Juve vacila e United consegue mais uma virada épica. Parece estratégia
Aconteceu de novo. Na temporada passada, a virada que impediu a confirmação do título do Manchester City com festa preparada no Etihad Stadium. Em 2018/19, o Newcastle foi a vítima nos 3 a 2, quando José Mourinho parecia na berlinda. Quase tirou a invencibilidade do Chelsea de Maurizio Sarri, mas Barkley evitou e salvou no 2 a 2.
Em Turim, a Juventus foi melhor durante 85 minutos. Com a solução de Massimiliano Allegri para abrigar Dybala e Cristiano Ronaldo no ataque: um 4-3-3 atacando com o argentino como "falso nove" e o português pela esquerda formando o tridente ofensivo com Cuadrado. Sem a bola, o colombiano recua e forma uma linha de quatro dando liberdade aos seus talentos.
Foram 21 finalizações, mas apenas três no alvo. Duas bolas nas traves, de Khedira e Dybala. A mais eficiente, para variar, foi de Cristiano Ronaldo. Um golaço, o primeiro dele pelo novo clube na Liga dos Campeões, completando lançamento fantástico de Bonucci.
O jogo parecia controlado. Solidez defensiva e contragolpes seguidos. Cuadrado perdeu livre completando passe do CR7. Mourinho desfez o 4-1-4-1 sem Lukaku, com problemas físicos, e Alexis Sánchez no centro do ataque, com o apoio eventual de Lingard e Martial pelas pontas. Mais uma vez acanhado, engessado, abdicando de jogar no típico cenário: fora de casa diante de uma equipe poderosa. Só abriu mão de sua proposta com a desvantagem no placar.
Entraram Juan Mata, Rashford e Fellaini nas vagas de Herrera, Lingard e Sánchez. No abafa sem muita organização, uma falta tola sobre Pogba, gol de Mata aos 40 minutos. Arena da Juve em silêncio, queda brusca da Juve no desempenho e na parte mental. Na empolgação, mais uma jogada aérea e, no desvio de Fellaini e enrosco com Pogba, gol contra de Alex Sandro.
Inacreditável. Virada épica na ótica do United. Para encostar na Juve, que perdeu os 100% de aproveitamento no Grupo H, e abrir dois pontos sobre o Valencia. Saindo mais uma vez de uma catástrofe. Segurando novamente Mourinho no comando. No apito final, a provocação, lembrando dos tempos de Internazionale.
Típico. E tão estranho que parece até uma estratégia, ainda que nem sempre funcione. Remontada quando o rival baixa a guarda pela aparente facilidade no jogo. Para os mais "vividos", no melhor estilo Rocky Balboa. Em um time de Mourinho não dá para descartar qualquer hipótese.
(Estatísticas: UEFA)
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