Nenhum time grande repetiu mais a escalação em 2018 que o Botafogo
Em 2018, os grandes times vêm aproveitando os estaduais para fazer experiências, rodar o elenco, dar minutos a jovens da base, entrosar os jogadores contratados.
O Botafogo de Felipe Conceição optou pela manutenção e aposta na repetição para evoluir. Só não escalou os mesmos onze iniciais nas quatro rodadas do Carioca porque Joel Carli se lesionou na estreia e Marcelo Conceição entrou no seu lugar na zaga.
Os outros dez continuaram os mesmos: Jefferson; Arnaldo, Igor Rabello e Gilson; Matheus Fernandes; Rodrigo Pimpão, João Paulo, Leo Valencia e Luiz Fernando; Brenner. Nas duas vitórias na temporada – sobre o Macaé por 2 a 1 e Boavista por 1 a 0 – o treinador também mandou a campo os mesmos reservas: Dudu Cearense, Ezequiel -este entrou em todas as partidas – e Renatinho.
Nenhum time entre os grandes nos principais estaduais repetiu tanto a formação titular até aqui. Alguns, inclusive, começaram com reservas, como o Grêmio e o Atlético Mineiro, e o Flamengo iniciou com os garotos do sub-20 e aos poucos vai inserindo titulares.
O objetivo do alvinegro é claro: assimilar mais rapidamente um modelo de jogo diferente do antecessor Jair Ventura, melhorar a sintonia entre os jogadores e buscar os resultados para ganhar confiança. Equipe e o novo comandante em sua primeira experiência nos profissionais.
O desempenho até aqui não é de empolgar e nem deve ser. É um processo. Mas Brenner vai se firmando como o goleador e a referência no ataque, João Paulo dita o ritmo no meio-campo e Arnaldo é opção interessante de velocidade pela direita, como no gol contra o Macaé.
A equipe vai se habituando a ficar mais com a bola, rodar, inverter o jogo. Desenvolve a paciência para abrir espaços em defesas fechadas. Ainda falta um pouco de mobilidade, mais diagonais dos ponteiros Pimpão e Luiz Fernando, infiltrações de Valencia.
Ainda tende a recuar demais quando abre vantagem no placar e tentar controlar os espaços e não a posse. Ainda assim, é o time que mais acerta passes entre os grandes cariocas, segundo o Footstats.
Questão de ajuste. E tempo. Felipe Conceição consegue fazer sua equipe pontuar e evoluir. Não é um trabalho simples, mas vai passo a passo, jogo a jogo. Repetindo para fazer melhor.
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