felipemelo – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O “limbo” de Palmeiras e Santos: não arrancam, nem despencam http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/o-limbo-de-palmeiras-e-santos-nao-arrancam-nem-despencam/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/o-limbo-de-palmeiras-e-santos-nao-arrancam-nem-despencam/#respond Fri, 18 Oct 2019 12:52:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7446

Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com

A emoção da virada do Santos sobre o Ceará na Vila Belmiro ficou por conta da estranha formação inicial de Sampaoli, e sua consequente execução, deixando um buraco na construção e aumentando demais o campo coberto por Jobson e Diego Pituca, entre os três zagueiros  – Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Luan Peres – e os cinco mais avançados: Tailson e Soteldo nas pontas, Eduardo Sasha no centro do ataque e Sánchez e Evandro no suporte por dentro.

É claro que o Ceará de Adilson Batista teve méritos nos primeiros 45 minutos, guardando a própria área com organização, mas nunca abdicando do ataque e indo às redes no golaço de Lima. Mas bastou o treinador argentino repaginar sua equipe em um 4-3-3 mais simples, com Pará e Jorge nas laterais e Jean Mota entrando no meio, se alinhando a Sánchez à frente de Pituca, para amassar até arrancar os três pontos com os gols de Sasha e Gustavo Henrique. Com 17 finalizações, seis no alvo e 66% de posse, mas cruzando 32 bolas na área adversária, 21 na segunda etapa!

O triunfo manteve a distância de dois pontos para o Palmeiras e dez em relação ao líder Flamengo, mas abriu sete pontos sobre o Corinthians, quarto colocado, e manteve os nove sobre o Internacional, agora o último do G-6. É claro que faltando doze rodadas nada é definitivo, mas a tabela aponta algumas tendências.

A primeira é a dificuldade de competir com o desempenho do Flamengo, em pontos e no campo. Time que arranca vitórias improváveis em cenários hostis, como em Fortaleza e Curitiba. As possibilidades de oscilação, em caso de “luto” por uma hipotética eliminação na Libertadores ou desvio de foco caso alcance a final continental, se tornam mais remotas por conta da mentalidade de Jorge Jesus, que não prioriza competições.

Também o horizonte de um elenco rubro-negro mais completo, com retorno dos titulares e até de Diego Ribas, opção que acrescenta experiência e qualidade a um elenco jovem e desequilibrado. A fase turbulenta em outubro, entre os duelos com o Grêmio, vai passando sem grandes sequelas. Logo, a chance de termos equilíbrio nas três últimas rodadas, com os duelos como visitante contra Palmeiras e Santos, hoje parece pequena.

Ao mesmo tempo, a regularidade da dupla paulista que conquista mais de 65% dos pontos, de titulo em outras edições, é suficiente para se impor diante dos demais concorrentes: Corinthians, São Paulo, Internacional, Grêmio e Bahia, com o Athletico podendo se colocar como um “intruso”. A cultura dos pontos corridos do Palmeiras, por exemplo, é capaz de, mesmo em uma noite que parecia fadada ao fracasso, insistir e aproveitar a questionável expulsão de Gum e os acréscimos de nove minutos, para ir às redes com Felipe Melo e dobrar a retranca da lanterna Chapecoense.

Ainda que dê sinais que já está planejando 2020, a equipe de Mano Menezes vai trabalhando jogo a jogo na dura mudança na maneira de jogar. Um pouco mais de pausa e de posse, coordenando os ataques com cuidado. Mas obviamente partindo para o jogo direto, com muitos cruzamentos – foram 48, 36 no segundo tempo! – quando as coisas não caminham como esperado. Uma transição complexa que remete à imagem surrada da troca de pneu com o carro em movimento.

A próxima rodada aponta perigos: o Santos vai ao Independência encarar o Atlético Mineiro, agora comandado por Vagner Mancini e apenas seis pontos à frente do CSA, 17º colocado. Já o Palmeiras visita o Athletico que se recuperou do revés para o Flamengo superando o Flu de virada no Maracanã por 2 a 1 e gosta de se medir com os times mais badalados do eixo Rio-São Paulo. Nunca é fácil.

Chance de ver o líder, que encara o Fla-Flu no Maracanã, aumentar a distância na ponta e alguns do pelotão logo atrás se aproximarem um pouco. Nada definitivo. E deve seguir nessa “sanfona” até oito de dezembro. Sem arrancar nem despencar. Palmeiras e Santos estão numa espécie de “limbo” que está longe de causar sofrimento, mas parece fadado a perder emoção pela falta de desafios.

