Agressão de Neymar é sintoma do projeto sem rumo do PSG
Desde que o Paris Saint-Germain subiu ainda mais o patamar dos gastos com contratações, ato simbolizado pela chegada da dupla Neymar/Mbappé em 2017, as duas temporadas terminaram simbolicamente nas oitavas de final da Liga dos Campeões, com eliminações para Real Madrid e Manchester United.
Porque justamente pelo altíssimo investimento as conquistas na França são tratadas como mera formalidade. Visão que acaba criando uma mistura de depressão com comodismo. De março a maio o elenco estelar cumpre uma mera função protocolar.
Pior ainda quando duas das três conquistas ficam pelo caminho. O PSG ficou sem a Copa da França e também da Liga Francesa. Nem o bicampeonato da Ligue 1 com cinco rodadas de antecedência diminuem o vexame diante de tamanha disparidade. Eliminação nas quartas da Copa da Liga para o Guingamp, lanterna do Francês.
O Rennes é o 11º e conquistou a Copa da França no Stade de France. Nos pênaltis por 6 a 5, depois de correr atrás e empatar um jogo que parecia perdido. Com golaços de Daniel Alves e Neymar e boas atuações das estrelas brasileiras. Mas os velhos problemas coletivos, especialmente sem bola, que Thomas Tuchel não conseguiu corrigir.
Agora as especulações sobre o novo treinador apontam para Antonio Conte. Italiano de estilo bem diferente do atual comandante. Um dos sintomas do projeto com muito dinheiro, mas sem rumo do PSG. Assim como a entrada criminosa de Mbappé que rendeu um cartão vermelho e, principalmente, a agressão de Neymar a um torcedor quando se dirigia à tribuna receber a medalha de vice-campeão.
Uma explosão desmedida e desnecessária, de quem vive numa bolha com família, staff e "parças" e quando entra em contato com a realidade, com o povo, com o contraditório…se perde feio. Ainda criticou os companheiros mais jovens formados no clube. Para quem ele deveria servir como referência. Neymar disse que os meninos precisam ouvir os mais experientes, mas será que o camisa dez tem sido um exemplo para ser respeitado?
Nada justifica o destempero. Menos ainda depois de longa inatividade por conta de nova lesão no pé. Era para estar com a cabeça mais "limpa", menos pressionado. Até porque curtiu bastante no período de recuperação, inclusive durante o Carnaval.
Mas o PSG carrega o planeta nas costas com a megalomania de quem vê os grandes títulos como consequência natural do muito que gasta. Nem na França funciona assim, menos ainda em competições de mata-mata. Que o clube e suas grandes estrelas coloquem os pés no mundo real e entendam que o futebol não existe para atender seus caprichos e devaneios.
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