Os méritos (e a estrela) de Cuca na volta ao Palmeiras
Enfrentar em casa o combalido Vasco voltando à Série A era o melhor dos cenários para a volta de Cuca na estreia do campeão Palmeiras no Brasileiro.
Melhor ainda quando marca os gols em momentos decisivos da partida: logo no início, aos seis minutos, no pênalti tolo de Jomar sobre Dudu que Jean converteu. No final da primeira etapa, quando o Vasco havia equilibrado a disputa e Guerra aproveitou rebote de Martín Silva em chute de Jean. O terceiro no primeiro ataque da segunda etapa, com Borja. Quarto e último na reta final, em novo pênalti do desastroso Jomar sobre Dudu e outro gol de Borja.
Não é justo, porém, atribuir apenas à sorte a construção do placar. Longe disso. O primeiro mérito de Cuca foi resgatar rapidamente a intensidade, desde o primeiro toque na bola com jogada ensaiada em ligação direta. Bem ao seu estilo.
Com a recuperação do Vasco, com o jovem Douglas ditando o rimo no meio-campo, mas muito sacrifício da equipe sem a bola para compensar a participação nula de Nenê e Luis Fabiano, o comandante alviverde trocou o posicionamento de Jean e Tchê Tchê.
Este saiu do trio de meio-campistas no 4-3-3 que variava para o 4-2-3-1 com o avanço de Guerra e foi para a lateral direita. Dentro da marcação individual planejada, Jean cuidaria de Douglas.
Não deu tão certo na parte defensiva. Mas na frente confundiu a marcação cruzmaltina e, na troca, Tchê Tchê passou, Jean se projetou para finalizar e Guerra aproveitar no segundo. No terceiro, jogada de Tchê Tchê como lateral e gol de Borja.
Cuca foi perfeito ao dar confiança ao atacante colombiano, criticado pelo alto investimento e baixo desempenho até aqui. Começou errando lances bobos. Com espaços para acelerar, cresceu naturalmente. Dois gols e o carinho do treinador para enfim dar a resposta esperada.
Assim como Dudu, mantido capitão com Cuca. O melhor em campo partindo da esquerda para desarticular o bloqueio adversário. Dois pênaltis sofridos, duas chances desperdiçadas. Mas voltando a desequilibrar. Não é por acaso. Técnico e craque do time construíram uma relação de confiança mútua.
O primeiro tempo deve ser o norte do Vasco para o Brasileiro. Finalizou nove vezes contra seis do Palmeiras. Boa chance com Pikachu em lançamento primoroso de Douglas. Gol perdido pelo jovem volante no erro de Jean na saída de bola. No final da primeira etapa, poderia ter mudado o jogo. O problema é ser competitivo e ter velocidade na transição ofensiva com dois veteranos na frente.
O Palmeiras de Cuca repete os 4 a 0 do ano passado na estreia – em 2016 a vítima foi o Atlético-PR. O elenco está mais rico, mas desta vez há uma Libertadores para dividir atenções. Ainda assim, o status de favorito se reforça. Pelos méritos e também pela estrela de Cuca, que faz clube e torcida acreditarem mais na própria força.
(Estatísticas: Footstats)
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