(Estatísticas: Footstats)

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Palmeiras abre vantagem sobre o Grêmio com a essência do estilo Felipão http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/21/palmeiras-abre-vantagem-sobre-gremio-com-a-essencia-do-estilo-felipao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/21/palmeiras-abre-vantagem-sobre-gremio-com-a-essencia-do-estilo-felipao/#respond Wed, 21 Aug 2019 03:29:09 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7076

Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

Não era tarefa complicada prever o duelo tático entre Luiz Felipe Scolari e Renato Gaúcho na Arena do Grêmio pela ida das quartas de final da Libertadores. O time gaúcho circulando a bola no ritmo de Maicon e Matheus Henrique e movimentando as peças para criar espaços no campo de ataque fugindo da forte marcação do Palmeiras com intensidade e muitas disputas físicas.

Trabalho defensivo baseado em encaixes, com ainda mais ênfase dentro dos sistemas táticos no 4-2-3-1. Dois duelos eram inevitáveis no meio-campo: Felipe Melo contra Jean Pyerre e Bruno Henrique negando espaços ao Matheus Henrique. Mas Renato tentou fazer os ponteiros Alisson e Everton buscarem as costas dos sobrecarregados volantes adversários, além de abrir os corredores para Leonardo Gomes e Bruno Cortez, contando com o retorno sem tanta disciplina e intensidade de Dudu e Willian.

Cortez saiu lesionado ainda no primeiro tempo para a entrada de Juninho Capixaba, no entanto a estratégia seguiu a mesma e o time gaúcho controlava o jogo. Faltava a infiltração para criar a chance cristalina, mas sem pressa, mantendo a concentração no jogo.

Grêmio e Palmeiras no 4-2-3-1 com propostas e encaixes bem claros, mas os pontas Alisson e Everton buscando os espaços às costas de Felipe Melo e Bruno Henrique, sobrecarregados contra Jean Pyerre e Matheus Henrique e abrindo os corredores para os laterais (Tactical Pad).

De novo a equipe de Felipão sofria para manter a bola no ataque. O jogo direto que batia no estreante Luiz Adriano, encaixotado entre Geromel e Kannemann, e voltava. Tudo começou a mudar na bola parada que o Palmeiras, em seus melhores momentos, costuma tirar da cartola para fugir do “abafa”. Chute forte de longe de Gustavo Scarpa que desviou nas costas de Felipe Melo e saiu do alcance de Paulo Victor. Sexto gol de um dos artilheiros do torneio continental e a disputa virou do avesso, já a partir dos 30 do primeiro tempo.

Transformação que não mudou as estatísticas da primeira etapa, com 67% de posse e cinco finalizações gremistas contra duas, mas apenas uma no alvo para cada lado. A do Palmeiras entrou e fez o time visitante dominar completamente o início do segundo tempo. Um raro “barata voa” no campeão da Libertadores de 2017. Afobação, muitos erros de passes e setores descoordenados.

Dudu teve duas grandes chances para ampliar. Uma de cabeça na sobra de cobrança de lateral que Paulo Victor salvou, outra em contragolpe que poderia ter sido letal. Chute na trave completando passe de Carlos Eduardo, que entrou vaga de Luiz Adriano para acelerar as transições ofensivas. Depois isolado com a expulsão de Felipe Melo. Difícil entender o que passa na cabeça do volante experiente. Sabe que é visado, já tinha amarelo e entra em Jean Pyerre como se não houvesse amanhã em um jogo deste tamanho e fora de casa. Depois não adianta chorar…

No 4-4-1, Raphael Veiga, que substituiu Scarpa, foi para o lado esquerdo porque Willian saiu para a entrada de Thiago Santos com o objetivo de recompor a proteção da defesa por dentro. Luan e Gustavo Gómez foram precisos, por baixo e pelo alto. Renato trocou Alisson e André por Luciano e Diego Tardelli, mas só tinha as jogadas individuais de Everton para tentar desequilibrar. Baixou a posse para 65% e finalizou apenas quatro vezes na direção da meta de Weverton em um total de 16. A maioria de fora da área.

No final, pressão do Grêmio com Luciano e Tardelli no ataque, mas só Everton conseguiu criar espaços no fechado 4-4-1 do Palmeiras depois da expulsão de Felipe Melo (Tactical Pad).

