thiago – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Paternalismo e redes sociais: os erros do Flamengo no caso Diego Alves http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/02/paternalismo-e-redes-sociais-os-erros-do-flamengo-no-caso-diego-alves/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/02/paternalismo-e-redes-sociais-os-erros-do-flamengo-no-caso-diego-alves/#respond Fri, 02 Nov 2018 08:47:28 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5446

Foto: Douglas Magno/AFP

Só mesmo a busca  desesperada por um título brasileiro para fechar a gestão Bandeira de Mello e tentar eleger o sucessor da situação e os bons resultados depois da chegada de Dorival Júnior para que o Flamengo dê respaldo ao treinador no caso Diego Alves.

Porque o histórico da diretoria rubro-negra é de uma relação paternalista com os jogadores. Ainda mais quando o personagem é o goleiro que virou ídolo antes mesmo de estrear. Diego Alves chegou no ano passado com tratamento de “sonho de consumo”, palavras do próprio presidente. Muito pelo movimento de torcedores nas redes sociais. Apavorados com as falhas de Muralha e a insegurança natural do jovem Thiago, quase suplicaram para que o arqueiro acertasse com o clube.

Um início de processo equivocado e que explica a postura do jogador ao se recusar a viajar com o grupo para o jogo contra o Paraná depois de saber que seria reserva de César. Não se desculpou e agora quase chegou às vias de fato com Dorival Júnior em uma discussão diante do elenco.

Vale a lembrança de que Diego Alves só acertou com o Flamengo porque o Valencia não deu garantias de que ele seria titular e o projeto pessoal do goleiro era buscar uma vaga na seleção brasileira para a Copa do Mundo disputada na Rússia. Coincidência ou não, seu melhor momento foi justamente antes do Mundial, ajudando a alçar o time à liderança do Brasileiro. Depois veio a queda junto com a equipe, em desempenho e resultados.

Reforça a impressão de que o jogador coloca suas ambições acima do clube. Na Europa só criou problema semelhante quando ficou de fora de um jogo do Valencia contra o Real Madrid na temporada 2013/14. Mas era uma transição de treinadores e Diego cresceu para cima do interino Nico Estévez, reclamando aos gritos. Foi multado, baixou a bola e a vida seguiu.

A diretoria rubro-negra ainda não definiu o futuro do jogador. Diego Alves não deve mais atuar sob o comando de Dorival Júnior. Mas é atleta do clube e pode ser aproveitado a partir de 2019 pelo novo treinador, já que o atual só permanece se for campeão brasileiro – hipótese improvável, ao menos no momento, pelos quatro pontos de desvantagem em relação ao Palmeiras e uma sequência de jogos, em tese, mais complicada.

Nas redes sociais, a notícia da barração gerou uma gritaria inicial. Mas com o time pontuando, atuando melhor e o goleiro substituto demonstrando segurança os ânimos se acalmaram e agora a maioria das manifestações é de apoio a Dorival e diretoria. Mas se César falhar…

Seja como for, a relação que começou errada tem tudo para terminar de maneira traumática. Para clube e jogador, este um “ídolo” sem feitos ou conquistas. Típico da gestão, ou da falta de comando, do Flamengo de Bandeira de Mello.

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Flamengo de Rueda repete velhos erros. Cruzeiro ganha gol e favoritismo http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/09/08/flamengo-de-rueda-repete-velhos-erros-cruzeiro-ganha-gol-e-favoritismo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/09/08/flamengo-de-rueda-repete-velhos-erros-cruzeiro-ganha-gol-e-favoritismo/#respond Fri, 08 Sep 2017 03:26:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3280 Se as dúvidas ou mudanças não confirmadas por Reinaldo Rueda estavam na meta e no ataque – Thiago e Lucas Paquetá iniciaram o jogo – a maior surpresa na escalação do Flamengo foi a entrada de Márcio Araújo no lugar de Cuéllar, melhor nos 180 minutos da semifinal contra o Botafogo e em boas condições físicas. Opção.

O resultado foi uma equipe com mais dificuldade no início da construção das jogadas, com Arão e Diego recuando muito para ajudar. Melhorou quando Paquetá passou a recuar e abrir espaços para as infiltrações de Berrío e Willian Arão. Mas de novo a equipe se mostrou “arame liso”, sem contundência no ataque. Faltou a chance cristalina.

Já o Cruzeiro sofreu com Rafael Sóbis na frente, tirando velocidade dos contragolpes – a entrada de Raniel na segunda etapa criou mais problemas para a retaguarda do oponente. Os erros de Robinho saindo da direita não ajudavam Thiago Neves na articulação. Diogo Barbosa era o destaque, negando espaços a Berrío e centrando para Alisson, no início do segundo tempo, para a primeira oportunidade clara do jogo. Grande defesa de Thiago.

Personagem da partida pela falha ao dar rebote no chute de Hudson para De Arrascaeta, substituto de Thiago Neves, empatar. Muralha faria o mesmo? Nunca saberemos, assim como a ótima intervenção na primeira etapa. Fica a impressão de que Thiago podia ter atuado na partida contra o Paraná pela Primeira Liga para ganhar mais ritmo de competição. Virou vilão.

O jovem goleiro negou o protagonismo a Paquetá, meia que foi às redes num “abafa” como típico centroavante – e impedido pelo toque de Arão desviando o chute. Depois de muita pressão após a mudança de Rueda, trocando Rodinei por Vinicius Júnior, recuando Everton para a lateral e invertendo o lado de Pará no mesmo 4-2-3-1. Depois Cuéllar, enfim, entrando no meio-campo para aumentar o volume de jogo.

Tudo em vão. Porque mais um erro individual inviabiliza o triunfo rubro-negro em jogo decisivo. Que custa caro por não transformar 59% de posse e 14 finalizações, a metade no alvo, em mais gols. Velhos problemas que transferem moral e favoritismo ao Cruzeiro para a volta no Mineirão, no dia 27. Mas no futebol brasileiro em que visitantes, normalmente com menos posse, se impõem, as chances do Flamengo não podem ser descartadas.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

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