fred – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Queda do Flu torna Flamengo o maior favorito ao Carioca dos últimos 40 anos http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/06/queda-do-flu-torna-flamengo-o-maior-favorito-ao-carioca-dos-ultimos-40-anos/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/07/06/queda-do-flu-torna-flamengo-o-maior-favorito-ao-carioca-dos-ultimos-40-anos/#respond Mon, 06 Jul 2020 13:17:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8730

Foto: AGIF

Se o Flamengo confirmar o favoritismo na quarta-feira e vencer a Taça Rio garantindo o título estadual, a conquista não será invicta por causa do triunfo do Fluminense sobre o time sub-23 no primeiro turno. Equipe tricolor que foi a que mais colocou uma vitória rubro-negra em risco, nos 3 a 2 da semifinal da Taça Guanabara. A única a colocar a equipe de Jorge Jesus nas cordas.

Mas o time tricolor que chega à decisão do returno é bem diferente em desempenho da que demonstrava clara evolução antes da parada e era a única esperança de algum equilíbrio no estadual. Não só pela longa inatividade, mas também por conta dos poucos treinamentos, consequência da madura e correta decisão de não voltar a treinar dentro de um contexto de milhares de mortes no Rio de Janeiro por Covid-19.

A equipe de Odair  Hellmann não conseguiu ir às redes desde a volta e sofreu para segurar o Botafogo e o empate sem gols que garantiu a vaga na final da Taça Rio. O Botafogo de Paulo Autuori, com Honda controlando o meio-campo, teve chances com Pedro Raul e carimbou a trave de Muriel com Bruno Nazário.

Fred também teve grande oportunidade no segundo tempo e, nos minutos finais, o Flu parecia melhor condicionado fisicamente. Mas, no geral, a atuação foi fraca e e resposta negativa. Mesmo com a mudança de Hellmann para uma espécie de 4-3-1-2 com variações – 4-1-4-1 com Nenê voltando pela direita ou 4-4-2, com o camisa 77 se juntando a Fred na frente e Yago Felipe fechando o lado direito e Wellington Silva o flanco oposto.

A queda do Flu entrega ao Flamengo o maior favoritismo ao título carioca dos últimos 40 anos. Usando o próprio time rubro-negro, que sobrou e venceu os dois estaduais de 1979, como “nota de corte”. É claro que o contexto também tornou tudo mais favorável ao atual campeão brasileiro e da Libertadores.

Se a temporada tivesse seguido normalmente, o Fla teria priorizado a fase de grupos do torneio continental. Porque o estadual não foi valorizado desde o início. Nem tanto pelo time sub-23 nas primeiras partidas, necessidade para que o elenco principal completasse as férias de 30 dias.

Depois Jesus escalou os titulares contra o Resende, com sete dias de treinamentos, para colocá-los em ritmo de competição pensando na Supercopa do Brasil e na Recopa Sul-Americana. Na conquista dos três títulos em dez dias no mês de fevereiro, o Fla mandou a campo apenas dois titulares, Léo Pereira e Gabriel Barbosa, na final da Taça Guanabara contra o Boavista.

E o plano inicial de vencer também a Taça Rio tinha como objetivo abreviar o torneio e ganhar um tempo de preparação para o início do Brasileiro. Mas a pandemia fez do Carioca a única competição no horizonte, também por uma volta açodada, até irresponsável.

É claro que o Flamengo tem outras vantagens, como ter voltado antes a treinar e disputar todas as partidas no Maracanã. Mas em qualquer contexto e estádio é difícil imaginar esse time já histórico se complicando contra alguma equipe de menor investimento.

O esquadrão de Zico no início dos anos 1980 tinha o Vasco de Roberto Dinamite como a pedra no sapato. O Fluminense tricampeão de 1983 a 1985 protagonizou duelos equilibrados com Fla, Vasco e até o Bangu, não permitindo uma visão de nítida superioridade. Assim como o Vasco tricampeão de 1992 a 1994, campeões invictos como o Botafogo de 1989 e o próprio Flamengo de 1996 e 2011. Ou o Botafogo das 12 vitórias seguidas na Taça GB em 1997. Mesmo o Flamengo de Abel Braga no ano passado sequer chegou à decisão do turno. Todos tiveram rivais que criaram algum tipo de dificuldade.

