A grande virada de Maurizio Sarri, o novo treinador da Juventus
Quando o Chelsea perdeu a final da Copa da Liga Inglesa para o Manchester City, com o goleiro Keppa se negando a ser substituído no final da prorrogação por Caballero e Maurizio Sarri evitando cumprimentar Pep Guardiola depois da disputa nos pênaltis, a saída por baixo do treinador em sua primeira temporada na Inglaterra parecia uma certeza. Talvez fosse demitido já no vestiário em Wembley.
Mas Sarri resistiu e terminou a temporada com um honroso terceiro lugar na Premier League, considerando as campanhas de exceção de City e Liverpool, e o bonus do título da Liga Europa. O primeiro da carreira do técnico em uma divisão principal. Na festa ainda no gramado em Baku, Sarri parecia uma criança celebrando o novo brinquedo. Com goleada sobre o Arsenal, grande rival de Londres.
Confirmando a evolução profissional que passou por duros aprendizados, não só para lidar com a pressão moedora de treinadores dos Blues com Roman Abramovich, mas também na adaptação de seu estilo personalíssimo ao futebol jogado na Inglaterra. Mantendo a construção paciente desde a defesa, passando pelo "regista" Jorginho e acelerando na frente para aproveitar todo o talento de Eden Hazard, craque que foi ganhando cada vez mais liberdade no jogo de posição adequado à demanda da liga mais competitiva do planeta.
Agora Sarri sai por cima, voltando à Itália que encantou com o Napoli, mas para comandar a octacampeã Juventus. De Cristiano Ronaldo e a cobrança por título da Liga dos Campeões. Sucedendo um trabalho sólido de Massimiliano Allegri com a missão de acrescentar suas ideias, mas mantendo a proposta de ser um time versátil, capaz de trabalhar a bola com paciência no campo de ataque e também ser letal nas transições ofensivas. Como o Chelsea conseguiu na reta final da jornada 2018/19.
O ex-bancário de 60 anos que acreditou no sonho de viver de futebol e chegou à elite de seu ofício consegue uma virada que parecia improvável. Típica de quem aprendeu a se virar com as limitações do contexto, dirigindo equipe semiamadoras, mas sem abandonar ideias e ideais. Retorna ao seu país com mais pompa e também responsabilidades. Mas nada mais parece impossível depois do "batismo de fogo" na Inglaterra.
O "Sarrismo" agora tem o respaldo de uma taça e a sobrevivência com honra no olho do furacão. Não é pouco. A Juventus que quer tudo aposta alto. Seu novo comandante parece pronto para qualquer desafio.
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