tacario – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Estratégia de Jesus contra River e Al Hilal para em Muriel e Flu guerreiro http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/09/estrategia-de-jesus-contra-river-e-al-hilal-para-em-muriel-e-flu-guerreiro/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/09/estrategia-de-jesus-contra-river-e-al-hilal-para-em-muriel-e-flu-guerreiro/#respond Thu, 09 Jul 2020 12:10:59 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8742

Imagem: Divulgação / Fluminense

“No intervalo conversamos, o ‘mister’ falou para não baixar a intensidade, porque o time deles iria cansar. E foi o que aconteceu. Aí a gente, com a nossa qualidade, conseguiu virar o jogo.”

Palavras de Bruno Henrique após a virada sobre o Al Hilal em Doha, no Catar, pela semifinal do Mundial de Clubes. Depois de terminar o primeiro tempo perdendo por 1 a 0, o Flamengo se impôs, inclusive fisicamente, e virou para 3 a 1.

Algumas declarações depois do triunfo histórico sobre o River Plate em Lima que valeu o título da Libertadores foram na mesma direção. O time argentino correu muito, dobrou a aposta na pressão sobre o adversário com a bola e a conta veio na metade final do segundo tempo e os dois gols de Gabriel Barbosa nos minutos derradeiros.

Na decisão da Taça Rio no Maracanã havia ainda mais motivos para acreditar no desgaste do oponente. O Fluminense teve um período menor de treinamentos na volta e Jorge Jesus agora conta com elenco mais robusto e cinco substituições para renovar as forças e atropelar.

Talvez por isso o treinador português tenha insistido tanto em focar no segundo tempo na análise do jogo em entrevista à Fla TV. Ele apenas se equivocou ao dizer que o time tricolor jogou só para não perder, ou ser derrotado por um placar magro.

Porque o time de Odair Hellmann tinha uma proposta clara de jogo: fechar espaços à frente da própria área com quatro defensores e os três volantes – Hudson, Yago Felipe e Dodi. Também recuando Nenê e Marcos Paulo pelas pontas e Evanilson para negar o passe fácil de Willian Arão, a opção de retorno ou desafogo do Fla.

Bola roubada, toques práticos e rápidos para sair da pressão e explorar os espaços às costas da última linha do rival. Deu trabalho, tanto que, dos quatro defensores do Fla, só Rodrigo Caio não levou cartão amarelo. O Flu valorizou também as bolas paradas, que permitiam que o time ocupasse o campo de ataque com mais jogadores. Assim fez Diego Alves trabalhar com Gilberto e depois o lateral aproveitou a falha coletiva rubro-negra no cruzamento de Egídio para abrir o placar.

Valeu-se também de um primeiro tempo muito abaixo do padrão do Flamengo. Não só pela boa marcação, mas por conta da assustadora lentidão e imprecisão na circulação da bola, mesmo sem pressão do adversário. Ainda que a estratégia fosse definir no segundo tempo, a intensidade ficou comprometida e foi possível perceber também um certo preciosismo, um ar blasé nas tentativas de tabelas e triangulações.

De fato, o Fluminense foi cansando ao longo da segunda etapa, mesmo sem abdicando do ataque dentro da sua proposta. E as substituições naturalmente deixaram o Flamengo mais forte. Entraram Michael, Pedro, Diego e Vitinho. Do setor ofensivo só ficou Gabriel, na esperança do gol decisivo.

Mas foi Pedro quem empatou, completando cruzamento de Filipe Luís. E Bruno Henrique, antes de dar lugar a Vitinho nos minutos finais, teve a bola da virada completando de cabeça a boa jogada de Michael pela direita.

Só que havia Muriel no caminho. O irmão de Alisson teve participação fundamental para respaldar o time aguerrido que renovou o fôlego, mas perdeu em técnica e tática com Fernando Pacheco, Caio Paulista, Yuri e Michel Araújo nas vagas de Evanilson, Marcos Paulo, Yago Felipe e Gilberto. O Flamengo teve chances para construir a virada que pretendia.