O Flamengo de Jorge Jesus sobra como nenhum outro nas últimas quatro décadas. Por conta das circunstâncias, mas também da própria competência no departamento de futebol – apesar dos muitos equívocos em outros setores do clube. Um time forte que, com as contratações de 2020, agora conta com o melhor elenco do continente. Para ganhar os títulos mais importantes da temporada e o Carioca, se fosse possível conciliar.

Agora virou prioridade e parece favas contadas. Uma mera formalidade na quarta. Por mais que se respeite a história do Flu e o time atual, reforçado pelo ídolo Fred, que pode se agigantar em um jogo decisivo. Na camisa e na tradição, porque no futebol a desvantagem é abissal.

 

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Volta de Fred ao Flu vale pelo ídolo, mas pode repetir “flop” de Ronaldinho http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/06/06/volta-de-fred-ao-flu-vale-pelo-idolo-mas-pode-repetir-flop-de-ronaldinho/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/06/06/volta-de-fred-ao-flu-vale-pelo-idolo-mas-pode-repetir-flop-de-ronaldinho/#respond Sat, 06 Jun 2020 07:00:05 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=8606

Foto: Lucas Merçon / Fluminense

O retorno de Fred ao Fluminense teve “tour solidária”, com o ídolo tricolor pedalando e arrecadando doações em tempos de pandemia. Mesmo aos 36 anos e sendo um dos personagens do rebaixamento do Cruzeiro, o atacante ainda desfruta de visibilidade e gera repercussão e engajamento.

Neste sentido é válido para o clube carioca. A mobilização da torcida em torno do maior artilheiro do clube no século, campeão brasileiro em 2010 e 2012 e referência de 2009 a 2016 pode ser fundamental em um momento de crise sem precedentes no futebol nacional. A iniciativa do jogador de receber dois salários mínimos até o início do Brasileiro e o plano do Flu de torná-lo um embaixador do clube também são positivos. Mesmo em um contexto de salários atrasados e complexo cenário econômico.

A grande questão é como vai se dar o encaixe do centroavante na equipe comandada por Odair Hellmann. Um Fluminense que se ajustava no início da temporada combinando a criatividade e a experiência de Nenê com a rapidez e a intensidade de Wellington Silva, Marcos Paulo e Fernando Pacheco pelos flancos e Evanilson no centro do ataque. Muitas vezes com o centroavante voltando para ajudar sem bola e Nenê “descansando”. Ganso seria a reposição a Nenê, mas numa função mais de organização no meio que criação no ataque.

Odair inicialmente deve encaixar Fred na frente com Nenê por trás em um 4-2-3-1. A solução, porém, tende a sacrificar os ponteiros, que terão que voltar sem bola para formar uma linha de quatro com os dois volantes – Henrique, Hudson e Yago Felipe disputam as vagas. Necessidade da equipe, até porque os laterais Gilberto e Egídio não são exatamente exímios defensores.

Ou colocar muita intensidade na pressão logo após a perda da bola. O problema é que eles também serão a referência de velocidade e de profundidade para atacar os espaços às costas da defesa adversária. Fred faz a parede, Nenê lança e quem infiltra? Aquele que fez pressão no oponente ou veio de trás porque estava protegendo as laterais.

Uma formação possível do Fluminense com Fred: 4-2-3-1 com Nenê ganhando liberdade e os dois sacrificando os ponteiros que precisam recompor, pressionar e ainda acelerar e buscar os espaços às costas da defesa adversária (Tactical Pad).

É o dilema de escalar dois jogadores mais lentos e menos intensos na frente. A mesma dificuldade que o próprio Fluminense enfrentou em 2015 para encaixar Ronaldinho Gaúcho. Outro que mobilizou e atraiu holofotes para o clube, mas entregou pouco no campo. Não só pelas próprias dificuldades de se manter concentrado e disposto a competir, mas porque o ajuste do time para abrigar o talento do novo camisa dez ao lado de Fred comprometeu o trabalho coletivo.

Enderson Moreira e Eduardo Baptista tiveram que exigir de jogadores como Marcos Júnior, Osvaldo, Gustavo Scarpa e Cícero um esforço hercúleo para defender e atacar com intensidade máxima, quase de uma linha de fundo à outra. Uma missão inglória no futebol atual, que já exige demais fisicamente com todos se entregando. Imagine precisando compensar dois homens.

