A incrível sina dos times de Madrid na “Undécima” do Real
Muitos times se desmanchariam emocionalmente se levassem um gol numa final do tamanho da Liga dos Campeões antes dos 15 minutos de jogo. E logo do algoz há apenas dois anos. E com Sergio Ramos impedido. Por pouco, mas irregular.
Não o Atlético de Simeone, que voltou a se aprumar, continuou sofrendo com as jogadas aéreas do Real Madrid, mas terminou o primeiro tempo em Milão com as mesmas cinco finalizações do rival e igualando em posse de bola.
Equipes tão cascudas quanto a colchonera jogariam a toalha no pênalti perdido pelo craque do time no segundo minuto da segunda etapa. Griezmann no travessão.Já com Carrasco no lugar de Augusto Fernández e rearrumando o desenho tático para um ofensivo 4-3-3.
O Atlético insistiu. Podia ter sucumbido nas chances seguidas dos merengues nos contragolpes. Fechado num 4-1-4-1 com Bale e Cristiano Ronaldo recompondo pelas pontas. Benzema perdeu à frente de Oblak. O francês deu lugar a Lucas Vázquez. Antes Zidane trocou o extenuado Kroos por Isco. Na mesma jogada, Ronaldo e Bale desperdiçaram à frente de Oblak.
Até Marcelo deixar espaços às suas costas com o sistema defensivo postado. Velho erro de posicionamento que Juanfran aproveitou e centrou para Carrasco, que se antecipou a Danilo, substituto do lesionado Carvajal e outro lateral brasileiro a falhar nas suas atribuições como defensor.
Quando o jogo parecia à feição para a virada colchonera, o time que teve que se desgastar mais ao longo do jogo pela desvantagem no placar e os abalos emocionais não teve pernas. Filipe Luís e Koke estouraram e as entradas de Lucas Hernández e Partey acrescentaram pouco nos minutos finais e na prorrogação arrastada por conta do cansaço geral.
Pênaltis. Definidos primeiro pelo inexplicável comportamento de Oblak. Ainda que as cobranças de Vázquez, Marcelo, Bale, Sergio Ramos e Cristiano Ronaldo tenham sido precisas, o arqueiro esloveno não saltou em nenhuma. Parecia aguardar o chute no meio do gol. Ou sentiu mesmo a pressão.
O experiente Juanfran não afinou, mas foi infeliz. Navas até saltou no chute na trave direita que transferiu ao português e artilheiro absoluto com 16 gols o papel de herói. O décimo primeiro título do gigante em 14 decisões. Conquistado com incrível recuperação da equipe com Zidane, mas também os sorteios favoráveis que colocaram Roma, Wolfsburg e City no caminho.
Tudo conspirou contra o time de Simeone, que suportou e enfrentou todos os oponentes. Inclusive os campeões PSV, Barcelona e Bayern de Munique. Só não teve como fazer frente à incrível sina. Terceiro vice na Champions. Todos doídos, difíceis de encontrar consolo.
Se há uma razão para sofrer menos é ter perdido duas nos detalhes para o maior campeão. Um time fadado a levar a "orelhuda" para casa.
(Estatísticas: UEFA)
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