Palmeiras volta sólido, mas descalibrado
Luiz Felipe Scolari reclamou novamente da precisão de seus comandados no momento da assistência ou finalização. A ênfase no acabamento das jogadas é nítido e compreensível: dentro da proposta de jogo simples e direta do Palmeiras a importância do acerto nos toques finais é ainda maior.
O atual campeão e líder do Brasileiro mostrou na ida da Copa do Brasil no Allianz Parque que voltou da pausa da Copa América tão sólido quanto na nona rodada da competição de pontos corridos. Execução do 4-2-3-1 com Dudu e Zé Rafael alternando pelos flancos e combinando bem com Marcos Rocha e Diogo Barbosa. Muita pressão no adversário com a bola e coordenação entre os homens da última linha defensiva e os volantes Felipe Melo e Bruno Henrique para negar espaços ao oponente.
Internacional que mais uma vez foi pouco intenso como visitante e sofrendo com um problema comum a muitas equipes e até à seleção brasileira durante a Copa América: quando recua os setores para marcar no próprio campo não encontra soluções para sair da pressão pós perda do adversário, muito pelo posicionamento conservador dos ponteiros que normalmente são o desafogo, as referências para acelerar.
Nico López e Patrick isolavam um Guerrero nitidamente desgastado. Pior fez Nonato ao atrasar a pressão sobre Bruno Henrique pela direita. Cruzamento preciso e gol de Zé Rafael, que iniciou pelo lado direito. Mais uma assistência do volante de saída palmeirense.
Figura essencial no time de Felipão por dar a liga entre os quatro defensores e o meio-campista mais fixo na proteção e o quarteto ofensivo. O melhor em campo com mais passes certos (52) e jogador que mais ficou com a bola na equipe. Ainda dois desarmes corretos, três dribles completados e um cruzamento – o do gol único da partida.
A equipe paulista pecou mesmo na calibragem em fundamentos importantes: apenas três finalizações no alvo em 14 tentativas – Bruno Henrique tentou três vezes, nenhuma na direção da meta de Marcelo Lomba. Sete lançamentos certos em 36 e cinco cruzamentos precisos em 25.
Faltou também um pouco mais de Dudu e de Deyverson, que não finalizou em toda a partida e justificou as críticas de Felipão. Ainda assim, para um jogo em que marcaram gol no início da partida, repetindo o roteiro do jogo entre as equipes pelo Brasileiro, os palmeirenses até ficaram mais com a bola, dividindo a posse com os colorados (50% x 50%).
Era a chance de encaminhar a vaga nas semifinais do mata-mata nacional e até evitar as prováveis cinco ou seis mudanças para o clássico contra o São Paulo dentro do planejamento da comissão técnica. Mas é claro que um time que emenda sua 11ª vitória consecutiva em todos os campeonatos que disputa pode ser competitivo e até vencer novamente no Beira-Rio, mesmo com o Internacional sendo mais consistente em seus domínios.
Mas em Porto Alegre é provável que não tenha tantas oportunidades de gol. É preciso caprichar mais e acalmar o sempre exigente Felipão.
(Estatísticas: Footstats)
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