Messi, elétrico e genial, decide para um Barcelona concentrado e iluminado
Primeiro foi Roberto Firmino no sacrifício iniciando no banco. Depois a opção mais que questionável de Jurgen Klopp por Joe Gomez na lateral direita deixando Alexander-Arnold na reserva. Wijnaldum no centro do ataque do Liverpool, como "falso nove", e o meio-campo com Fabinho, Milner e Keita. Este lesionado e substituído ainda no primeiro tempo por Henderson.
A primeira semifinal da Liga dos Campeões no Camp Nou sempre deixou a impressão de que tudo conspirava a favor do Barcelona. Mesmo com toda intensidade e força coletiva do Liverpool, especialmente no segundo tempo. Muito volume de jogo e imposição física.
Só que o time de Ernesto Valverde colaborou muito para o vento favorável. Concentração absurda, especialmente no trabalho defensivo. Da última linha atenta às diagonais de Salah e Mané. De Piqué absoluto por baixo e pelo alto. Da compactação das linhas – a do meio com Vidal, a novidade na escalação, pela direita e Coutinho voltando à esquerda.
A surpresa foi o Barça não apostando nas pausas e na posse e duelando com os Reds na pressão pós perda e aceleração nas transições ofensivas. Sempre procurando o Messi bem vigiado por Fabinho e Jordi Alba pela esquerda, no setor do frágil Gomez. O lateral esquerdo foi o autor do passe precioso que achou Suárez. O primeiro gol do uruguaio nesta edição da Champions, o segundo nos últimos vinte jogos na competição.
O sinal de que tudo daria muito certo no segundo tempo. De resistência à pressão do adversário, com chute de Milner, livre, para defesaça de Ter Stegen. Até o contragolpe de Messi para Sergi Roberto, com a bola chegando a Suárez. Toque por cima no travessão e sobrando para Messi na hora certa, no lugar exato.
Dois a zero que virou três na cobrança de falta inacreditável do melhor do mundo. Coisa de gênio. Alisson pulou, mas não teve como pegar a bola no ângulo. Assim como não houve como o Liverpool ir às redes e diminuir o prejuízo. Com Firmino em campo e chute de Salah na trave de Ter Stegen depois de mais uma "blitz". O time inglês terminou com mais posse de bola (52%) e as mesmas nove finalizações do adversário. Lutou, deixou 100% em campo, mas os donos da casa estavam mesmo iluminados.
A noite só não foi perfeita porque, na pressa de atacar, os visitantes deram espaços demais e Dembelé, que substituiu Suárez já nos acréscimos, teve tempo para desperdiçar dois contragolpes com vantagem numérica. Inacreditável no último lance de três contra um. Para o desespero de um Messi ligado no jogo como nunca na carreira. Também pelo melhor planejamento da comissão técnica para descansar a grande estrela da equipe.
O Barcelona perdeu a chance de definir o confronto, mas leva para Anfield o conforto do placar e mais o descanso físico e mental por já ser campeão espanhol, enquanto o oponente ainda luta pela Premier League e vê crescer a possibilidade de fazer uma temporada espetacular, mas terminar sem conquistas.
O fator de desequilíbrio, porém, foi mesmo um Messi elétrico, líder e decisivo. Em uma temporada que começa a ganhar traços de perfeição para o Barcelona e o maior jogador de sua história. A tríplice coroa, que pode ser a terceira em dez anos, nunca pareceu tão próxima.
(Estatísticas: UEFA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.