Fim da invencibilidade do City no jogo "maluco" com assinatura de Klopp
A melhor definição que este que escreve já leu sobre Jurgen Klopp é de "técnico rock and roll". Tudo a ver com o estilo apaixonado do alemão. Intensidade, comunhão com a torcida, carisma, alegria. Um "maluco beleza".
Por isso seus times costumam ser fortes em seus domínios pela atmosfera criada. Não é por acaso que Pep Guardiola quase sempre encontre dificuldades quando sua equipe enfrenta os times de Klopp, desde os duelos entre Bayern de Munique x Borussia Dortmund. Porque a motivação de enfrentar "o melhor treinador do mundo", nas palavras do próprio comandante dos Reds, cria essa "loucura". Sem controle.
Foi o que se viu nos 4 a 3 impostos pelo Liverpool no Anfield Road encerrando a invencibilidade do Manchester City em 23 rodadas. Início com intensidade máxima e gol logo aos oito minutos, no chute cruzado de Oxlade-Chamberlain, o meia pela direita no 4-3-3 do time da casa. Em tese, o substituto de Philippe Coutinho. Um dos destaques da partida.
Mas o líder absoluto da Premier League não é um time qualquer e, mesmo incomodado na saída de bola e com Fernandinho errando mais que o habitual, respondeu ocupando mais o campo de ataque e girando a bola. Na falha de Joe Gomez, a inversão de Walker encontrou Sané. Bela jogada do ponteiro alemão e chute forte entre a trave e o goleiro Karius. Uma das duas finalizações no alvo num total de quatro nos primeiros 45 minutos em que os citizens recuperaram o controle da bola e chegaram a 57% de posse.
O Liverpool finalizou oito, mas também um par na direção da meta de Ederson. Eficiência que deu um salto dos 15 aos 23 minutos com belos gols de Roberto Firmino, Mané e Salah. O mais bonito do brasileiro em lindo toque de cobertura. Incrível como é subestimado no Brasil por não ter história em um grande clube daqui. Pelo desempenho já pode questionar até titularidade no centro do ataque.
Pressão, bola roubada e contragolpe mortal. Futebol no volume máximo do time de Klopp. Gols na sequência que sempre baqueiam os times de Guardiola pela perda do domínio.
Mas mesmo com o desgaste físico por rodar menos o elenco nos jogos seguidos na virada do ano, já que conta com elenco curto e desfalcado, o City se entregou à "viagem" do jogo e assumiu o risco do bate-volta típico do Inglês que o time de Guardiola vem administrando melhor na temporada. O treinador catalão tirou Delph por lesão e colocou Danilo e depois trocou Sterling, novamente mal contra seu ex-time, por Bernardo Silva, autor do segundo gol.
Gundogan foi mais volante ao lado de Fernandinho do que meia alinhado a Kevin De Bruyne no meio-campo, alterando o desenho do time de Manchester para 4-2-3-1. Mas estava na área para marcar o terceiro e criar uma tensão em Anfield até a testada com perigo de Aguero, impedido, no lance final.
Foram 16 finalizações do anfitrião contra 11 dos visitantes, que tiveram 64% de posse. Cenário de equilíbrio relativo, definido pela maior eficiência nos momentos de superioridade e menos erros quando dominado.
O que parecia trágico se transformou numa reação digna para não abalar tanto o City. Apesar das 17 partidas sem vencer os Reds fora de casa e as seis derrotas de Guardiola contra Klopp. O triunfo do Liverpool teve a assinatura do alemão num jogo "maluco".
(Estatísticas: BBC)
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