Qual será o Vasco de 2017? Fim do ciclo maldito ou mais um "bate e volta"?
O primeiro tempo do Vasco no Maracanã com 56 mil pagantes foi triste. Um time desesperado, previsível na frente com bolas esticadas para Nenê ou levantadas para Thalles. Na retaguarda, pernas presas pelo medo de protagonizar o maior vexame da história do clube. O Ceará bem armado por Sergio Soares marcou com Eduardo e teve chance de ampliar.
Segunda etapa no "abafa" e dois gols de Thalles para virar, muito mais pela tranqüilidade por conta do resultado adverso do Náutico contra o Oeste do que pela entrada de Eder Luís no lugar de Diguinho e a reorganização num 4-2-3-1.
Alguns sustos, como o incrível gol perdido por Wescley, e a queda física costumeira nos últimos vinte minutos. Mas acesso garantido. Em terceiro, com a derrota do Bahia para o campeão Atlético Goianense. Apesar do péssimo desempenho no returno, o Vasco sempre esteve no G-4. Não dá para dizer que foi injusto. Mas é pouco. Saldo final do trabalho de Jorginho é negativo, mesmo com título estadual invicto.
Agora é definir as metas para o futebol. O Botafogo deste ano pode ser boa referência: sem ilusões, começando com o objetivo de se manter na primeira divisão nacional e buscando algo maior se corresponder em campo. É proibido se empolgar com campanha no Carioca.
Hora de se recuperar financeiramente e na política buscar uma terceira solução, fora dos grupos de Roberto Dinamite e Eurico Miranda. Gestão mais moderna e profissional. É urgente!
Não pode sair da memória de quem toma decisões em São Januário a imagem da torcida gritando "Oeste!" pela vitória do time paulista sobre o Náutico no momento em que a tragédia pareceu mais próxima. Também o alívio e o protesto no apito final. Emblemático. Não pode mais acontecer.
Qual será o Vasco em 2017? O do fim do ciclo maldito ou de mais um "bate e volta" na Série B para punir novamente a falta de visão que mira mais o passado que vislumbra o futuro?
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