Longe do título, confortável no G-4: a perigosa "ilha" do Grêmio
Início sem perspectivas com Luiz Felipe Scolari, reação surpreendente sob o comando de Roger Machado. Futebol atual: coletivo, tático, intenso. O Grêmio e seu treinador novato são as grandes surpresas lutando no topo da tabela do Brasileiro.
Como mandante ou visitante, uma equipe com setores próximos e valorizando a posse de bola, seja na criação de espaços ou no jogo reativo, quando necessário. O primeiro gol nos 2 a 0 sobre o Atlético no Mineirão foi um primor de construção do contragolpe finalizado por Douglas.
O bom trabalho em equipe atraiu holofotes para destaques individuais como Galhardo, Geromel, Walace, Douglas, Giuliano e Luan, além do selecionável Marcelo Grohe. Mas sempre deixando a impressão de que no time ajustado o jogador de nível técnico fraco parecia médio, o médio parecia bom e o bom, craque.
Ótima campanha para a capacidade técnica do elenco e pelas projeções pessimistas no início da competição. Mas para quem chegou a sonhar com o título que não vem desde 1996, a terceira colocação, a 14 pontos do líder Corinthians, pode parecer decepcionante.
Mas não é. Merece ser valorizada e administrada. A desconcentração na inacreditável virada imposta pela Chapecoense na Arena gremista e o empate sem gols no Maracanã contra o lanterna Vasco, cedendo 57% de posse e 20 finalizações ao time carioca, ligam o sinal de alerta.
Porque a impossibilidade, na prática, de levar a taça para Porto Alegre e a vantagem de seis pontos sobre o São Paulo, quinto colocado, associada à eliminação na Copa do Brasil para o Fluminense, criam uma espécie de "ilha" que isola o Grêmio numa zona de conforto. Morna, sem maiores ambições.
Um convite ao deslize nas seis últimas rodadas – Flamengo, Fluminense e Atlético-MG em casa; Sport, o Gre-Nal no Beira-Rio e Joinville longe de seus domínios. Confrontos que merecem mais atenção de um time que, se não está acomodado, parece disperso ou menos atento.
Sem competir, trabalhar taticamente e jogar no limite, o Grêmio produz pouco mais que o comum. Insuficiente para se manter na zona de classificação direta para a fase de grupos da Libertadores, mesmo com a matemática e os concorrentes ajudando.
A quinta colocação soaria como milagre em maio, mas em dezembro pode ser bem frustrante.
(Estatísticas: Footstats)
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