Ficou para os pênaltis e Muriel garantiu, defendendo as cobranças de Arão e Rafinha e sendo feliz no chute por cima de Léo Pereira, o pior rubro-negro em campo. Superando Diego Alves, o especialista que pegou os chutes de Dodi e Michel Araújo. Garantindo a conquista da Taça Rio e a realização das finais do Carioca.

Com o Flamengo ainda favorito. Será difícil para o Flu sustentar essa estratégia com entrega absoluta em dois jogos. A menos que os rubro-negros repitam em campo os muitos equívocos da diretoria do clube, que desrespeitou o regulamento da competição, que previa mando de campo na final do returno, e a Medida Provisória 984, que dá direito ao mandante de transmitir o jogo com exclusividade. Atropelou tudo, inclusive a ética, e a Fla TV também fez a transmissão – sem imagens, por decisão de última hora do STJD.

Uma soberba que respingou no time de Jorge Jesus e teve a resposta de quase sempre. O Fluminense foi digno e  guerreiro. Lutou com as armas possíveis e saiu vitorioso. Dentro e fora de campo.

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Queda do Flu torna Flamengo o maior favorito ao Carioca dos últimos 40 anos http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/06/queda-do-flu-torna-flamengo-o-maior-favorito-ao-carioca-dos-ultimos-40-anos/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/06/queda-do-flu-torna-flamengo-o-maior-favorito-ao-carioca-dos-ultimos-40-anos/#respond Mon, 06 Jul 2020 13:17:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8730

Foto: AGIF

Se o Flamengo confirmar o favoritismo na quarta-feira e vencer a Taça Rio garantindo o título estadual, a conquista não será invicta por causa do triunfo do Fluminense sobre o time sub-23 no primeiro turno. Equipe tricolor que foi a que mais colocou uma vitória rubro-negra em risco, nos 3 a 2 da semifinal da Taça Guanabara. A única a colocar a equipe de Jorge Jesus nas cordas.

Mas o time tricolor que chega à decisão do returno é bem diferente em desempenho da que demonstrava clara evolução antes da parada e era a única esperança de algum equilíbrio no estadual. Não só pela longa inatividade, mas também por conta dos poucos treinamentos, consequência da madura e correta decisão de não voltar a treinar dentro de um contexto de milhares de mortes no Rio de Janeiro por Covid-19.

A equipe de Odair  Hellmann não conseguiu ir às redes desde a volta e sofreu para segurar o Botafogo e o empate sem gols que garantiu a vaga na final da Taça Rio. O Botafogo de Paulo Autuori, com Honda controlando o meio-campo, teve chances com Pedro Raul e carimbou a trave de Muriel com Bruno Nazário.

Fred também teve grande oportunidade no segundo tempo e, nos minutos finais, o Flu parecia melhor condicionado fisicamente. Mas, no geral, a atuação foi fraca e e resposta negativa. Mesmo com a mudança de Hellmann para uma espécie de 4-3-1-2 com variações – 4-1-4-1 com Nenê voltando pela direita ou 4-4-2, com o camisa 77 se juntando a Fred na frente e Yago Felipe fechando o lado direito e Wellington Silva o flanco oposto.

A queda do Flu entrega ao Flamengo o maior favoritismo ao título carioca dos últimos 40 anos. Usando o próprio time rubro-negro, que sobrou e venceu os dois estaduais de 1979, como “nota de corte”. É claro que o contexto também tornou tudo mais favorável ao atual campeão brasileiro e da Libertadores.

Se a temporada tivesse seguido normalmente, o Fla teria priorizado a fase de grupos do torneio continental. Porque o estadual não foi valorizado desde o início. Nem tanto pelo time sub-23 nas primeiras partidas, necessidade para que o elenco principal completasse as férias de 30 dias.

