Colômbia – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Neymar continua sendo problema e solução na seleção http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/06/neymar-continua-sendo-problema-e-solucao-na-selecao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/06/neymar-continua-sendo-problema-e-solucao-na-selecao/#respond Sat, 07 Sep 2019 02:36:15 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7199 Uma assistência em cobrança de escanteio na cabeça de Casemiro e um gol completando passe de Daniel Alves. Mais um pênalti sofrido no empurrão de Davinson Sánchez que a arbitragem preferiu ignorar. Mesmo sem jogar há três meses, Neymar foi o personagem do empate em 2 a 2 com a Colômbia em Miami, o primeiro depois do título da Copa América.

Marcado justamente pelo retorno do camisa dez e estrela maior à seleção de Tite. Ponto de referência pela esquerda, atraindo a maioria das bolas. Ponto de desequilíbrio na técnica e na habilidade. Batida perfeita na bola no primeiro e presença de área no segundo. Mas também tirando um pouco de espaço de Philippe Coutinho, de novo meia no 4-1-4-1 brasileiro, e sobrecarregando Alex Sandro no trabalho defensivo.

Exposto, o lateral foi o pior em campo no primeiro tempo com erros individuais, de posicionamento e a bizarrice do pênalti sobre Muriel, que converteu no primeiro gol e depois aproveitou o atraso do lateral esquerdo brasileiro na cobertura para marcar o da virada da seleção que vem demonstrando evolução coletiva com Carlos Queiroz.

Profundidade apenas pela direita. Com Richarlison que perdeu chance clara no primeiro tempo e de Daniel Alves, que recebeu passe longo espetacular de Coutinho e serviu Neymar. Do lado oposto só condução e drible. Sempre interessante, mas considerando que Roberto Firmino se movimenta como “falso nove”, a seleção fica previsível.

Neymar ainda se meteu em confusão no final com Barrios. Em jogo oficial poderia ter resultado em cartão vermelho para os dois. Desnecessário, mas não surpreende. Nem o fato do camisa dez voltar à seleção como saiu: sendo problema e solução.

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Tite é um porto seguro demais para Neymar http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/tite-e-um-porto-seguro-demais-para-neymar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/tite-e-um-porto-seguro-demais-para-neymar/#respond Fri, 16 Aug 2019 18:02:31 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7051

Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

A convocação da seleção brasileira para os amistosos contra  Colômbia e Peru em setembro é a mais tranquila de Tite desde que assumiu o comando técnico. Em 2016 a missão era recolocar na zona de classificação nas eliminatórias, depois garantir vaga na Copa do Mundo na Rússia. No ano seguinte se fazer competitivo contra as principais seleções da Europa e em 2018 a preparação final para o Mundial.

Com a eliminação para a Bélgica era necessário reiniciar o ciclo com bons resultados, mesmo se o desempenho fosse oscilante. A velha aura brasileira do “campeão mundial de amistosos”. Em 2019, a “obrigação” de vencer a Copa América. Com a meta cumprida é possível ousar e experimentar.

Sempre haverá questionamentos. Deste que escreve, por exemplo, a ausência de Renan Lodi na lateral esquerda. Mas é compreensível e até saudável que ele siga se adaptando ao futebol espanhol e à equipe de Diego Simeone. Melhor ser testado primeiro na seleção olímpica comandada por André Jardine.

A oportunidade dada a Jorge, do Santos, é válida e o reconhecimento ao bom trabalho no líder do Brasileiro. A grande questão de convocar jogadores atuando no país é que o calendário inchado da CBF não tem pausas nas datas FIFA e acaba prejudicando os clubes. Como sempre haverá reclamações, mesmo deixando de fora jogadores envolvidos nas semifinais da Copa do Brasil.

A grande incógnita continua sendo Neymar. Mesmo sem jogar pelo PSG e com destino indefinido em mais um capitulo de sua carreira mal conduzida, se pensarmos no potencial de extra-classe, top 3 do futebol mundial.

Tite disse que ele está feliz. E, de fato, parece. Difícil compreender o que passa pela cabeça do jogador. Treina em separado no clube em que não quer mais atuar, mas está sempre sorrindo e brincando com companheiros, especialmente Mbappé. Ainda tentou sair na foto da conquista da Supercopa da França, mesmo sem jogar, e foi empurrado para longe pela joia da seleção campeã do mundo.  Zero preocupação com o futuro. Nenhum constrangimento por estar muito perto da terceira troca de clube turbulenta na carreira. Parece alienação.