O Palmeiras teve mais precisão, acertando as mesmas quatro conclusões em dez. Fundamental como visitante em um contexto com gol “qualificado”. Na essência do atual campeão brasileiro: sem fazer questão da bola, apelando para 42 lançamentos e 39 rebatidas. Concentrado defensivamente, forte na bola parada com mentalidade vencedora aproveitando o desequilíbrio do oponente e a felicidade de ir às redes quando era dominado. Mais Felipão impossível.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Ninguém morreu, Felipão. Mas algo muito grave aconteceu em Porto Alegre http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/19/ninguem-morreu-felipao-mas-algo-muito-grave-aconteceu-em-porto-alegre/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/19/ninguem-morreu-felipao-mas-algo-muito-grave-aconteceu-em-porto-alegre/#respond Fri, 19 Jul 2019 11:06:11 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6896

Luiz Felipe Scolari é uma raposa do futebol brasileiro. Parte do sucesso do treinador por aqui, em clubes e seleção (7 a 1 à parte), é por entender os processos em vitórias e derrotas e saber manipular palavras e silêncios no trato com dirigentes, torcida e imprensa.

Ao dizer que “ninguém morreu” sobre a eliminação na Copa do Brasil na coletiva pós-jogo, a clara intenção era tirar o peso de um revés duro. E inesperado, mesmo respeitando a força do Internacional no Beira-Rio. Afinal, uma vantagem, ainda que mínima, foi construída no Allianz Parque e a invencibilidade de 12 jogos em todas as competições até então, sem contar a bem mais longa no Brasileiro, criava uma quase certeza de voltar para casa vivo. Nas semifinais.

Mas algo muito grave aconteceu. O Palmeiras escolheu a estratégia de se entrincheirar para garantir o resultado. Mesmo com um elenco mais forte e confiante. Se acovardou. É claro que há o mérito dos colorados, jogando com intensidade e buscando os gols durante todo o jogo. Abrindo o placar com Patrick  e mantendo a postura ofensiva. Com 58% de posse, finalizando 12 vezes contra nove e acertando 26 desarmes, dez a mais que o adversário.

Até conseguiu o segundo gol, que poderia ter sido o da classificação nos 90 minutos, de Víctor Cuesta ganhando disputa com Felipe Melo. Anulado em lance para lá de discutível, como foi o do pênalti sobre o volante palmeirense. Mesmo com o auxílio do vídeo, talvez a mania do árbitro brasileiro de tentar compensar, contemporizar e não se comprometer, mas sempre se complicando, tenha pesado.

Na decisão por pênaltis, vitória do time gaúcho já nas cobranças alternadas e o gigante Palmeiras eliminado. Precocemente dentro do planejamento do clube. É aí que entra o discurso de Felipão.

Vivemos a era da pós-verdade. Mas desde sempre a versão sempre foi mais importante que os fatos e a História está aí para provar. O que é mais conveniente para os poderosos é vendido como realidade. Neste caso, o treinador palmeirense tem o poder. Ou a moral de uma carreira vitoriosa, do título brasileiro de 2018 e da liderança nesta edição da competição por pontos corridos.

Mas que, definitivamente, não é a prioridade na temporada. Nem no ano passado, nem agora. Tanto que para encarar um clássico importante contra o São Paulo, que eliminou nos pênaltis o Palmeiras na semifinal do Paulista, Felipão não hesitou em poupar seus zagueiros e volantes. Mais Lucas Lima, que foi titular em Porto Alegre e ficou de fora no Morumbi. Cinco mudanças. Meio time. É claro que o mata-mata nacional foi tratado como mais relevante, até pela premiação gorda que se pode conquistar com menos jogos. Tiro curto.

Mas nunca é admitido publicamente. Porque em 2018 se criou um eufemismo: time do Brasileiro, time do mata-mata. Obviamente para valorizar o elenco, manter todos ligados e alertas, prontos para a necessidade da equipe. Mas havia uma preferência. Quem descansa cinco titulares sabe que está arriscando pontos, como o líder do Brasileiro deixou dois no estádio do São Paulo e viu Santos, Flamengo e Atlético-MG se aproximarem.

No ano passado, o “vácuo” do Flamengo inconstante e do Internacional ainda com a autoestima baixa por estar voltando do inferno da Série B abriu espaço para o crescimento do mistão do Palmeiras, que entrava em campo tranquilo, sem maiores responsabilidades, e foi somando pontos até chegar à liderança. Com as eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, a prioridade total com boa vantagem na tabela para administrar até assegurar a conquista.

Campeonato Brasileiro nunca será prêmio de consolação. Mas foi quase isso para o Palmeiras. E pela repetição da estratégia pode ser novamente. Se acontecer é claro que será comemorado, mas deve ser contextualizado também. A eliminação no Beira-Rio não é um detalhe na temporada. A segunda competição na lista de prioridades, só atrás da Libertadores, foi para o espaço. Quarto fracasso seguido do técnico em mata-mata, se incluirmos o estadual.