Depois Jesus escalou os titulares contra o Resende, com sete dias de treinamentos, para colocá-los em ritmo de competição pensando na Supercopa do Brasil e na Recopa Sul-Americana. Na conquista dos três títulos em dez dias no mês de fevereiro, o Fla mandou a campo apenas dois titulares, Léo Pereira e Gabriel Barbosa, na final da Taça Guanabara contra o Boavista.

E o plano inicial de vencer também a Taça Rio tinha como objetivo abreviar o torneio e ganhar um tempo de preparação para o início do Brasileiro. Mas a pandemia fez do Carioca a única competição no horizonte, também por uma volta açodada, até irresponsável.

É claro que o Flamengo tem outras vantagens, como ter voltado antes a treinar e disputar todas as partidas no Maracanã. Mas em qualquer contexto e estádio é difícil imaginar esse time já histórico se complicando contra alguma equipe de menor investimento.

O esquadrão de Zico no início dos anos 1980 tinha o Vasco de Roberto Dinamite como a pedra no sapato. O Fluminense tricampeão de 1983 a 1985 protagonizou duelos equilibrados com Fla, Vasco e até o Bangu, não permitindo uma visão de nítida superioridade. Assim como o Vasco tricampeão de 1992 a 1994, campeões invictos como o Botafogo de 1989 e o próprio Flamengo de 1996 e 2011. Ou o Botafogo das 12 vitórias seguidas na Taça GB em 1997. Mesmo o Flamengo de Abel Braga no ano passado sequer chegou à decisão do turno. Todos tiveram rivais que criaram algum tipo de dificuldade.

O Flamengo de Jorge Jesus sobra como nenhum outro nas últimas quatro décadas. Por conta das circunstâncias, mas também da própria competência no departamento de futebol – apesar dos muitos equívocos em outros setores do clube. Um time forte que, com as contratações de 2020, agora conta com o melhor elenco do continente. Para ganhar os títulos mais importantes da temporada e o Carioca, se fosse possível conciliar.

Agora virou prioridade e parece favas contadas. Uma mera formalidade na quarta. Por mais que se respeite a história do Flu e o time atual, reforçado pelo ídolo Fred, que pode se agigantar em um jogo decisivo. Na camisa e na tradição, porque no futebol a desvantagem é abissal.

 

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Fluminense vence mistão do Vasco. Trabalho de Abel agora é indefensável http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/03/15/fluminense-vence-mistao-do-vasco-trabalho-de-abel-agora-e-indefensavel/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/03/15/fluminense-vence-mistao-do-vasco-trabalho-de-abel-agora-e-indefensavel/#respond Sun, 15 Mar 2020 23:52:16 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8166 Primeiro Abel Braga alegou que não arriscaria seus titulares sem ritmo contra o time sub-23 do Flamengo. Perdeu por 1 a 0. Depois usou o pouco tempo de trabalho como argumento para novamente colocar reservas diante do Botafogo, ainda na Taça Guanabara. Perdeu pelo mesmo placar e sequer chegou às semifinais do turno.

Agora, com as chances do título mais acessível na temporada indo para o ralo e a possibilidade de um último suspiro, chegando ao menos às semifinais da Taça Rio, novamente os reservas contra o Fluminense. Ou time misto, já que Fernando Miguel, Andrey, Raul e Marrony estavam em campo.

O motivo? Poupar a maioria dos titulares pensando na partida de volta da Copa do Brasil, fora de casa contra o Goiás. Com a desvantagem de ter perdido por 1 a 0 em São Januário e a grande probabilidade, confirmada ainda hoje, de que a CBF suspenderia todas as competições nacionais por conta da pandemia do coronavirus.

A campanha ridícula no estadual não permitia esse “luxo” ao Vasco. A menos que desde o primeiro clássico a “estratégia” do treinador fosse tirar a pressão sobre o próprio trabalho, diminuindo as cobranças nos reveses dos clássicos.

Os cruzmaltinos em campo foram, ao menos, dignos. Se esforçaram e tiveram até melhores oportunidades no primeiro tempo morno no Maracanã com portões fechados. Marrony perdeu a melhor delas. O Fluminense de Odair Hellmann deixou espaços entre os setores, cobriu mal o lado de Egídio e poderia ter saído atrás no placar.