E ainda assim convocado para a seleção brasileira. Aconteça o que acontecer, pelo visto. O máximo que aconteceu foi perder a faixa de capitão que nunca demonstrou fazer muita questão. Pode agredir torcedor, desprezar o clube que pagou uma fortuna na maior transação da história do esporte e aparecer mais como celebridade do que pelos feitos em campo que seu status é intocável. “Não vou prescindir nunca de um atleta como ele”, diz o técnico a serviço da CBF.

Difícil prever a resposta de Neymar a tamanha lealdade do treinador. Fidelidade e “dar a vida por ele”, como já disse em uma entrevista ou a acomodação da certeza da impunidade? Tite perdeu uma boa oportunidade de suscitar uma reflexão mais que necessária sobre o que o atacante talentoso quer da vida. Preferiu ser o porto seguro mais uma vez. Só que às vezes segurança demais atrapalha.

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“Briga com bêbado” é cenário mentiroso e perigoso para o Brasil no Maracanã http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/briga-com-bebado-e-cenario-mentiroso-e-perigoso-para-o-brasil-no-maracana/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/briga-com-bebado-e-cenario-mentiroso-e-perigoso-para-o-brasil-no-maracana/#respond Fri, 05 Jul 2019 11:21:48 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6814

Foto: Pedro Vilela/Getty Images

O brasileiro se acostumou a respeitar apenas uruguaios e argentinos na América do Sul. Natural pelo domínio histórico de ambos no continente, seja no universo de clubes ou seleções. A superioridade da seleção verde e amarela se dá apenas nas Copas do Mundo, com as cinco conquistas superando a soma dos dois mundiais conquistados por cada rival.

Mas Peru e Paraguai, depois Chile, Colômbia e agora a Venezuela se candidatando a entrar no grupo, sempre fizeram parte de um bloco intermediário que beliscava aqui e ali. Os dois primeiros com duas conquistas de Copa América cada e dando trabalho nas Eliminatórias. O Peru, por exemplo, tirou a Argentina da Copa de 1970 e o Uruguai da de 1982.

Contra o Brasil, um duro confronto pela vaga na Copa de 1958: empate em Lima por 1 a 1 e a “folha seca” de Didi no Maracanã lotado garantindo a seleção que venceria aquele mundial. Em 1970, duelo pelas quartas de final com a lendária equipe comandada por Zagallo superando os peruanos por 4 a 2 em um dos melhores jogos do torneio em termos de qualidade técnica.

Às vezes é preciso lembrar o óbvio: se não jogar futebol, só camisa e tradição não vão resolver. O Brasil já era o favorito natural para esta edição da Copa América por jogar em casa. Afinal, venceu todas as edições como país-sede: 1919, 1922, 1949 e 1989.

Em 2019 está na decisão novamente. A semifinal contra a Argentina já tinha ganhado ares de “final antecipada”. Com a eliminação do bicampeão Chile e por conta dos 5 a 0 sobre o Peru na fase de grupos, o jogo de domingo vem sendo tratado por muitos como uma “briga com bêbado”. Se vencer não fez mais que a obrigação e a derrota será vergonhosa.

Cenário mentiroso e perigoso. Até porque a última eliminação brasileira na Copa América se deu por uma derrota por 1  0 para os próprios peruanos em 2016. A seleção brasileira, então comandada por Dunga, ficou em terceiro lugar no grupo que teve Peru e Equador classificados para o mata-mata da edição especial de centenário no Estados Unidos.

O Peru venceu os chilenos com autoridade e estarão no Maracanã com a situação mais confortável. A campanha já é histórica e a conquista será lendária. Pode repetir a estratégia que deu certo também contra os uruguaios nas quartas de se fechar, negar espaços e acelerar contragolpes. Estão com a confiança lá em cima e sabem que se evitarem um gol do adversário no início podem transformar o clima de euforia e “já ganhou” em drama.

Para aumentar a esperanças em nova “zebra”, o clima na seleção brasileira é um perigoso misto de festa e desvio de foco. A informação do blog do Juca Kfouri de que Tite pode deixar o comando ao final da competição tomou conta do noticiário. Ainda ganhou mais holofotes com a nota confusa da CBF afirmando que a entidade confia no trabalho do treinador – mas o que se diz é que o profissional é que pensa em sair, não sobre risco de demissão.

Agora a coletiva de Tite no sábado é cercada de expectativas, mas não para falar sobre a decisão no campo. Não costuma dar muito certo. A história mostra que quase nunca há “almoço grátis” na América do Sul. Menos ainda com o equilíbrio de forças na atualidade do futebol mundial.