Não é pouco e cria, sim, pressão sobre o time milionário. Por mais que o matreiro Scolari queira disfarçar e, blindando seus comandados, se proteja também. Mas é preciso cuidado. No Brasil, sem resultados nem a esperteza sobrevive.

(Estatísticas: Footstats)

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Atento e eficiente, Palmeiras é campeão brasileiro. Só falta a matemática http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/14/atento-e-eficiente-palmeiras-e-campeao-brasileiro-so-falta-a-matematica/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/14/atento-e-eficiente-palmeiras-e-campeao-brasileiro-so-falta-a-matematica/#respond Thu, 15 Nov 2018 01:41:28 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5516 A vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense no Allianz Parque foi mais um típico triunfo do Palmeiras de Luiz Felipe Scolari.

Concentração sem a bola, futebol simples e direto usando e abusando da qualidade de jogadores como Bruno Henrique, Dudu e Lucas Lima para definir o jogo. Insiste, inclusive na bola parada, explora as deficiências dos adversários com maiores fragilidades técnicas e táticas, além da carência de peças de qualidade.

É simplesmente impossível tirar do líder absoluto mais um título brasileiro, repetindo 2016 na era dos pontos corridos. Com todos disponíveis, foco total na competição, confiança lá no teto e os concorrentes diretos Internacional e Flamengo já jogando a tolha e tropeçando na própria incompetência.

Gol de Borja no primeiro tempo completando bela jogada de Diogo Barbosa, depois Felipe Melo, que entrou na vaga de Lucas Lima, acertou um chute espetacular no ângulo de Julio César e Luan no final completou na bola parada. O Flu tentou duelar de igual para igual, Marcelo Oliveira desfez o sistema com três zagueiros e apelou para o 4-2-3-1.  Mas simplesmente não dá para competir.

55% de posse de bola, ainda que apelando para lançamentos e rebatidas, ou chutões mesmo, por 76 vezes e trocando menos passe que o Flu – 264 x 267. Mas foram 17 finalizações, oito no alvo. Enquanto os demais oscilam, o Palmeiras completa um turno sem derrotas, 19 partidas. Impossível questionar a competência para pontuar sempre. Sempre atento.

É o campeão brasileiro de 2018. No apito final, mais uma comemoração de jogadores, comissão técnica e torcedores. Agora só falta a matemática para entregar a taça. Questão de tempo.

(Estatísticas: Footstats)

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Futebol “serotonina” está mais perto da vitória que o “testosterona” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/futebol-serotonina-esta-mais-perto-da-vitoria-que-o-testosterona/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/futebol-serotonina-esta-mais-perto-da-vitoria-que-o-testosterona/#respond Thu, 01 Nov 2018 13:19:25 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5439

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Este que escreve não é médico e a ideia do texto é fazer apenas uma analogia.

No Brasil, com o êxodo cada vez mais cedo dos talentos, criou-se a ideia de que o único futebol possível para ser bem sucedido é o pragmático, físico, de imposição da força em detrimento da técnica e da tática.

Quando o assunto é Libertadores isto fica ainda mais acentuado. “É guerra!” Vira uma disputa de quem é mais macho, grita mais alto. Vira um jogo à parte, mundo paralelo. Uma espécie de ode à virilidade.

É o futebol “testosterona” – alusão ao hormônio masculino associado à libido, força, desenvolvimento muscular, etc. que, quando desregulado pode gerar raiva, agressividade e tendência a agir por impulsos.

Hoje o maior símbolo deste fenômeno no futebol brasileiro é Felipe Melo. Intempestivo, às vezes histérico no campo discutindo com companheiros, adversários e árbitros. Muitas vezes desperdiça energia na ânsia de se impor como o “xerifão” e acaba cansando e se desconcentrando de sua função em campo. No gol de Benedetto que ratificou a classificação do Boca Juniors no Allianz Parque, o volante estava mal posicionado, demorou a reagir e permitiu a finalização do atacante argentino.

Mas o Grêmio, grande exceção até então no Brasil, também acabou apelando para um modo mais rústico ao se deparar com um River Plate técnico e organizado. Sem contar com Luan nos dois jogos da semifinal e em boa parte deles também sem Everton Cebolinha, o grande destaque nesta temporada.