Mas no passe de Nenê para Evanilson, o toque por cima do camisa nove para colocar o tricolor na frente. O camisa nove, que dá dinâmica ao ataque com Wellington Silva e Marcos Paulo, poderia ter marcado o segundo ainda antes do intervalo, ou provocado a expulsão do zagueiro Ricardo Graça pela falta com apenas o goleiro à frente do atacante. Só cartão amarelo.

Segundo tempo ainda menos intenso, com Flu administrando e Vasco tentando, mas claramente esbarrando em limitações técnicas. Abel ainda mandou a campo Yago Pikachu e Benítez para reagir, mas não foi suficiente. Os jogadores que vieram do banco do Flu foram mais felizes: chute de Caio Paulista na trave, gol de Fernando Pacheco.

O Fluminense termina a rodada – provavelmente a última antes da “quarentena” e pode ser a derradeira se o calendário brasileiro ficar tão apertado que seja necessário sacrificar os estaduais – com a melhor campanha geral. 24 pontos, dois à frente do Flamengo. A vitória sobre o sub-23 rubro-negro na fase de grupos do turno é a diferença na pontuação. Justamente o que Abel Braga abriu mão lá no início da temporada.

Há uma semana, este blog classificou o trabalho como fraco. Agora é simplesmente indefensável. Frágil no desempenho, inconsequente em algumas decisões e mais infeliz ainda nas declarações públicas. O treinador veterano precisa repensar tudo. Não pode ser responsabilizado por tudo de errado que acontece no Vasco da turbulência política e do caos financeiro, mas deve ser cobrado pelos equívocos em profusão.

Escalar time misto no clássico da vida no Carioca foi só mais um de muitos até aqui. E só estamos em março…

 

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Taça Rio é detalhe! Fluminense tem o melhor jogo coletivo do Carioca http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/03/25/taca-rio-e-detalhe-fluminense-tem-o-melhor-jogo-coletivo-do-carioca/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/03/25/taca-rio-e-detalhe-fluminense-tem-o-melhor-jogo-coletivo-do-carioca/#respond Sun, 25 Mar 2018 21:09:02 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4352 Flamengo e Vasco estão na Libertadores e o rubro-negro conta com elenco mais qualificado no papel, até pelo abismo que vai se criando no poder de investimento em relação aos demais grandes do Rio de Janeiro.

Mas o melhor jogo coletivo entre os times cariocas no momento é do Fluminense. Não só pelos 3 a 0 sobre o Botafogo na decisão da Taça Rio. Apesar da eliminação até vexatória da Copa do Brasil com duas derrotas para o Avaí – compreensível pelas oscilações de um elenco com muitos garotos dentro de um clube com sérios problemas financeiros que aproveita a garotada como única opção.

O campo mostra que é a equipe que apresenta mais soluções para resolver os jogos. A execução do 3-4-2-1/5-4-1 vai evoluindo jogo a jogo. Muita fluência pelos flancos com Gilberto, Jadson e Marcos Juníor à direita e Ayrton Lucas, Richard e Sornoza pela esquerda. Circula a bola com rapidez e objetividade pelo centro sempre procurando os lados.

Na referência do ataque, o jovem Pedro está cada vez mais à vontade. Fez o primeiro e serviu de peito Marcos Júnior no segundo. Ambos artilheiros do campeonato, com seis gols. Jadson fechou o placar no último ataque, atuando mais avançado dentro de um 5-4-1 bem organizado tirando espaços e negando oportunidades claras ao rival que partiu para cima com Pimpão, Renatinho e Luis Ricardo na segunda etapa.

O Flu aproveitou os muitos espaços deixados pelo Botafogo de Alberto Valentim que marca “com os olhos”, sem pressão no adversário com a bola. Teve 58% de posse e finalizou 18 vezes contra 16 do tricolor. Mas falhou nas finalizações e no trabalho defensivo. Algo a se corrigir com urgência até quarta para a semifinal contra o Flamengo.