Sim, nas últimas eliminatórias o Brasil nadou de braçadas, mas porque entregou desempenho muito acima dos concorrentes. Agora o rendimento vem oscilando. Os 5 a 0 no primeiro confronto foram um tanto “mentirosos”, condicionados por eventos da partida que não costumam se repetir.

A final será dura no campo, ainda que fora dele insistam em um discurso arrogante – ou seria uma casca de banana para desonestamente gritar “Vexame histórico!” em caso de revés? As respostas virão no domingo.

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O pecado mortal de Rueda: não se poupa contra o Uruguai de Cavani e Suárez http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/24/o-pecado-mortal-de-rueda-nao-se-poupa-contra-o-uruguai-de-cavani-e-suarez/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/24/o-pecado-mortal-de-rueda-nao-se-poupa-contra-o-uruguai-de-cavani-e-suarez/#respond Tue, 25 Jun 2019 01:02:40 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6753 Por mais que o desgaste físico fale alto a esta altura do ano para quem atua na Europa, foi difícil entender a estratégia de Reinaldo Rueda poupando quatro chilenos para o grande jogo do grupo. Mesmo com a chance razoável de terminar em segundo lugar, encarar a forte Colômbia na sexta e ter um dia a menos de descanso.

Já o Uruguai tropeçava no problema grande que a ausência por lesão de Laxalt criou. Sem o lateral esquerdo forte no apoio, a Celeste perdeu profundidade, já que nem Giovanni González, nem o lateral-base Cáceres que inverteu o lado chegam ao fundo. Nem Nández, que começou no banco para De Arrascaeta começar jogando no Maracanã. O meia do Flamengo e Lodeiro afunilavam as ações de ataque numa espécie de 4-2-2-2 “à brasileira” e restava à equipe de Óscar Tabárez insistir novamente no jogo direto para Suárez e Cavani.

A Roja se defendia com cinco na última linha e, sem o auxílio de Arturo Vidal, Aránguiz tentava acionar Vargas e Aléxis Sánchez na frente. Ainda assim se aproveitou das dificuldades do rival na circulação da bola para dominar a posse e controlar o primeiro tempo. Foram seis finalizações, duas no alvo. Contra três uruguaias, nenhuma na direção da meta do goleiro Arias.

Com o passar do tempo na segunda etapa, o Uruguai foi adiantando linhas e colocando intensidade na frente para se impor no volume de jogo. O Chile parecia satisfeito por conter a dupla de ataque adversária. Tabárez trocou Lodeiro por Nández, invertendo o lado de Arrascaeta, que saiu depois para a entrada de Jonathan Rodríguez, que passou a formar um trio na frente.

Simbólico no gol da vitória: Suárez achou Rodríguez, que da esquerda colocou na cabeça de Cavani. Movimento perfeito de um atacante fantástico. Enorme trunfo que o Uruguai sabe usar no momento certo, mesmo quando o desempenho fica devendo. Com 48% de posse e oito finalizações no final, duas a menos que o Chile.

Mas vai encarar o Peru nas quartas, enquanto o atual bicampeão mede forças com a única que fechou a fase de grupos com três vitórias. Os chilenos aprenderam da pior maneira que contra Cavani e Suárez não se pode entregar menos que 100%. Pecado mortal.

(Estatísticas: Footstats)

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Empate é lucro para uma Argentina caótica que pode sofrer com o Catar http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/20/empate-e-lucro-para-uma-argentina-caotica-que-pode-sofrer-com-o-catar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/20/empate-e-lucro-para-uma-argentina-caotica-que-pode-sofrer-com-o-catar/#respond Thu, 20 Jun 2019 03:01:10 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6723 Lionel Scaloni trocou quatro peças da Argentina em relação à estreia decepcionante, mas não melhorou o desempenho da equipe no primeiro tempo. Longe disso. No mesmo 4-4-2, mas com Casco e Pereyra no corredor direito, De Paul do lado oposto na linha do meio-campo e Lautaro Martínez na frente – os dois últimos deixando Di María e Aguero no banco.

Setores descoordenados e falta de sintonia entre as peças, apesar dos 55% de posse de bola. Mas sofrendo contra o Paraguai de Eduardo Berizzo executando o 4-3-1-2 moderno. Com a bola dando liberdade a Almirón, o “enganche” à frente do trio Richard Sánchez, Rodrigo e Matías Rojas, mas deixando Derlis González abrindo o campo pela direita e buscando as infiltrações em diagonal para se juntar a Santander na referência.

Sem bola, duas linhas compactas e Almirón solto atrás do centroavante. O meia fez toda jogada pela esquerda que terminou no gol de Sánchez. Em falha coletiva da albiceleste deixando o corredor de Casco livre e sem bloquear a infiltração pelo centro da área.

