Viva o Monaco! E Guardiola volta para casa com duas substituições a fazer
O Monaco repetiu em casa a estratégia da partida em Manchester: intensidade máxima e volume sufocante no primeiro tempo. Com muita gente no campo de ataque e a qualidade de Mendy, Fabinho, Lemar, Bernardo e Mbappé, mesmo sem o lesionado Falcao, abriu os 2 a 0 que precisava.
Finalizou seis vezes, três na direção da meta de Caballero. Contra zero do City que não jogou. Sequer conseguiu mais posse – terminou com 49%. David Silva parecia jogar uma rotação abaixo.
Tudo mudou na segunda etapa. O time francês comandado por Leonardo Jardim dá a impressão de não saber controlar jogo, é muito vertical. O desgaste veio naturalmente e o City começou a se impor.
Mas Aguero perdeu duas chances cristalinas. Foi preciso Sané entrar em cena para os visitantes alcançarem o gol que parecia encaminhar a classificação. Mbappé e Fabinho, autores dos gols, sumiram exaustos na segunda etapa. O jovem atacante, inclusive, deu lugar a João Moutinho para segurar a vantagem.
Construída na bola parada letal, complicadíssima de ser bloqueada. Bakayoko foi preciso no deslocamento e no movimento para o cabeceio. Aí valeu a fibra, a vontade de fazer história, de repetir a trajetória da temporada 2003/04 se metendo entre os grandes do continente.
A classificação dos franceses é um sopro de renovação. Em termos de proposta de jogo ultraofensiva, mas especialmente nos nomes que devem ser disputados a tapa na próxima janela de transferências. O Monaco jogou para se classificar, dentro e fora.
Mas a pergunta do título do post não quer calar. Por que Guardiola trocou apenas Clichy por Iheanacho? O City jogou quarta-feira pela Premier League, no sábado pela Copa da Inglaterra. Lutou demais na segunda etapa, terminando com 59% de posse e equilibrando nas finalizações. Era preciso, no mínimo, reoxigenar o time.
Tentar para não se arrepender por não ter arriscado. Era sua primeira eliminação antes das semifinais. Quem sabe Yaya Touré na área adversária, ou tentando um chute de fora? Qualquer coisa para mudar o cenário desfavorável. Nada justifica, nem um elenco sem o potencial dos que comandou anteriormente.
Na última tentativa, De Bruyne, com a camisa encharcada, exausto, bateu fraco a falta nas mãos do goleiro Subasic.
O Monaco se junta ao Leicester como as novidades nas quartas da Liga dos Campeões. E Guardiola volta para casa. Indecifrável.
(Estatísticas: UEFA)
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