As primeiras impressões de Corinthians e Vasco em 2017
Para o time paulista valeu mais a observação do primeiro tempo, com a formação titular utilizando as peças disponíveis no Torneio da Flórida. E o que se viu foi a equipe de Fabio Carille com os movimentos do 4-1-4-1 inspirado em Tite mais assimilados, fluindo naturalmente.
Talvez pela preocupação de se manter organizado e os jogadores agrupados por ser um início de trabalho para evitar maior desgaste ficou a impressão de um time um tanto engessado, sem a mobilidade necessária, especialmente de Jô na frente.
Quando os ponteiros Romero e Marlone se procuraram no centro saiu o segundo gol numa tabela. O mesmo na primeira bola que foi às redes no jogo, quando os meias pelo centro à frente do volante Gabriel trocaram passes e no toque de calcanhar de Rodriguinho, Camacho saiu na cara de Martín Silva.
Porque o Vasco na segunda aparição sob o comando de Cristóvão Borges já demonstrou, na prática, os problemas defensivos da proposta de jogo do treinador: linhas próximas, defesa adiantada, mas sem pressão e diminuição de espaços diante do homem da bola. Muita liberdade nos gols corintianos. Já havia acontecido nos 2 a 1 sobre o Barcelona de Guaiaquil.
Um contraponto ao desempenho interessante na frente, com mais mobilidade e rapidez: Evander, Guilherme e Eder Luís se juntando a Nenê na articulação procurando Thalles. Bem superior à experiência com Escudero e Muriqui totalmente fora de sintonia na estreia.
Mas o gol saiu em ação individual, um chute espetacular com efeito de Eder Luis acertando o ângulo de Cássio. Para dar moral ao atacante veterano que terá em Wagner mais um concorrente no quarteto ou quinteto ofensivo que Cristóvão pretende armar.
Segunda etapa com as muitas substituições que quase sempre descaracterizam a disputa, mas valem paraa observação dos treinadores. Do quarteto Giovanni Augusto, Guilherme, Marquinhos Gabriel e Kazim por Carille. Os dois últimos protagonistas dos dois gols, um servindo ao outro, que consolidaram a goleada por 4 a 1.
Cristóvão viu um melhor entendimento entre Escudero, Ederson, Pikachu e Andrezinho. O técnico mexeu bastante, mas sem a opção de trocar todo time na volta do intervalo, como fez a equipe paulista. Mas, de novo, quando atacado de forma mais aguda mostrou as mesmas dificuldades defensivas. Algo para o comandante refletir e, principalmente, corrigir.
Clima de amistoso, Corinthians na final. Mas valeu mesmo para notar os rascunhos e as primeiras impressões sobre os times na temporada. A conclusão óbvia: há muito trabalho pela frente.
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