Van Gaal merece respeito e tem desfalques, mas erra demais no United
É duro criticar Louis Van Gaal. Campeão por Ajax, Barcelona, AZ Alkmaar e Bayern de Munique. Mesmo controverso e polêmico, é um dos treinadores que contribuíram para a evolução do esporte. Rara referência comum para Pep Guardiola e José Mourinho, que foi seu auxiliar na Espanha.
Há também o dever de relativizar o contexto do Manchester United nas últimas partidas. Sem Schweinsteiger, que começava a dar ritmo ao meio-campo. Luke Shaw, Rojo, Darmian e Valencia também estão fora. Ou seja, as laterais ficaram comprometidas.
Ainda assim, está difícil entender as escolhas do técnico holandês com as peças disponíveis. Contra o Norwich no Old Trafford, um 4-3-3 indecifrável: Rooney enfiado, Martial aberto pela direita bloqueando o corredor que deveria ser explorado pelo "ala" Ashley Young, que apoiava por dentro, afunilando o jogo. Fellaini no meio com Carrick e Juan Mata. Ander Herrera no banco.
Resultado prático: posse de bola inócua, muitos cruzamentos que acabavam empurrando Fellaini para a área adversária e abrindo um buraco no meio e expondo uma retaguarda com Young quase sempre mal colocado na última linha.Um desastre e derrota por 2 a 1 em casa.
Semana conturbada, fortes rumores de Mourinho em Manchester e Van Gaal exigindo desculpas dos jornalistas na coletiva pré-jogo. Pressão. Eliminação na Liga dos Campeões, quatro partidas sem vitória.
Agora cinco. E como isentar o treinador nos 2 a 0 do Stoke City sobre os Red Devils no Boxing Day? Algumas correções até foram efetuadas, como Mata voltando ao lado direito para abrir o corredor para Young e Martial como referência na frente.
Mas deixar Rooney no banco, ao invés de posicioná-lo atrás do centroavante móvel, participando da articulação e chegando na área para finalizar? Ander Herrera fazendo dupla à frente da defesa com Carrick é mais que aceitável. Mas não para adiantar Fellaini, que pouco contribui para a construção do jogo.
Fora de casa, perdeu posse de bola e, sem confiança, foi envolvido pelo Stoke de Shaqiri, Affelay, Arnautovic e Bojan, mas sem maiores riscos. Até Depay falhar grotescamente na disputa com Glen Johnson, que serviu Bojan.
Erro individual, mas também um "efeito dominó" de uma equipe mal armada que, ainda mais instável, sofreu o segundo. Toque bobo de mão de Young, golaço de Arnautovic no rebote da cobrança de Bojan. 2 a 0 em 25 minutos.
A senha para o Stoke reduzir o ritmo e Van Gaal mandar Rooney a campo na vaga de Depay no segundo tempo. Martial foi fazer o lado esquerdo. Fellaini seguiu em campo para perder chance cristalina e o goleiro Butland garantir o time da casa com outras duas boas defesas.
Pouco para tamanho investimento. Desempenho ridículo para o currículo mais que respeitável de Van Gaal, que parecia o nome mais indicado para uma sucessão real de Alex Ferguson depois da patética gestão de David Moyes.
Será que resiste à pesada sombra de Mourinho?
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