No desespero, Scaloni colocou Aguero já na volta do intervalo na vaga de Pereyra. Com três na frente, a desorganização aumentou. Mas a percepção de que só na alma e nas jogadas individuais seria possível conseguir algo empurrou o time para frente. Na ação mais efetiva, bola no travessão, chute de Messi para grande defesa de Gatito e depois o pênalti com auxílio do VAR, no toque de Piris em chute de Lautaro. Em mais uma decisão da arbitragem que confirma que agora o critério é não ter critério, o que torna marcável qualquer lance.

Messi empatou na cobrança perfeita, mesmo com Gatito acertando o canto. Entregando aquela aleatoriedade que torna a disputa mais divertida e eletrizante. O pênalti sofrido e perdido por Derlis, em boa defesa de Armani, deu pane mental nos paraguaios, que nunca venceram a Argentina na Copa América. Berizzo tentou acelerar os contragolpes com Óscar Romero na vaga de Santander, mas sua seleção foi cansando.

Com o empate, primeiro Scaloni reorganizou sua equipe trocando Lautaro por Di María, voltando ao 4-4-2. Tirando o jogo do embate psicológico que aqueceu o Mineirão, os problemas coletivos voltaram a aparecer. Com o desgaste por correr errado na maior parte do tempo faltou fôlego no final, mesmo arriscando ao trocar De Paul por Matías Suárez.

A queda de nível matou aquela impressão de que estávamos testemunhando o melhor jogo do torneio. Ficou no nível mediano até aqui. Com oito finalizações paraguaias e sete argentinas, três no alvo para cada lado. Equilíbrio, apesar do caos da Argentina que ficou no lucro.

Colômbia classificada com seis pontos, já com liderança do grupo B garantida. O resto segue muito em aberto. A Argentina é favorita natural contra o Catar, mas se não sair o gol cedo pode sofrer, complicando a partida e a classificação. Quanto ao Paraguai, a dúvida recai sobre o comportamento dos colombianos. Se estes pouparem as peças pensando nas quartas podem facilitar para o adversário.

Se restar a Messi e seus companheiros a vaga como um dos dois melhores terceiros colocados será uma vergonha. Em tese, considerando peso da camisa e o gênio com a camisa dez. Porque pela bola jogada não dá para esperar nada muito melhor. Sinal dos tempos.

(Estatísticas: Footstats)

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Primeira rodada da Copa América abala ainda mais o favoritismo do Brasil http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/primeira-rodada-da-copa-america-abala-ainda-mais-o-favoritismo-do-brasil/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/primeira-rodada-da-copa-america-abala-ainda-mais-o-favoritismo-do-brasil/#respond Tue, 18 Jun 2019 10:22:41 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6713 O Chile é o atual bicampeão da Copa América, mas na dinâmica do futebol atual a superioridade absoluta da seleção brasileira nas Eliminatórias é mais recente e, portanto impactante. Por isso e também por ser o anfitrião é o grande candidato ao título continental que não conquista desde 2007. Mesmo sem Neymar.

Este favoritismo, porém, foi abalado por acontecimentos ainda mais próximos do cenário que se apresenta agora. Como um Uruguai forte na Copa do Mundo, liderando o grupo com a Rússia, o país-sede, superando Portugal de Cristiano Ronaldo campeão europeu nas oitavas e só caindo nas mesmas quartas de final que o Brasil. Mas para a campeã França em um jogo relativamente equilibrado, no qual a Celeste sentiu demais a ausência do lesionado Edinson Cavani.

Centroavante do PSG que foi o protagonista dos 4 a 0 sobre o Equador na estreia da Copa América no Mineirão com um belo gol de voleio. De um Uruguai que mantém Óscar Tabárez no comando técnico, mesmo aos 72 anos e com dificuldades para se locomover, e preserva suas duas grandes virtudes: força no jogo aéreo com a dupla Giménez e Godín, trazendo o entrosamento do Atlético de Madrid, e o ataque poderoso com Cavani se juntando a Suárez.

Mas também acréscimos importantes, especialmente no meio-campo. Não mais a formação clássica da segunda linha, com dois volantes de contenção por dentro e dois pontas que correm de uma linha de fundo à outra. Como Álvaro González e Cristian “Cebolla” Rodriguez no time campeão da Copa América de 2011 na Argentina, protegidos por Arévalo Ríos e Diego Pérez ou Eguren à frente da defesa.

