Vinícius Júnior ganha confiança com o Real Madrid líder e ofensivo
O pênalti sofrido por Vinícius Júnior nos 2 a 1 sobre a Real Sociedad na rodada em que o Real Madrid assumiu a liderança foi um tanto duvidoso. Difícil avaliar se o toque sofrido foi o suficiente para desequilibrar o atacante. Na prática "salvou" o brasileiro que novamente teve personalidade e habilidade para a jogada individual, mas no acabamento costuma comprometer o ataque.
Zinedine Zidane aposta na velocidade para acelerar as transições ofensivas e também nessa capacidade de desequilibrar nos duelos com os marcadores. Transmite confiança e procura lapidar um talento que só precisa tomar melhores decisões na hora de definir ou servir os companheiros. Também acertar mais tecnicamente no último toque.
O Real Madrid não costumava dar esse tempo a jovens promissores, mas foi justamente o treinador francês quem mudou essa visão imediatista no clube. Ganhando o histórico tricampeonato da Liga dos Campeões e um título espanhol apostando em continuidade e oportunidades para a maioria dos jogadores.
Até Gareth Bale, titular nos 2 a 0 sobre o Mallorca no Estádio Alfredo Di Stéfano. Dentro de uma formação mais ofensiva com o galês e Vinicius nas pontas, Hazard por dentro se aproximando de Benzema. Em vários momentos quase num 4-2-4.
E ainda Luka Modric, que recebeu livre pela esquerda e esperou a passagem de Vinícius Júnior. Com liberdade à frente do goleiro, enfim a tranquilidade para tocar por cima e abrir o placar. Golaço que teve origem numa falta de Carvajal ignorada pela arbitragem. Mais um motivo de reclamação para Piqué na eterna "guerra fria" de bastidores entre Barcelona e Real Madrid.
Pouco antes, Vinicius recebeu de Hazard, mas finalizou em cima de um defensor. Minutos depois, quase a consagração com uma cavadinha que parou no travessão. O segundo gol do líder de "La Liga" viria no segundo tempo, em bela cobrança de falta de Sergio Ramos.
O "clean sheet" teve participação fundamental de Courtois, até porque a proposta ofensiva cedeu espaços ao Mallorca. A ausência de Casemiro, suspenso, também pesou. A imposição técnica, porém, foi protocolar. Com Zidane, o Real não costuma vacilar e deixar pontos irrecuperáveis pelo caminho.
Assim deve seguir na ponta da tabela, até porque a missão em Manchester contra o City na Champions parece quase impossível. Zidane valoriza os pontos corridos como a competição em que o trabalho do treinador e do time são mais valorizados por não dependerem de uma noite boa ou ruim. Vence o mais regular.
É o que busca Vinicius Júnior. Mais consistência e constância. Com paciência e minutos em campo, o Real Madrid pode tomar a hegemonia do Barça e colher uma estrela para a próxima década.
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