São Paulo precisa de um Cuca muito renovado. Quase do avesso
Cuca se apresentou ao São Paulo como sucessor de André Jardine, mas ainda não pode assumir a equipe e ir para o campo. Até lá, Vagner Mancini, coordenador técnico, será o interino. Por maior que seja a amizade e a cumplicidade, não é uma relação fácil.
Na coletiva, o treinador lembrou da passagem pelo clube em 2004. Mas no ano seguinte, estava no Flamengo e, num sábado de Carnaval, logo depois de ser anunciado, invadiu o vestiário no intervalo com o time perdendo por 2 a 0, tomou o comando do interino Andrade e mexeu no time em um Fla-Flu que nada valia pela Taça Guanabara. É claro que o tempo e o status pela conquista de títulos importantes diminuem a ansiedade, a urgência. Mas o traço de personalidade centralizadora segue com ele.
Cuca já disse que pode começar o trabalho antes do previsto. Uma espécie de aviso, mesmo ressaltando a confiança em Raí e Mancini. Um pronunciamento que pode aumentar a pressão sobre o comando atual na sequência do Paulista.
Em qualquer cenário, a cobrança só tende a aumentar. E o respaldo questionável. Com torcida no CT, exigindo transformação no ânimo e, principalmente, nos resultados. Não é fácil, nem rápido. O São Paulo precisa de uma guinada, mas com calma. Gestão serena para arrumar o que parece caótico há tempos e recuperar a confiança dos profissionais.
Nunca foi o perfil de Cuca, que é sanguíneo, impaciente, desconfiado. Também costuma se abater e reclamar quando as coisas não vão bem. Tudo que Leco e Raí não precisam é de mais protestos. Muito menos internamente.
Cuca é um técnico vencedor e ex-boleiro. O perfil central parece o mais adequado para o time do Morumbi no momento. Mas algumas nuances transformam o novo comandante em outra incógnita.
Para conviver bem nessa fervura, o campeão brasileiro pelo Palmeiras e da Libertadores com o Atlético-MG vai precisar chegar muito renovado. Não só no coração que exigiu tratamento. Por dentro e por fora. Quase virado do avesso.
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