Agora Tabárez tem Bentancur e Vecino por dentro com mais qualidade no passe, Nández abrindo o campo pela direita e um Nicolás Lodeiro que se apresentou repaginado nos 4 a 0 da estreia sobre o Equador. Deixou De Arrascaeta no banco, abriu o placar em bela jogada individual logo aos cinco minutos e mostrou mais desenvoltura e contundência nas combinações com a dupla de ataque e também com Laxalt pela esquerda. Outro acréscimo recente, o lateral do Milan é o sucessor natural de Álvaro Pereira e chega ao fundo com intensidade e vigor físico.

Mantendo a tradição de ter um lateral mais fixo e outro liberado para o apoio. Durante muitos anos foi Maxi Pereira à direita. Agora Cáceres é quem atua por ali, fazendo a base e o balanço defensivo de um time mais equilibrado e que conta com mais qualidade técnica para criar espaços diante de sistemas defensivos fechados. Teve 59% de posse e finalizou 14 vezes, metade no alvo, aproveitando, obviamente, a superioridade numérica ainda no primeiro tempo depois da expulsão de Quintero.

O Uruguai se junta à Colômbia, que se apresentou mais sólida defensivamente nos 2 a 0 sobre a Argentina graças ao trabalho que já se faz notar do português Carlos Queiroz, como os grandes adversários da seleção de Tite. Mas o Chile de Reinaldo Rueda também não pode ser descartado.

Não pelos 4 a 0 no Morumbi sobre o convidado Japão em processo de renovação e dando rodagem aos atletas que vão buscar o título olímpico em Tóquio no ano que vem. Mas pelo futebol mais fluido e consistente, coordenado pelo trio de meio-campistas formado por Pulgar, bom volante qualificando a saída de bola e forte no jogo aéreo marcando o primeiro gol da partida, e mais Vidal e Aranguiz.

Na frente, Fuenzalida e Alexis Sánchez pelas pontas e o móvel Vargas na frente. Com dinâmica e faro de gol que não costuma apresentar nos clubes. Foi artilheiro das últimas edições da competição sul-americana e já larga com dois gols. Com um ano e meio de trabalho, Rueda já faz sua equipe melhorar a circulação de bola para acelerar no último terço.

Só precisa melhorar o sistema defensivo, na transição e no posicionamento. Concedeu 11 finalizações aos japoneses e só não foram vazados porque apenas três foram na direção da meta de Arias e os asiáticos desperdiçaram pelo menos duas chances cristalinas, uma em cada tempo. Talvez contra o Uruguai na fase de grupos e nos jogos eliminatórios, a Roja bicampeã e buscando recuperação depois de ficar de fora do último Mundial aumente a concentração no trabalho sem bola.

O torneio ainda não “pegou” no país por vários motivos, incluindo os valores absurdos cobrados por ingressos e uma certa banalização. Não só da competição em si, que teve edições em 2015, 2016 e terá outra no ano que vem, na Argentina e na Colômbia, para se ajustar aos anos pares como a Eurocopa, mas também do próprio Brasil como sede, depois da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro há três anos.

Mas a primeira rodada serviu para mostrar que não há um favorito absoluto e a fase final pode apresentar duelos interessantes na disputa da hegemonia do continente. Incluindo a possibilidade, ainda que remota, da “ressurreição” da Argentina de Messi. Talvez já encarando o Brasil nas quartas. Em jogo único seria mais um obstáculo para a equipe de Tite na dura tarefa de se impor em seus domínios. Ficou mais difícil apostar.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

 

 

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A sólida atuação da Colômbia e o “paradigma Messi” na Argentina http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/15/a-solida-atuacao-da-colombia-e-o-paradigma-messi-na-argentina/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/15/a-solida-atuacao-da-colombia-e-o-paradigma-messi-na-argentina/#respond Sun, 16 Jun 2019 00:32:30 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6707 O português Carlos Queiroz é um treinador que tem como marca em seus trabalhos a organização defensiva. Com excessos pelas limitações do grupo de jogadores, como nas megaretrancas do Irã nas duas últimas Copas do Mundo. Mas na Colômbia, aproveitando a base de Jose Pekerman, pode adicionar à equipe a solidez que faltou em alguns momentos.

A estreia na Copa América em Salvador mostrou um acréscimo na coordenação dos setores sem a bola. Montada em um 4-1-4-1, aproveitando o favoritismo da Argentina para compactar as linhas e tentar bloquear Messi. No movimento característico do camisa dez, da direita para dentro. Fechando com o lateral Tesilio e os meio-campistas Barrios e Uribe.

Ofensivamente buscava aproximar James Rodríguez, Falcao García e Muriel, depois Roger Martínez. Autor de belo gol no segundo tempo. Pelo lançamento primoroso de James e o movimento de Martínez em diagonal até a finalização forte e precisa, sem chances para Armani.

