A terra arrasada em jogo coletivo do Palmeiras que vai dar trabalho a Cuca
Os primeiros 45 minutos do Palmeiras na estreia da Cuca diante do Nacional em Montevidéu foram de tentativas válidas: ficar com a bola e aproximar mais os setores em duas linhas de quatro, com Zé Roberto aberto pela esquerda no meio e Dudu avançado e mais próximo de Alecsandro.
Mas dois problemas crônicos dos tempos de Marcelo Oliveira são difíceis de resolver, exigem tempo e trabalho. A primeira é qualificar a saída de bola e evitar o chutão. Primeiro foi Gabriel a recuar para ajudar os zagueiros Edu Dracena e Vitor Hugo. Depois Arouca.
Não basta, porém, recuar um volante para fazer a saída de três, ou "lavolpeana". O objetivo é espetar os laterais, congestionar o meio e criar superioridade numérica ora pelo flanco, ora no centro.
Para isso, movimentação e trabalho coletivo são fundamentais. Criar linhas de passe, tocar e já se desmarcar. Não deixar o companheiro sozinho. Outro erro grave do time com Marcelo Oliveira. Diante da pressão do Nacional complicou ainda mais.
Lucas e Egídio foram mal na primeira etapa. Responsabilidade deles, mas também da falta de opções quando pressionados. Um jogo mais apoiado minimizaria os erros.
O Palmeiras teve 47% de posse, mas nenhuma finalização. De positivo, as 18 roubadas de bola. Inegavelmente o time já ficou mais bem posicionado, mesmo cedendo espaços ao rival. Sem perseguições individuais. Ponto para Cuca.
Na segunda etapa, as entradas de Robinho e Gabriel Jesus eram até óbvias. A saída de Egídio também, com Zé Roberto voltando. Mas ao tirar Allione repaginou a equipe num 4-3-3 pouco produtivo, apesar da maior disposição para atacar. Arouca mais plantado que Gabriel, Dudu à esquerda e Jesus pela direita.
Falha coletiva, gol do artilheiro López. Sem transição ofensiva, Cuca apelou para um 4-2-4 ao trocar Gabriel por Lucas Barrios. Até criou para Alecsandro finalizar e fazer o goleiro Conde trabalhar. Mas a equipe alviverde ficou espaçada, com ligações diretas.
Derrota doída, que complica a vida no Grupo 2, atrás de Nacional e Rosário Central, o próximo adversário. Fora de casa. Não haverá tempo de correção. Porque Cuca recebe terra arrasada em termos táticos. O trabalho será duro.
[Em tempo: mais um caso de injúria racista em estádio. Crime. Tem que prender, punir exemplarmente. Não basta denunciar e fazer campanha. Sem medidas duras esse desrespeito enraizado em tantos não se corrige.]
(Estatísticas: Conmebol)
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