ajudasse Kovacic e Isco na articulação. Pela direita, Lucas Vázquez fazia boa dupla com Carvajal. O time merengue não tinha a bola, porém era mais vertical e eficiente.

Sevilla de Jorge Sampaoli com variações na saída de bola, triangulações pelos flancos, porém menos efetivo que o Real Madrid com formação inicial alternativa, no mesmo 4-1-4-1 do final da temporada passada, com força pela esquerda com Asensio aberto e Marcelo apoiando por dentro em vários momentos (Tactical Pad).

Sevilla de Jorge Sampaoli com variações na saída de bola, triangulações pelos flancos, porém menos efetivo que o Real Madrid com formação inicial alternativa, no mesmo 4-1-4-1 do final da temporada passada, com força pela esquerda com Asensio aberto e Marcelo apoiando por dentro em vários momentos (Tactical Pad).

Mas o Sevilla, com paciência e rondando a área rival, empatou com o argentino Franco Vázquez ainda no primeiro tempo. Virada na segunda etapa com a cobrança de pênalti do ucraniano Konoplyanka, que entrou na vaga de Vietto e o ataque ficou sem uma referência na frente. Também perdeu um homem, com a expulsão de Kolodziejczak.

Vitolo virou lateral de vez e Sampaoli simplificou com um 4-4-1 básico, com Rami na zaga e Kranevitter no meio-campo. Mas ainda com sua filosofia: bola no chão, triangulações pelos flancos e sem abrir mão do ataque. Jogo controlado e título próximo.

Não fosse o Real do outro lado, já com Modric, Benzema e James em campo. Não fosse Sergio Ramos na área do oponente aos 48 minutos. Outro empate salvador na cabeça do zagueiro no lance derradeiro do tempo normal.

Lembrou Lisboa em 2014. O Sevilla, porém, não se desmanchou mentalmente como o Atlético de Madrid na prorrogação. Diminuiu a posse, recuou as linhas por conta do cansaço. Mas com organização e intensidade. Teve gol anulado de Sergio Ramos em lance discutível com Rami. Caminhava para os pênaltis.

Não fosse o Real Madrid, maior da Europa. Não tivesse Carvajal um vigor físico absurdo para a arrancada que abriu todos os caminhos pela direita até vencer o goleiro Rico. No final do tempo extra.

A segunda conquista como técnico de Zidane. O terceiro título do torneio para o clube. Venceu todas neste século – 2002 e 2014. Porque levar para casa taças continentais parece a vocação do Real.

Na prorrogação, o Sevilla se fechou num 4-4-1 e o Real Madrid, com Modric, Benzema e James Rodríguez, ocupou o campo de ataque e garantiu o título da Supercopa da Europa com o golaço de Carvajal (Tactical Pad).

No final do tempo extra e na prorrogação, o Sevilla se fechou num 4-4-1 e o Real Madrid, com Modric, Benzema e James Rodríguez, ocupou o campo de ataque e garantiu o título da Supercopa da Europa com o golaço de Carvajal (Tactical Pad).

 

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