Um gol providencial, já que a Argentina vivia o melhor momento da partida. Com Messi mais participativo, contando com o suporte de Lo Celso, Paredes e De Paul, que substituiu Di María. Faltava um Aguero atacando mais os espaços às costas da última linha defensiva do oponente.

Então veio o desânimo que sempre ataca a albiceleste quando enfrenta dificuldades. Alimentadas pela expressão de Messi, já um clássico nos insucessos da seleção e do Barcelona. Os companheiros buscam estímulo, um gesto de liderança e não encontram uma postura corajosa. Não que Messi desista do jogo, mas não entrega na parte anímica o que se espera de um fora de série, da referência. Ainda mais em um país carente de títulos há quase três décadas.

Eis o “paradigma Messi”: a seleção não ajuda coletivamente para potencializar o talento do craque genial. E Messi fica à espera de soluções que nunca aparecem e não assume a responsabilidade como se espera dele. Lionel Scaloni tenta emular o 4-4-2 dos tempos de Alejandro Sabella, abrindo Lo Celso pela direita na recomposição.

Na transição ofensiva é preciso que Messi recue para participar da articulação. Quando voltou, acertou belo lançamento para Aguero na melhor chance argentina no primeiro tempo. As deficiências coletivas são uma realidade. Cabe ao craque que tem o sistema montado em torno de seu talento contribuir mais.

A Argentina teve 55% de posse e finalizou doze vezes, seis no alvo. Mas sem a chance cristalina, muitos chutes de longe e cobranças de falta de Messi para defesas de Ospina. Era possível fazer mais. Na baixa do rival, a Colômbia não perdoou. Mais uma ação bem combinada pela esquerda, assistência de Lerma e gol de Zapata, que entrou na vaga de Falcao.

A sexta e última finalização no alvo dos colombianos em um total de 12. Coroando uma atuação sólida e que credencia a seleção de Carlos Queiroz à disputa da liderança do grupo e também de uma vida longa no torneio. Convém respeitar.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

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A bola escolheu punir a Colômbia em um jogo lamentável. Inglaterra vive http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/07/03/a-bola-escolheu-punir-a-colombia-em-um-jogo-lamentavel-inglaterra-vive/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/07/03/a-bola-escolheu-punir-a-colombia-em-um-jogo-lamentavel-inglaterra-vive/#respond Tue, 03 Jul 2018 21:33:17 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4831 A Inglaterra escalou reservas e não fez a mínima força para vencer a Bélgica e terminar na liderança do Grupo G. Com isso fugiu do cruzamento com seleções mais tradicionais a partir das quartas de final. Olhou o cruzamento por cima da Colômbia. A bola costuma punir esse tipo de petulância.

Mas também pune quem não quer jogar. Na arena do Spartak, José Pekerman se preocupou mais em se defender em função do adversário e armou uma marcação por encaixe. Laterais Arias e Mujica batendo com os alas ingleses Ashley Young e Trippier; Cuadrado e Falcao García saindo para pressionar o trio de zagueiros formado por Walker, Stones e Maguire; Mina e Davidson Sánchez cuidando de Harry Kane; Sánchez vigiava Dele Alli, Barrios pegava Sterling e Lerma seguia Lingard; Quitero tentava dificultar Henderson, volante que coordena a saída de bola inglesa.

Colômbia marcou a Inglaterra por encaixe, com duelos bem definidos. A solução tirou força ofensiva da seleção de José Pekerman e deu campo para o adversário (Tactical Pad).

Estratégia legítima, ainda mais sem o talento do lesionado James Rodríguez, maas que cria alguns efeitos colaterais: como trabalha com perseguições, normalmente na recuperação da bola o time está desorganizado para atacar. A solução intuitiva é apelar para a ligação direta e, por consequência, chegar com poucos jogadores na frente.

Carlos Sánchez cometeu pênalti e foi expulso na derrota para o Japão na estreia da Copa do Mundo que podia ter custado a vaga nas oitavas. Lance involuntário do volante essencialmente defensivo. Cumpriu suspensão e voltou à equipe na vitória contra Senegal. Seguiu titular e, na bola parada, agarrou Kane em um pênalti tolo e tosco. Para o artilheiro inglês marcar seu sexto gol no Mundial.

Até sofrer o gol, a Colômbia errava mais e dava chance para a falta de sorte. Mas a Inglaterra começou a equilibrar as coisas ao sentar em cima da vantagem, recuar demais e apelar para simulações bizarras. Tentando tirar proveito de uma das piores arbitragens da Copa: Mark Geiger. Um dos responsáveis pelo baixo nível do duelo.