No outro confronto há um favorito claro. O Flu pode até jogar mal na quinta contra o Vasco e, mesmo com vantagem do empate, ficar fora da grande decisão. É time jovem, com claras limitações e sujeito a uma noite ruim. Mas hoje no Rio de Janeiro ninguém joga um futebol mais consistente que a equipe de Abel Braga. A conquista do returno é apenas um detalhe. Ou mera consequência.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Vasco cumpre metade da rota para o tri. Não jogar pode ser uma vantagem http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/04/16/vasco-cumpre-metade-da-rota-para-o-tri-nao-jogar-pode-ser-uma-vantagem/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/04/16/vasco-cumpre-metade-da-rota-para-o-tri-nao-jogar-pode-ser-uma-vantagem/#respond Sun, 16 Apr 2017 23:28:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=2552 Você leu AQUI que o fato de não estar envolvido em outras competições, embora não fosse o cenário desejado pelo clube, poderia ser um trunfo para o Vasco na reta final do Carioca.

Competição que o clube valoriza na gestão Eurico Miranda, que puxou o tradicional grito de “Casaca!” até na classificação com empate sem gols contra o Flamengo na semifinal do returno. Rubro-negro que jogaria na quarta-feira contra o Atlético Paranaense pela Libertadores.

No Engenhão, a conquista da Taça Rio com a vitória no Engenhão sobre um Botafogo repleto de reservas comandado por um Jair Ventura que voltou da Colômbia para comandar o time e depois partir rumo ao Equador para a sequência do torneio continental, prioridade desde o início da temporada.

Faz diferença o foco total em uma competição. Ainda que seja a menos relevante na hora da avaliação ao fim da temporada. O Vasco de Milton Mendes vai ganhando corpo, com melhor coordenação no trabalho defensivo, aproximando duas linhas de quatro e dando liberdade para Nenê criar e acionar Luis Fabiano. Ou seja, faz o simples.

A cereja do bolo até aqui é o futebol do jovem Douglas Luiz. 18 anos, meio-campista que joga de área a área, autor do primeiro gol. Mesmo não finalizando tão bem, algo para aprimorar no trabalho diário. Ajuda Jean na proteção da defesa, desafoga Nenê e os ponteiros na criação.

Outra promessa da base que pode ser mais aproveitada é Guilherme Costa. Entrou, adicionou habilidade e criação onde Pikachu e Andrezinho pouco acrescentaram. Ainda provocou a expulsão de Marcelo Conceição que ajudou a construir o triunfo consolidado com o primeiro gol de Luis Fabiano com a camisa cruzmaltina, completando passe de Manga Escobar.

A conquista, embora nada signifique em termos esportivos, ajuda financeiramente e transfere confiança para a equipe remodelada pelo novo técnico. Na semifinal que vale, contra o Fluminense, mesmo com o rival levando a vantagem do empate, o Vasco chega mais forte que no final da fase de grupos.

Também porque o tricolor é mais um adversário envolvido em outra competição durante a semana. Pega o Goiás no Maracanã pela Copa do Brasil precisando vencer. Mesmo sem viagem, há a logística, o desgaste, foco no clássico só a partir da quinta-feira, possibilidade de desfalque por lesão. Enquanto o time de Milton Mendes concentra esforços, não dispersa.

O Vasco não é o favorito ao título regional. Nem é absurdo ser considerado, pelo desempenho, a quarta força carioca. Precisa de ajustes e reforços para o Brasileiro. Certamente sua torcida adoraria estar disputando ao menos Sul-Americana e Copa do Brasil.

No Carioca, porém, o contexto favorece. A primeira metade da rota do tri foi cumprida, ganhando taça e moral. Por incrível que pareça, no futebol atual cada vez mais intenso e que exige tanto de corpo e mente, não jogar pode ser uma vantagem.

 

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