Libertadores: entre a "eternidade" até julho e a nossa empáfia incorrigível
Assim que foram definidos os confrontos das oitavas de final da Libertadores no sorteio em Luque (Paraguai), surgiu logo o decreto: Cruzeiro e Athletico Paranaense foram os "azarados" por enfrentarem River Plate e Boca Juniors, respectivamente.
É óbvio que não são duelos fáceis, longe disso. Afinal, os gigantes argentinos são os últimos finalistas, eliminando brasileiros pelo caminho, e costumam crescer no mata-mata. Mas não são missões impossíveis. O Cruzeiro tem retrospecto favorável contra o atual campeão, apesar da eliminação em 2015 – justamente porque se julgou classificado depois de vencer no Monumental de Nuñez por 1 a 0 e tombou com os 3 a 0 no Mineirão.
Já o time paranaense enfiou 3 a 0 na fase de grupos com autoridade na Baixada e só saiu derrotado por 2 a 1 na Bombonera por conta de interferência direta da arbitragem. Uma preocupação para todos os brasileiros, considerando o enfraquecimento político da CBF ante a Conmebol.
Assim como não são favas contadas o Palmeiras nas quartas porque fez a melhor campanha na fase de grupos e enfrenta o Godoy Cruz. Uma tentação para priorizar a Copa do Brasil ou mesmo a possível manutenção da invencibilidade que já chega a 27 partidas no Brasileiro. O mesmo vale para o Flamengo contra o Emelec, considerando que o time carioca, apesar da liderança do grupo, sofreu na primeira fase, foi eliminado pelo time equatoriano em 2012 e não passa das oitavas desde 2010.
O Grêmio reencontra o Libertad. Derrota na Arena em Porto Alegre por 1 a 0, vitória por 2 a 0 no Defensores del Chaco, com o time paraguaio já classificado com 12 pontos. Não será simples. Muito menos para o Internacional contra o Nacional. Finalistas em 1980, com duro revés do time de Falcão. Parte do retrospecto favorável dos uruguaios. Melhor campanha entre os segundos colocados. O Colorado terá a bola e costuma jogar melhor com espaços para acelerar no ataque. Outro confronto cujo único prognóstico possível é o equilíbrio.
Tudo fica ainda mais imprevisível com o início das oitavas só em julho e a parada para a Copa América no meio. Uma "eternidade" de dois meses, com possibilidades de lesões, negociações, recuperação de desempenho e autoestima ou queda de rendimento apesar do tempo para treinamentos, entre outras variáveis.
Mas adoramos apontar favoritos, os "sortudos". Como o Corinthians de Tite em 2015 contra o Guarani do Paraguai… A nossa empáfia incorrigível de só temer Boca e River pode ser o maior obstáculo. Talvez Athletico e Cruzeiro, por isso, tenham até uma vantagem: mais riscos em tese, menos dispersão na prática. Quem vai saber? Este blogueiro prefere esperar, sem ansiedade.
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