A Colômbia foi avançando de forma aleatória. Pekerman trocou Sánchez, Lerma e Quintero por Muriel, Bacca e Uribe, que arriscou um chute surpreendente que Pickford salvou num defesaço. Mas no escanteio, Mina usou sua combinação de impulsão, estatura e tempo de bola para salvar sua seleção.

Faltou qualidade aos colombianos para aproveitar a nítida queda anímica da Inglaterra na prorrogação, mais do que a física. Gareth Southgate tentou aumentar a presença física na frente com Vardy ao lado de Kane na frente. Mas a Inglaterra viveu de ligações diretas e de tentar achar o gigante Maguire nas bolas paradas. Muito pouco.

Ninguém fez muito por merecer a classificação para enfrentar a Suécia. Nos pênaltis, a bola resolveu punir a Colômbia e consagrar o goleiro Pickford, que defendeu as cobranças de Uribe e Bacca e salvou Henderson, que bateu mal para defesa de Ospina. Definindo 120 minutos de um jogo lamentável. A Inglaterra vive.

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Colômbia paga por erros, mas não tira méritos do Japão da posse de bola http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/06/19/colombia-paga-por-erros-mas-nao-tira-meritos-do-japao-da-posse-de-bola/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/06/19/colombia-paga-por-erros-mas-nao-tira-meritos-do-japao-da-posse-de-bola/#respond Tue, 19 Jun 2018 14:45:12 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4736 Escalar Carlos Sanchez, volante essencialmente marcador, violento e um tanto atabalhoado é ir contra as tendências do futebol atual. Ainda mais com Barrios no banco. E Cuéllar no Brasil…Pelas características é difícil entender a opção de José Pekerman no meio-campo colombiano. Independentemente de qualquer questão extra-campo ou de liderança.

O Japão tinha Hasebe e o ótimo Shibasaki ditando o ritmo entre as intermediárias com passes curtos e longos, se apresentando sempre como opção para fluir as ações ofensivas da equipe de Akira Nishino. Baseada em posse de bola, só acelerando os ataques mais próximo da área adversária.

Com inteligência para mudar a dinâmica. Inicialmente com Sakai mais fixo pela direita e Nagatomo saindo para o jogo do lado oposto. Depois invertendo a lógica, até pela movimentação de Haraguchi, ponteiro pela direita no 4-2-3-1 dos asiáticos, saindo do flanco para dentro e abrindo o corredor para Sakai. Pela esquerda, Inui era mais incisivo, infiltrando em diagonal buscando as finalizações. Também se aproximando para tabelas com Kagawa e Osako, o centroavante que deixou no banco a estrela Okazaki do Leicester City, ainda se recuperando de fadiga muscular.

O jogo na Arena Mordovia foi condicionado pelo pênalti com expulsão de Carlos Sanchez logo aos cinco minutos de jogo. O primeiro erro grave da Colômbia em sua estreia. Kagawa cobrou no centro do gol e o Japão, mesmo com a vantagem no placar, continuou executando seu modelo de jogo. Rodando a bola com paciência tentando cansar o adversário.

Pekerman reorganizou seu time em um 4-4-1 básico, mas precisou trocar Cuadrado por Barrios para não perder o meio-campo de vez. Quintero, meia do River Plate, foi ocupar o lado direito da segunda linha de quatro. Mais organizada, a seleção sul-americana teve chance com Falcao García e empatou na cobrança de falta à la Ronaldinho Gaúcho, por baixo da barreira, de Quintero.

Jogo equilibrado até que no segundo tempo Pekerman tirou Quintero e colocou James Rodríguez. Craque do país, artilheiro do último Mundial, mas que ainda não está 100% fisicamente. Substituição até óbvia, mas que na prática desestruturou a Colômbia taticamente.

Porque James, que até já cumpriu função pelo lado na própria seleção e também no Bayern de Munique, passou a jogar centralizado, deixando o lateral Arias solitário no trabalho defensivo pela direita. Os japoneses fizeram a leitura correta e passaram a atacar mais pela esquerda. Por este lado saiu o escanteio que encontrou a cabeça de Osako. 2 a 1.

Sim, a Colômbia sofreu um gol de cabeça na bola parada dos japoneses. E James Rodríguez perdeu a chance de empate em ótima chance dentro da área. Equívocos cruciais: escalação inicial, alteração tática, erros técnicos. Em uma Copa do Mundo não se pode vacilar tanto.

O Japão aproveitou e fez história, em sua primeira vitória em Mundiais sobre sul-americanos. Não sem méritos. 59% de posse de bola, 86% de efetividade nos passes, 14 finalizações – seis na direção da meta de Ospina. No ritmo de seus bons meio-campistas.