O estilo mais defensivo foi compreensível e bem aplicado no Monumental de Nuñez. Em casa, porém, o clima de final foi transformando o time de Renato Gaúcho. Pragmatismo, tensão, mais jogo de contato, marcação forte. Quando Everton entrou em campo, faltou confiança para definir o jogo e a vaga na decisão. Sobrou luta, o atual campeão vai questionar eternamente a arbitragem por conta do gol de Borré com a bola desviando em seu braço e a comunicação do treinador Marcelo Gallardo com seu auxiliar à beira do campo. Mas foi visível a queda de desempenho. Por força das circunstâncias acabou trocado pelo “jogo de Libertadores” que fez mais uma vítima no Brasil.

Melhor para o futebol “serotonina” – relativo à substância que, resumindo bastante, faz a transmissão de dados entre os neurônios. Se bem dosada regula o sono, o apetite e o humor. Contribui também para agir com confiança e na capacidade de responder aos estímulos com rapidez e qualidade. Por isso está diretamente associada ao prazer.

Exatamente as características que costumam marcar os gigantes argentinos Boca Juniors e River Plate. Especialmente na Libertadores. São times que gostam de disputá-la e entram em campo sem o peso que as equipes brasileiras carregam.

Dentro ou fora de casa conseguem impor o ritmo e jogar com naturalidade. Inteligência sem arroubos. Intensidade sem desespero ou agressividade. Trabalham com naturalidade e não se abatem com adversidades. Oscilam sem desespero e tentam retomar o mais rápido possível a capacidade de controlar o jogo e os nervos.

Mesmo quando não contam com grandes esquadrões parecem saber exatamente o que precisam fazer em campo. Não se lançam ao ataque de forma inconsequente, nem se instalam no próprio campo guardando a própria meta com temor. São adaptáveis, sabem a hora de acelerar ou “congelar” a bola ganhando preciosos segundos em reposições, faltas e também trocando passes no campo adversário.

Não é fórmula perfeita, ainda mais no esporte mais caótico e imprevisível. Mas o futebol “serotonina” está mais próximo da vitória que o “testosterona”. Porque a agressividade quase sempre é domada pela calma confiante. Por isso também é que Boca Juniors e River Plate farão a final das finais da Libertadores em Buenos Aires.

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Palmeiras é mais uma vítima brasileira da força mental do Boca Juniors http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/10/31/palmeiras-e-mais-uma-vitima-brasileira-da-forca-mental-do-boca-juniors/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/10/31/palmeiras-e-mais-uma-vitima-brasileira-da-forca-mental-do-boca-juniors/#respond Thu, 01 Nov 2018 02:44:29 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5434 Não é o melhor Boca Juniors da história, longe disso. Mas o time dos irmãos Schelotto que vai fazer uma das maiores, se não for a maior, final da Libertadores da história contra o River Plate segue uma tradição do clube na principal competição sul-americana.

A equipe que perdeu para o Palmeiras de Roger Machado na fase de grupos e correu sério risco de ser eliminada cresceu demais no mata-mata por conta de sua mentalidade vencedora. Independentemente de quem está em campo, a postura é de time grande e vencedor.

Pode sofrer e ficar acuado, como no início do jogo no Allianz Parque e na virada do segundo tempo que deu alguma esperança a Luiz Felipe Scolari e seus comandados. Mas nunca abdica do jogo, dificilmente se desespera e sabe “congelar” a bola para o sufoco passar e voltar a atacar.

Desta vez num 4-3-3 com Villa e Pavón nas pontas e Ábila no centro do ataque. Para se antecipar a Luan e abrir o placar sobre um Palmeiras forçando demais o jogo em Dudu pela direita ou no pivô de Deyverson. Mesmo com Lucas Lima tentando qualificar o toque no meio-campo.

O jogo direto e rústico criou alguns problemas para o time argentino quando se transformava em volume de jogo ao dominar os rebotes e voltar a atacar, insistindo nas jogadas pelos flancos. Mas foi no abafa da segunda etapa que saíram os gols de Luan e Gómez cobrando pênalti sobre Dudu.

O único momento em que o time xeneize baixou um pouco a guarda. Mas impressiona como admite a dificuldade, oscila mentalmente, porém não se desmancha. Voltou a jogar com Zárate na vaga de Pavón e Benedetto no lugar de Ábila. Sem mudar o desenho tático e o modelo.

Quando Felipe Melo, em reta final da carreira e obrigado a marcar por encaixe e perseguição depois de anos na Europa defendendo por zona, cansou e deu espaços, Benedetto marcou seu terceiro gol dos quatro do Boca na semifinal e matou o confronto com os 2 a 2.

Com Moisés, Borja e Gustavo Scarpa, o Palmeiras insistiu, porém perdeu organização. 31 lançamentos, 37 cruzamentos e 30 rebatidas. Mesmo com 326 passes certos e 60% de posse sempre fica a impressão de que o Palmeiras de Felipão poderia trabalhar mais a bola. No futebol jogado no Brasil tem bastado.

