Pachuca na semifinal! Mas o grande adversário do Grêmio segue o mesmo
Sem meias palavras: foram 120 minutos duros de assistir. No primeiro tempo de Pachuca x Wydad Casablanca em Abu Dhabi, a FIFA teve que inventar uma finalização que, a rigor, foi um cruzamento na direção do gol. O time mexicano não conseguia criar espaços, apesar de propor o jogo. O time ainda sente muita falta do jovem meia Hirving Lozano, negociado com o PSV Eindhoven. O marroquino, campeão africano, tinha espaços, mas não conseguia concatenar contragolpes, muito menos acionar a estrela Bencharki na frente.
Mesmo com o Wydad contando com apenas dez homens desde os 24 minutos da segunda etapa, após a expulsão do volante Nakach, o gol do Pachuca só saiu aos seis do segundo tempo da prorrogação. Quando, enfim, o uruguaio Urretaviscaya chegou ao fundo pela direita com liberdade para colocar na cabeça de Victor Guzmán.
Subindo por trás de Franco Jara, o centroavante de referência que entrou no segundo tempo na vaga de Ángelo Sagal, o chileno que foi o atacante móvel à frente do japonês Keisuke Honda no 4-2-3-1 montado pelo treinador Diego Alonso na formação inicial.
Nada demais. Mas os times que chegam às semifinais contra os campeões europeu e sul-americano dificilmente impressionam. Só que nos últimos tempos, no caso do confronto com o campeão da Libertadores, isto vem contando a favor.
Porque já passou pela estreia e o que podia restar de tensão vai embora com o confortável status de "zebra". E se havia alguma obrigação de vencer no primeiro jogo, agora a condição é de franco atirador. Nada a perder.
Ou seja, a responsabilidade estará toda com o Grêmio. Desde a criação do Mundial de Clubes da FIFA, todos os brasileiros encontraram dificuldades na semifinal. Mesmo o Santos nos 3 a 1 sobre o Kashima Reysol em 2011 não atropelou, teve períodos de jogo controlado pelo adversário. Internacional e Atlético Mineiro ficaram pelo caminho em 2010 e 2013. Na última edição, o Atlético Nacional sequer conseguiu se classificar contra o Real Madrid. Atropelamento do Kashima Antlers por 3 a 0.
Para o Grêmio não correr riscos de vexame é importante manter a força mental e encarar como um jogo decisivo, sem assumir mais responsabilidades do que o contexto exige. Entrar com personalidade e foco no jogo. Renato Gaúcho deve exigir de seus comandados que sequer passe pela cabeça a intenção de poupar energias e evitar contusões pensando na grande decisão. É semifinal e deve ser tratada com esse peso, mesmo com todo favoritismo.
O campeão da CONCACAF entra na rota do tricampeão da América. Mas para seguir no sonho de fazer o planeta azul pela segunda vez, o grande adversário do Grêmio segue o mesmo: os próprios nervos.
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