Ceni: pés revolucionários, maior atuação com as mãos, sempre controverso
Rogério sempre fala o que pensa. Muitas vezes defendeu de forma incondicional e acrítica a única camisa que vestiu. Em outras pareceu mais se importar com seus números e metas do que com o São Paulo, especialmente no final da carreira.
Ceni revolucionou a posição com a qualidade no passe, a coragem para atuar adiantado e os muitos gols, de falta e pênalti. Não por acaso sua despedida dos campos repercute em todo o planeta bola.
Mesmo reserva de Marcos em 2002 e de Dida em 2006 na seleção brasileira. Preterido em 1998 por Zagallo. Talvez por, mesmo jovem, ter se posicionado contra uma brincadeira infantil de veteranos. Goleiro é "cargo de confiança" do treinador. Faltou sorte com a verde e amarela.
Sobraram competência e talento na maior atuação. Na maior decisão em 25 anos de carreira: vitória sobre o Liverpool no Mundial Interclubes. Há dez anos em Yokohama. O planeta era tricolor, do Ceni que fez pelo menos três defesas espetaculares. Com as mãos. Para lembrar a todos que era também grande na essência do ofício.
Entre tantos outros feitos e recordes. Mito da torcida, mesmo com retrospecto desfavorável contra o Corinthians, apesar do centésimo gol da carreira no maior rival. Sem contar as muitas falhas, algumas decisivas. Mais uma prova de que a condição de ídolo não respeita convenções ou regras. Simplesmente é. Ele foi o maior em vermelho, preto e branco.
O sempre controverso Ceni. Que tantos veneram, outros amam odiar. Polêmico à frente de um microfone. Inovador com os pés, salvador com as mãos. Inconstante. Humano.
Vai fazer falta. Mas pode voltar em breve, longe da meta. Quem vai saber o que esperar de Rogério?
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