Os argentinos administraram com aquela combinação de pressão no adversário com a bola e seguir atacando, mas sempre ganhando todo o tempo possível para esfriar o oponente.

Confirmando a 16ª classificação em 19 duelos em mata-mata contra brasileiros. Massacre histórico de uma força mental que vai buscar contra o maior rival a sétima conquista para se igualar ao Independiente como maior vencedor da história do torneio.

(Estatísticas: Footstats)

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Palmeiras de Felipão perde quando abre mão da “trocação”. Mas ainda vive http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/10/25/palmeiras-de-felipao-perde-quando-abre-mao-da-trocacao-mas-ainda-vive/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/10/25/palmeiras-de-felipao-perde-quando-abre-mao-da-trocacao-mas-ainda-vive/#respond Thu, 25 Oct 2018 03:17:21 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5407 O Palmeiras foi o mesmo por 70 minutos na Bombonera. Muita concentração defensiva, pressão no adversário com a bola, encaixe no setor para não permitir superioridade numérica. Bola roubada, muitas ligações diretas (53 lançamentos) em busca de Borja na frente ou das extremas com Dudu e Willian.

O Boca Juniors também muito atento aos contragolpes do oponente, com Barrios na proteção e última linha posicionada para guardar a própria área. Na construção, porém, foi igualmente sem criatividade. Com Ábila na frente, abrindo mão de Villa na ponta e posicionando Zárate pela esquerda num 4-1-4-1.

Jogo igual que foi acomodando o time de Felipão no jogo. Talvez o primeiro tempo muito fraco tecnicamente tenha passado a impressão de que seria mais fácil controlar. E aí veio o equívoco no comportamento ao longo do segundo tempo e com mais ênfase a partir dos 25 minutos.

Porque o Palmeiras não é um time de controle, mas de “trocação”. Troca ataques e tenta se defender melhor e desequilibrar na frente com as individualidades. Mesmo com vantagem no placar segue incomodando. Desta vez jogou por uma bola e foi pouco. Até porque não valoriza a posse para esfriar o rival.

Quando Guillermo Schelotto trocou Ábila por Benedetto, o Boca ganhou uma referência mais móvel. Já com Villa no lugar de Zárate. Sem nenhuma grande evolução, apenas com um pouco mais de dinâmica e fôlego renovado na frente, o time argentino conseguiu os gols com o centroavante substituto. Benedetto ganhou no alto de Felipe Melo e abriu o placar. Depois, por baixo, limpou Luan e bateu no canto de Weverton.

Entre um gol e outro, dos 38 aos 43, o único momento em que a Bombonera pulsou e intimidou o rival. Pela primeira vez se viu o seguro Palmeiras assustado. Também porque não vinha mais criando problemas ao sistema defensivo xeneize.

O placar de 2 a 0 parece exagerado. Mesmo com o Boca impondo 57% de posse, e nove finalizações contra oito. Mas seis a dois no alvo. Poucas chances cristalinas. No geral, muito equilíbrio. Por isso o Palmeiras ainda vive na semifinal da Libertadores. Mas terá que voltar à sua essência com intensidade máxima. E força mental para lidar com a obrigação de reverter um cenário agora tão complexo.

(Estatísticas: Footstats)

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Corinthians e Cruzeiro: a cultura de vitória na final da Copa do Brasil http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/09/27/corinthians-e-cruzeiro-a-cultura-de-vitoria-na-final-da-copa-do-brasil/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/09/27/corinthians-e-cruzeiro-a-cultura-de-vitoria-na-final-da-copa-do-brasil/#respond Thu, 27 Sep 2018 03:13:42 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5270 O último campeão brasileiro e paulista. O último campeão da Copa do Brasil e mineiro. Os jogos de volta das semifinais do torneio mata-mata nacional foram parelhos, com momentos de pressão no final de Palmeiras e Flamengo, mesmo como visitantes.

Mas a cultura de vitória está na final da Copa do Brasil. Conceito subjetivo, mas que transmite confiança para quem conquista títulos e muitas vezes “encolhe” a perna dos jogadores da equipe que coleciona fracassos e sofre pressão. Exatamente o perfil atual dos derrotados, embora o Alviverde tenha taças mais recentes para ostentar. Só que depois de aumentar ainda mais o poder de investimento está devendo em resultados. Ao menos por enquanto.