O Grupo H que já parecia o mais equilibrado da Copa agora fica ainda mais imprevisível. E interessante.

(Estatísticas: FIFA)

 

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Copa do Mundo deve combinar características da última Euro e da Champions http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/06/12/copa-do-mundo-deve-combinar-caracteristicas-da-ultima-euro-e-da-champions/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/06/12/copa-do-mundo-deve-combinar-caracteristicas-da-ultima-euro-e-da-champions/#respond Tue, 12 Jun 2018 03:10:23 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4693

A Copa do Mundo tem sua abertura na quinta-feira com a anfitriã Rússia diante da Arábia Saudita. O primeiro duelo já deve dar a tônica do que provavelmente será a fase de grupos na maioria das partidas.

Uma seleção favorita pela camisa, história, tradição e/ou um grupo mais qualificado de jogadores contra uma equipe tratada como “zebra” fechando espaços no próprio campo. Com a cada vez mais frequente linha de cinco ou mesmo a tradicional com quatro defensores, porém com os pontas recuando como laterais formando um cinturão guardando a própria área. Todos os movimentos estudados por departamentos de inteligência cada vez mais equipados e qualificados.

Então o time que ataca busca uma jogada individual mais perto da área do oponente, ou uma virada de bola rápida que surpreenda o sistema defensivo. Se não for possível, os chutes de média e longa distância, a jogada aérea com bola rolando ou parada e o desarme no campo de ataque com transição rápida viram as possíveis soluções para ir às redes. Tudo isso atento ao balanço defensivo para não dar ao rival os espaços tão desejados às costas da retaguarda.

Fica tudo muito condicionado ao primeiro gol. Se a seleção que defende marca aí o bloqueio fica ainda mais sólido, com todos os jogadores num espaço de 20 metros em linhas quase chapadas, como no handebol. Já se o favorito abre o placar aumenta exponencialmente a chance do jogo mudar e os espaços e mais gols aparecerem.

Foi o que aconteceu na última Eurocopa, na França em 2016, com algumas partidas de fato entediantes para quem aprecia uma trocação de ataques e gols e se apega ao esporte mais pela emoção que pelo jogo em si. Apenas oito placares com vantagens iguais ou superiores a dois gols num total de 36 partidas. Média de 1,2 por jogo.

Sim, desta vez haverá Messi, Neymar, Suárez, James Rodríguez, Salah, Guerrero, o jovem Mbappé que surgiu ano passado na França e outros talentos desequilibrantes. Mas também um trabalho defensivo ainda mais concentrado e aprimorado para bloquear a técnica e o improviso.

Por outro lado, se os favoritos em cada grupo conseguirem suas classificações o torneio tende a passar por uma transformação, como a que ocorre quase todo ano na Liga dos Campeões. A partir da primeira “seleção natural” o nível já sobe bastante. Mesmo com a presença de algumas surpresas que se conseguem a vaga a partir das quartas é porque houve mérito.

Imaginemos a partir das oitavas os duelos envolvendo as favoritas Alemanha, Brasil, Espanha e França, mais os talentos belgas, o Uruguai de Cavani, Suárez e agora meio-campistas mais qualificados. Inglaterra, Colômbia, Croácia…A Polônia de Lewandowski e a promissora Dinamarca do meia Eriksen. E ainda Messi e Cristiano Ronaldo no Mundial que provavelmente será o último da dupla de extraterrestres jogando no mais alto nível. Conduzindo Argentina e Portugal. Mas ao contrário do universo dos clubes sem o favoritismo de Barcelona e Real Madrid, o que torna tudo mais imprevisível e eletrizante. Mesmo sem o peso de Holanda e Itália, esta a única ausente do seleto grupo de campeãs. Em jogo único. Segue ou vai para casa.

A torcida é para que este que escreve esteja enganado em sua previsão da primeira fase e os jogos eliminatórios sejam acima das ótimas expectativas. Mas caso o blogueiro tenha razão viveremos uma montanha russa de impressões. Para o deleite dos saudosistas – como se nas décadas anteriores os Mundiais não tivessem peladas homéricas, inclusive com a seleção brasileira – e reclamões de plantão na “chata” primeira fase e depois a apoteose de jogaços na reta final deixando a média positiva.

Seja como for, Copa do Mundo é como pizza. Até quando é ruim é boa e vale a pena. O maior evento esportivo do planeta que felizmente acontece de quatro em quatro anos e não se banaliza, ao menos por enquanto. Que tudo enfim comece na Rússia!

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