Será que o Corinthians vai protagonizar o maior "flop" da história?
Com a derrota do Grêmio para o Vasco em São Januário, a distância entre o líder e o segundo colocado do Brasileiro se mantém nos sete pontos. Mas o Santos fez a diferença para o terceiro cair para nove.
A vantagem do Corinthians é considerável ainda, mas são três derrotas em quatro partidas no returno. Depois de uma campanha invicta, a melhor da história no turno. E o pior: uma nítida queda de desempenho.
Inclusive defensiva, cedendo contragolpes ao Santos na Vila Belmiro e sofrendo no primeiro tempo com as descidas do lateral esquerdo Zeca, destro, por dentro. Ultrapassando os volantes Alison e Renato, sendo mais um na articulação. A última linha da retaguarda, mesmo com a dupla central de volta – Balbuena e Pablo – já não é mais tão segura. Também porque está mais exposta pelo rendimento abaixo dos meio-campistas.
Ofensivamente a equipe de Fabio Carille está previsível, com todas as ações estudadas e mapeadas pelos rivais. O pivô de Jô, as incursões de Jadson da direita para dentro, as aparições de Rodriguinho e as infiltrações em diagonal de Romero. Com a busca da reação no segundo tempo, o número de cruzamentos disparou: 35. Terminou com mais posse (52%) e finalizações – 12 contra 11, mas quatro no alvo contra sete do rival. É preciso ter ideias, variações. Voltar a surpreender.
Cássio destoou com duas defesas portentosas na primeira etapa, impedindo gols de Ricardo Oliveira. Mas nada pôde fazer quando Lucas Lima apareceu livre para aproveitar a transição ofensiva rápida. Sempre com Bruno Henrique, o melhor do clássico, aberto e voando para cima ou nas costas de Fagner, outro em queda livre.
No final, bola de Lucas Lima, disparada de Bruno Henrique e Ricardo Oliveira, enfim, acertando as redes quando Cássio nada podia fazer. Primeira derrota do Corinthians em clássico estadual no ano. Triunfo santista para se posicionar como candidato real, apesar da prioridade dada à Libertadores. Assim como o Grêmio.
Se acontecer a revirada, ainda improvável, de um título que parecia apenas questão de tempo e matemática, o "flop" corintiano se transformaria, sem dúvida, no maior da história do Brasileiro na fórmula por pontos corridos com vinte clubes. Será possível?
(Estatísticas: Footstats)
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