Já o Corinthians sofre por restrições no orçamento e baixas seguidas no elenco e na comissão técnica. Mas se desta vez não encontrou forças para ser competitivo nos pontos corridos, especialidade nos últimos anos, chega na Copa do Brasil. Nove anos depois do terceiro e último título.

Em 2009 com Mano Menezes. Treinador na segunda final consecutiva, semifinalista em 2016. Com um Cruzeiro pragmático, que novamente não venceu o jogo de volta no Mineirão e vai se garantindo fora de casa. No 4-2-3-1 sólido, mas nem sempre constante. Péssima notícia para a volta contra o Boca Juniors pela Libertadores, mas carrega favoritismo para o bi e a sexta conquista do torneio nacional.

Porque o time de Jair Ventura foi inferior ao Flamengo nos 180 minutos. Mas teve eficiência em Itaquera, desde a bela inversão de Jadson, novamente jogando mais adiantado, que pegou Pará com Clayson e Danilo Avelar nas costas de Everton Ribeiro para abrir o placar.

Depois o jovem e promissor Pedrinho, que entrara na vaga de Clayson, decidiu no talento, com a ajuda da passividade no combate de Willian Arão e Trauco –  as surpresas de Mauricio Barbieri que adiantou Paquetá para jogar com Henrique Dourado e abriu Diego na ponta esquerda num 4-2-3-1 – e do sacrifício de Diego Alves para seguir em campo depois de uma lesão no primeiro tempo.

O gol rubro-negro foi contra, mais uma vez. De Henrique, desviando cruzamento de Pará. O lateral que acertou a trave no último ataque. A 11ª finalização rubro-negra contra seis do Corinthians – quatro a três no alvo.

No Mineirão a disputa foi mais econômica em conclusões: seis do Palmeiras, quatro do Cruzeiro. Também pelo excesso de ligações diretas e chutões – 45 do time mineiro, 30 dos visitantes. Roteiro esperado: Cruzeiro abrindo o placar na saída rápida, com Lucas Silva encontrando Barcos, que driblou Weverton e parecia encaminhar a classificação. Mas o gol de Felipe Melo, completando cobrança de escanteio, deixou tudo mais eletrizante até o final. O desfecho, porém, acaba com o sonho da “tríplice coroa” do Palmeiras de Luiz Felipe Scolari.

Porque os dois times mais vencedores do país nos últimos tempos, junto com o Grêmio, resistiram. Na fibra, no apoio de suas torcidas. Mas principalmente pela força mental de quem vem crescendo em momentos decisivos. Por isso mesmo devemos ter uma final imprevisível, até pela posição intermediária dos times no Brasileiro.

Foco total. O trabalho mais curto contra o mais longevo. Quem vai se impor?

(Estatísticas: Footstats)

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Felipe Melo, o “gatilho” para os clichês de Libertadores. Menos um http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/31/felipe-melo-o-gatilho-para-os-cliches-de-libertadores-menos-um/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/31/felipe-melo-o-gatilho-para-os-cliches-de-libertadores-menos-um/#respond Fri, 31 Aug 2018 12:28:25 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5143

“É jogo de Libertadores!”

Eis o pai de todos os clichês do maior torneio da América do Sul. Uma espécie de senha ou licença para todo tipo de recurso para vencer. Mesmo a barbárie dentro e fora das quatro linhas. Vale quase tudo, porque ao contrário de tempos remotos hoje existe as muitas câmeras de TV para registrar as situações mais absurdas.

O ápice do “futebol testosterona”. O jogo pra macho! O templo da virilidade. Pancadaria, ligação direta, lateral na área, torcida hostil, pressão na arbitragem…Vence o mais forte, o mais raçudo ou o mais esperto e não o melhor. É o não-jogar. Posse de bola, conceitos, jogo coletivo e mais pensado que sentido? Tudo frescura…

No Allianz Parque, outros clichês que são derivados do primeiro se fizeram presentes. “Se o resultado é favorável faz catimba!” O Palmeiras de Luiz Felipe Scolari, com vantagem de dois gols fora de casa e um homem a menos, trocou apenas 140 passes. Poderia ter gastado o tempo ficando com a bola e envolvendo um Cerro Porteño frágil tecnicamente e envelhecido. Preferiu “congelar” o jogo ganhando cada segundo possível. No final, só sofreu um gol, o primeiro sob o comando de Felipão, e se classificou. Mesmo correndo mais riscos que o recomendável.

Mas para que jogar se “é guerra”? Melhor dizer no final que foram mais experientes e malandros, não melhores. É um mundo paralelo que envolve torcida, dirigentes, boa parte da imprensa…como discutir? Ainda mais com Felipão, que chegou ao Palmeiras para entregar resultado. Cru. A exigência por um jogo mais agradável ao olhos se foi com Roger Machado. Sai a estética, fica o pragmatismo puro.

