A virada no talento do Barcelona que descompensou o time de Simeone
Os primeiros dez minutos do Atlético de Madrid no Camp Nou foram de concentração absoluta. O time de Simeone adiantou a marcação, com Carrasco e Griezmann alternando a pressão, especialmente sobre Busquets. Também fustigando Piqué e Mascherano.
Com isso, a saída do Barcelona ficou lenta e imprecisa. Bola roubada, transição rápida, intensa e objetiva. Chute forte de Saul, defesaça de Bravo. Falha inexplicável da retaguarda do time catalão em cobrança de lateral, gol de Koke.
A atuação perfeita durou vinte minutos. Até se recolher em duas linhas compactas, mas permitir que o Barça respirasse e enfim colocasse em prática seu jogo posicional, com no mínimo oito jogadores no campo adversário trocando passes, criando espaços.
Rondou a área até Alba servir Messi no empate. A senha para o Atlético voltar a adiantar a marcação. Consequentemente, a zaga também avançando, mas sem a coordenação e o fulgor de antes. Letal quando Daniel Alves acertou passe longo, Suárez se desmarcou de Giménez, saiu no limite da linha de impedimento, protegeu como autêntico nove e finalizou como o artilheiro do Espanhol, com 19 gols.
As faltas faziam parte da estratégia de Simeone para interromper o fluxo do jogo do rival. Mas desde o início Filipe Luís parecia pilhado demais, especialmente contra Messi. Até a entrada criminosa no argentino que terminou no cartão vermelho, que saiu barato. Devia ter saído algemado do estádio.
O momento mais infeliz de um belo duelo tático em 45 minutos, com 71% de posse do Barcelona e três finalizações para cada equipe. Na análise dos números, o Atlético foi mais eficiente. O Barcelona virou no talento.
Na segunda etapa, Godín não foi maldoso, mas inconsequente. E ingênuo, por conhecer o compatriota Suárez e saber que ele valorizaria a entrada para forçar o segundo amarelo. A intensidade que Simeone cobra às vezes se confunde com truculência.
Com nove homens – entre eles Savic, Gaméz e Partey, que entrou na vaga de Augusto Fernández – contra o melhor time do planeta no Camp Nou, restou ao Atlético se fechar em duas linhas de quatro e abrir mão do jogo.
Só que o Barcelona exagerou no controle do jogo, pouco contundente. Com momentos de nítida dispersão. Talvez para poupar energias. Provavelmente para evitar lesões contra um time descompensado. Especialmente Neymar, nitidamente no sacrifício. Porém correu riscos desnecessários, a ponto do adversário esfacelado ter a última bola do jogo.
Mas venceu. Novamente por 2 a 1, adicionando o confronto direto na vantagem de três pontos que podem virar seis no jogo a menos na tabela. A rigor, nada tão definitivo. Mas para o Barcelona capaz de dobrar rival tão "cascudo" o bicampeonato parece encaminhado.
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