Miller Bolaños: velocidade e eficiência para o Grêmio mudar de patamar
O time de Roger Machado pagou no início do ano pela própria competência na campanha improvável no Brasileiro 2015. A equipe comandada por Felipão que parecia fadada a apenas lutar para não cair e com o treinador novato vislumbrava com otimismo a primeira metade da tabela fez muito mais.
A vaga na Libertadores, o futebol com conceitos atuais e momentos de beleza combinados com a carência de títulos relevantes na década criaram expectativa de respostas imediatas. Mas Roger perdeu Rafael Galhardo e Erazo na defesa e o desfalque de Walace no meio complicou a proteção e a saída de bola. As oscilações são absolutamente naturais.
Para render em alto nível, só jogando no limite. Para mudar de patamar era preciso uma busca certeira no mercado, por conta do momento de readequação financeira do clube e as poucas opções disponíveis neste cenário.
Miller Bolaños. Atacante móvel, porém finalizador. 57 gols pelo Emelec desde 2013, 25 no último campeonato equatoriano. Não é craque, mas pode executar as quatro funções ofensivas na execução do 4-2-3-1.
Para não mexer tanto na estrutura, Roger abriu Luan pela esquerda e deixou Miller adiantado na estreia contra a LDU. Na Arena do Grêmio, a pressão pela vitória depois da estreia frustrante no México virou marcação adiantada e obsessiva. No ataque, mobilidade e boa técnica, apesar do natural desentrosamento com o "fato novo".
Volume de jogo que os conterrâneos de Bolaños resistiram apenas por 11 minutos, até o gol de Maicon. Assistência do Luan contestado pela torcida no protesto das pipocas. O Grêmio que ainda não confia na retaguarda ainda buscando ajustes recolheu as linhas, atraiu o adversário e cedeu espaços.
No contragolpe, Luan arrancou pelo centro e serviu Miller. Letal e preciso para encaminhar a vitória e manter o clima de confiança na Arena. Primeiro tempo de 46% de posse gremista, mas nove finalizações contra quatro.
Objetividade que continuou sendo a tônica na volta do intervalo. Ainda mais com a vantagem numérica depois da expulsão de Romero logo no primeiro minuto que obrigou Claudio Borghi a reorganizar sua equipe no 4-4-1.
As substituições não diminuíram a lentidão e as fragilidades defensivas. A posse dos visitantes subiu para 56%, mas nenhuma finalização na direção da meta de Marcelo Grohe. Também pelos 26 desarmes corretos da equipe brasileira.
O tricolor gaúcho recuperou intensidade e voltou a acelerar na transição ofensiva com Everton e Henrique Almeida. Os autores dos outros gols que construíram os 4 a 0 e mostram que o elenco ganhou reposição de qualidade na frente sem precisar recorrer com freqüência a Bobô como referência.
Miller Bolaños é a diferença. Ou será com a seqüência de jogos. A melhor atuação coletiva em 2016 na estreia do equatoriano não é acaso. As características ajudam o entendimento com Giuliano (ponta articulador), Douglas (meia cerebral) e Luan (atacante agudo).
Velocidade e eficiência para o Grêmio resgatar a confiança que abre caminho para a evolução na Libertadores e na temporada. Os planos podem ser mais ambiciosos.
(Estatísticas: Footstats)
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