“Felipe Melo é isso!” De fato, o Palmeiras sabia quem estava contratando e isto ficou claro desde a coletiva de apresentação. Tudo pode acontecer. Tanto um bom desempenho do volante inteligente, de senso coletivo, posicionamento correto e passe preciso quanto o ocorrido aos três minutos de jogo.

Porque o árbitro argentino Germán Delfino não seguiu o clichê “juiz não expulsa na primeira pancada”. A entrada de Felipe Melo em Vítor Cáceres era mesmo passível de vermelho direto. Talvez outro não tivesse coragem para expulsar um atleta do time da casa tão cedo. Mas certamente o volante pagou pelos antecedentes. Faz parte do jogo.

Assim como é do repertório de todas as torcidas o “se não for sofrido perde a graça”. Um jogo de volta que parecia protocolar para garantir a vaga nas quartas de final se transformou numa batalha épica. No final, todos saíram vibrando e até criou-se um clima de “contra tudo e contra todos” por conta da arbitragem. Nada mais emblemático.

Felipe Melo foi o “gatilho” de um combo de clichês de Libertadores. Mas quem se importa? O Palmeiras segue vivo. E “os anti pira”.

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Vitória do Cruzeiro e o dilema do Palmeiras: mal treinado ou sem confiança? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/05/31/vitoria-do-cruzeiro-e-o-dilema-do-palmeiras-mal-treinado-ou-sem-confianca/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/05/31/vitoria-do-cruzeiro-e-o-dilema-do-palmeiras-mal-treinado-ou-sem-confianca/#respond Thu, 31 May 2018 03:07:18 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4657 As ausências de Henrique e De Arrascaeta no Cruzeiro e de Felipe Melo e Borja no Palmeiras contribuíram para um jogo no Mineirão com ambos enfrentando problemas na construção das jogadas desde a defesa e terminando, como consequência, com a dificuldade de criar espaços quando o adversário está postado sem a bola.

A diferença no gol da vitória celeste foi a dobra de Edilson e Robinho pela direita contra Victor Luís que não teve o auxílio de Dudu. Cruzamento que encontrou Rafael Sóbis e a virada que tirou de Jaílson. A mais eficiente das dez finalizações cruzeirenses, uma das duas no alvo. Dudu saiu de campo logo após a falha na recomposição para a entrada de Moisés, mas podia ter sido protagonista no belo chute que Fabio espalmou no início da segunda etapa. A melhor das seis dos visitantes, metade na direção da meta cruzeirense.

Um detalhe decidiu. Também a organização da equipe de Mano Menezes, controlando os espaços e negando a chance cristalina ao adversário depois de abrir o placar. Usando o banco com boas opções, como Bruno Silva pela direita, Ariel Cabral no meio e Raniel lutando na frente, pressionando os passes dos zagueiros. A falta de criatividade do oponente ajudou.

E aí entra o grande dilema palmeirense: a falta de confiança por conta de uma pressão absurda a cada resultado negativo tira a coragem dos jogadores de arriscar ou o modelo é que é engessado em uma posse de bola inócua (terminou com 53%) e falta de mobilidade na execução do 4-2-3-1?

Difícil avaliar quando destaques como Lucas Lima e Dudu arriscam tão pouco. Pior ainda se Keno, o ponteiro que ousa no drible, entra em campo visivelmente com problemas físicos. Sem as inversões de Felipe Melo a troca de passes fica previsível. Mas cabe a Roger Machado encontrar soluções para não repetir o ciclo de seus trabalhos no Grêmio e no Atlético Mineiro: bom início e o trabalho vai definhando com o tempo. Sem reação dos jogadores importantes nem alterações significativas que façam o time reagir.

Melhor para o Cruzeiro, que com duas vitórias depois de um início ruim já se aproxima do pelotão da frente. Com foco e titulares em campo é equipe competitiva. Desta vez nem precisou de um gol no início como elemento facilitador. Mesmo com jogo parelho conseguiu se impor.

É o que tem faltado ao Palmeiras. Mesmo classificado na Copa do Brasil e com a melhor campanha na fase de grupos – outra coincidência em relação à passagem de Roger pelo Atlético Mineiro. Quando a corda aperta o time sente e tem fraquejado. Sem confiança por estar mal treinado ou o desempenho é ruim por causa da pressão? É preciso descobrir, tecer o diagnóstico correto. E rápido!

(Estatísticas: Footstats)

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