Trocar Felipão por Mano é manter a idéia e mudar o método
O Palmeiras agiu rápido e anunciou Mano Menezes como sucessor de Luiz Felipe Scolari. Entre os nomes disponíveis parece o de currículo mais robusto, com conquistas recentes, e também com as costas mais "largas" para suportar a pressão da crise em um clube naturalmente explosivo.
Contra ele, a identificação com o Corinthians – uma tolice entre profissionais de futebol, mas importante para o torcedor menos racional – e o histórico ruim nos pontos corridos, a possibilidade de título que restou em 2019.
Quanto à maneira de pensar futebol, a impressão que fica é de que o clube quer mesmo abraçar uma escola mais pragmática e focada no resultado, sem maiores preocupações com desempenho e contribuir para a evolução do esporte no país.
Porque a menos que no pouco tempo de inatividade o novo técnico palmeirense tenha dado uma guinada na visão de futebol, a proposta continuará de futebol reativo, apostando em solidezsem a bola e rápidas transições ofensivas explorando os espaços às costas da defesa adversária.
Só muda o método: Felipão trabalha com marcação por encaixe e perseguições no setor. Mano gosta de linhas compactas e marcação por zona bem coordenada.
Ofensivamente, menos ligações diretas e mais aproximação para toques curtos, embora na reta final do trabalho no Cruzeiro isso tenha se perdido um pouco e houvesse um buraco entre os dois volantes e o quarteto ofensivo no quase imutável 4-2-3-1 que tende a ser preservado agora.
É uma escolha, com seus riscos e possibilidades de sintonia. Você já leu por aqui: no futebol tudo pode dar muito certo com um "click", um engate, imediato ou a médio/longo prazo. Qualidade não falta no comando e no elenco.
Mas é impossível não vislumbrar um grupo de jogadores novamente subaproveitado, rejeitando a bola e fazendo menos com mais. Para o comando do Palmeiras parece o suficiente, mesmo com as lições dadas por Grêmio e Flamengo. A ver se os resultados vão justificar a escolha.
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