Athletico abre vantagem sobre o River Plate com intensidade e Renan Lodi
Com 11 segundos do jogo de ida da Recopa Sul-Americana na Arena da Baixada, Lucho González fez o goleiro Armani trabalhar em saída rápida do Athletico Paranaense, campeão da Copa Sul-Americana. Desde o início nivelando por cima a disputa com o campeão da Libertadores, River Plate, tentando abrir vantagem em seus domínios.
Mas os argentinos, consolidados pelo longo trabalho de Marcelo Gallardo com duas Libertadores e uma Sul-Americana, não se intimidaram e forçaram com o uruguaio De La Cruz pela esquerda para cima dos veteranos Jonathan e Paulo André – substituto de Thiago Heleno, suspenso preventivamente por doping, assim como Camacho. Também pressionando a saída de bola e procurando criar superioridade no meio-campo de quatro contra três utilizando Ignácio Fernández como "enganche" e Enzo Pérez articulando mais de trás.
O time paranaense encontrou a melhor resposta pela esquerda, com Rony e, principalmente, Renan Lodi. Lateral de muitos recursos que sabe apoiar aberto ou por dentro. Entrando na área quando a jogada sai do lado oposto. Segue a linhagem de laterais que podem tranquilamente no meio-campo pela boa visão de jogo.
Como no passe da linha de fundo, depois de lindo lançamento de Bruno Guimarães, para Rony virar e Marco Ruben conferir. Gol único da partida, do argentino que é um dos artilheiros da Libertadores, com seis, e mostra que a adaptação ao clube foi bem rápida. Já são oito gols em 11 partidas na temporada. Tarefa facilitada por um time ajustado, que alterna controle pela posse, com a qualidade de Bruno Guimarães e aceleração na frente, buscando também Nikão pela direita.
Administrando a vantagem diante de um grande adversário, mas nunca abdicando do ataque. Dividiu a posse com os argentinos e finalizou 14 vezes contra seis do adversário – meia dúzia no alvo contra apenas uma na direção da meta de Santos. Com o "aditivo" de uma torcida quente e participativa no estádio lotado, que só aumentou o desconforto do River.
Com a expulsão de Casco, o Athletico pressionou nos últimos minutos da partida mais os seis de acréscimo, buscando o segundo que tornaria o cenário menos complicado no Monumental de Núñez. Tiago Nunes havia reoxigenado a equipe trocando Jonathan e Lucho por Madson e Léo Citadini e depois tirou o volante Wellington e colocou Thonny Anderson tornando o meio-campo ainda mais ofensivo.
Mas o River soube negar espaços mesmo com um jogador a menos e trabalhar a bola para fugir do sufoco. É equipe com vivência em jogos grandes no continente e certamente será agressiva em seu estádio. Um desafio imenso para o Athletico na afirmação como força sul-americana. Com intensidade, trabalho coletivo e talentos como o de Renan Lodi.
Se voltar da Argentina com a taça será o "batismo" de fogo para um clube que pensa e trabalha fora da caixa do futebol brasileiro.
(Estatísticas: Footstats)
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