Copa do Brasil é o grande título do Athletico que acerta mais que os outros
A semente dos títulos históricos do Athletico desde 2018 foi o Paranaense do ano passado. Campeão utilizando uma equipe sub-23 e poupando os titulares então comandados por Fernando Diniz. Depois entregando à equipe principal o treinador Tiago Nunes e mais Léo Pereira, Bruno Guimarães e Renan Lodi. Este último foi destaque na conquista da Copa Sul-Americana e se tornou a maior venda da história do clube ao se transferir para o Atlético de Madrid por cerca de 20 milhões de euros.
Os outros três foram protagonistas também no inédito título da Copa do Brasil, com duas vitórias sobre o Internacional na decisão. Depois de eliminar Flamengo e Grêmio, os semifinalistas do país na Libertadores. A grande conquista do período para consagrar a fórmula de quem vem acertando mais que os outros.
Dando ao estadual o peso que merece na temporada, não cedendo fácil nas negociações por direitos de transmissão e investindo dentro do orçamento. Permitindo que Paulo André tenha a influência positiva no futebol brasileiro que foi negada ao esvaziarem o Bom Senso F.C. Gestão inteligente e responsável.
Especialmente dentro do campo. Mesmo com a tensão natural em uma decisão dentro do Beira-Rio lotado. O símbolo do nervosismo foi Bruno Guimarães, com atuação bem abaixo e erros que não são naturais em um meio-campista de tanta qualidade. Sobrecarregando Wellington na proteção da defesa e dependendo de Léo Cittadini nas ações ofensivas. Só se acalmou na reta final do jogo, com a entrada de Lucho González.
Os destaques da final foram Robson Bambu, absoluto na zaga contra Paolo Guerrero, e Rony, a referência de velocidade nas transições ofensivas. Iniciando a jogada do primeiro gol que passou por Marco Rúben e encontrou Cittadini, o meia mais adiantado do 4-2-3-1 que tinha Nikão cumprindo papel mais tático, voltando pela direita acompanhando Uendel.
O camisa sete marcaria o gol do título completando o histórico lampejo de Marcelo Cirino, que entrou no lugar de Ruben para tornar os contragolpes mais rápidos. Pela esquerda, o drible humilhante em Edenilson, o símbolo maior das escolhas infelizes de Odair Hellmann. Toda a trajetória da equipe com o camisa oito e Patrick como os pilares da execução do 4-1-4-1 quase imutável e, na decisão, tirou Patrick para a entrada de Rafael Sóbis e improvisou Edenilson na lateral direita por conta do problema físico de Bruno – Nonato entrou no meio.
O Inter teve posse de bola sempre rondando os 60% (terminou em 57%) e finalizou 15 vezes, seis no alvo. Mas faltaram ideias. Um D'Alessandro para diminuir a tensão e variar o ritmo quando necessário. A equipe gaúcha foi só pressa e abafa. O gol de Nico López no bate-rebate que empatou o jogo ainda no primeiro tempo foi emblemático. Foram 49 lançamentos e 33 cruzamentos de um time em pânico com a responsabilidade de virar a página da Série B com um título. Apostou alto demais na força em casa.
Mas a vez era do Athletico, que entra definitivamente no grupo de grandes do futebol brasileiro. Com futebol atual e apagando de vez o asterisco que insistem em colocar ao justificar o sucesso do time paranaense com a grama sintética na Arena da Baixada. Mesmo eliminando o Flamengo no Maracanã. Agora não há mais desculpa.
Fica só o reconhecimento ao trabalho de Tiago Nunes. Preparado no estadual para herdar o comando técnico e fazer história. O maior dos acertos do grande campeão.
(Estatísticas: Footstats)
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