Se houver compreensão com a necessidade de rodar o elenco, Odair pode mudar a equipe, colocar estrelas no banco e utilizá-las em momentos específicos. As cinco substituições agora permitidas podem ajudar. E a combinação de juventude e experiência é sempre saudável na formação de uma equipe.

Mas o risco de “flop” existe. Mesmo para um ídolo como Fred, que parece feliz e motivado. Bom para ele, vejamos se será positivo também para o Fluminense onde mais importa: no campo.

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Garotada gremista afunda time “cabaço” de veteranos. Que fase do Cruzeiro! http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/12/06/garotada-gremista-afunda-time-cabaco-de-veteranos-que-fase-do-cruzeiro/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/12/06/garotada-gremista-afunda-time-cabaco-de-veteranos-que-fase-do-cruzeiro/#respond Fri, 06 Dec 2019 11:42:25 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7691

Foto: Vinícius Costa / BP Filmes

Na reta final do primeiro tempo na Arena em Porto Alegre, o Cruzeiro teve três jogadores advertidos com cartões amarelos: Ariel Cabral, Edilson e Egídio. Todos pendurados e agora suspensos para o jogo contra o Palmeiras no domingo.

Adilson Batista precisou tirar o argentino de campo antes do intervalo, com medo de ficar com um homem a menos. Acabou terminando o jogo com nove, por conta da expulsão de Egídio e da lesão de Robinho depois de fazer as três substituições permitidas na ansiedade de tentar melhorar o desempenho de seus comandados.

Robinho, que, por pura precipitação, perdeu a grande chance na partida da equipe mineira. Aquela que se vangloriava por ter um elenco experiente, um time “cascudo”. De veteranos prontos para enfrentar qualquer cenário. Será?

Com o inferno do rebaixamento cada vez mais próximo, apesar da derrota do Ceará para o Corinthians que adiou a definição do 17º e último do Z-4 para a rodada derradeira, a bola vem “queimando”no pé dos cruzeirenses. Até de Fred, que viveu cenário parecido há dez anos com o Fluminense e, bem mais jovem, liderou o tricolor no “milagre” da permanência na Série A.

Ainda mais doloroso foi ver mais um duro revés, o 15º em 37 rodadas, ser construído pelo Grêmio com seus jovens vindos das divisões de base: Ferreira, que entrou na vaga do vaiado Diego Tardelli, abriu o placar e Pepê sofreu e converteu com serenidade o pênalti que definiu os 2 a 0. Patrick entrou com personalidade no meio-campo e o atacante Isaque ganhou minutos entre os profissionais.

Os meninos de Renato Gaúcho conseguiram se destacar mais que Everton Cebolinha, estrela da equipe que parecia disperso e perdeu boa chance à frente do goleiro Fabio. Ainda que o fim de temporada do time gaúcho seja tranquilo, com a vaga garantida na fase de grupos da Libertadores 2020, não deixa de ser simbólico o contraste com o desespero dos “vividos” cruzeirenses.

Depois do jogo, Edilson chamou o time de “cabaço” por não ter pressionado o árbitro para consultar o VAR e ver o toque de Luciano no rosto do lateral, que reclamou além da conta e acabou levando o terceiro amarelo. Esquecendo que Ariel, já com amarelo, segurou um adversário e não foi expulso. Adilson Batista reclamou da postura dos atletas, não deixando para resolver os problemas dentro do vestiário.

Que fase do Cruzeiro! A campanha já é de rebaixado, podendo chegar, no máximo, a 39 pontos. A última esperança é que a possível, mas não provável, vitória sobre o Palmeiras seja o suficiente para descer o Ceará, que enfrenta o Botafogo no Estádio Nílton Santos só precisando de um empate. Porque venceu dez vezes e o Cruzeiro apenas sete.

A conta dos muitos erros dentro e fora de campo, inclusive de virar as costas para o Brasileiro enquanto sobreviveu nas disputas de mata-mata, chegou forte. E o time caro e experiente não parece pronto para encarar a missão, nem emocionalmente. A tragédia anunciada pode se concretizar domingo, no Mineirão.

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Primeira vitória do Cruzeiro como visitante reforça queda do Corinthians http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/19/primeira-vitoria-do-cruzeiro-como-visitante-reforca-queda-do-corinthians/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/19/primeira-vitoria-do-cruzeiro-como-visitante-reforca-queda-do-corinthians/#respond Sun, 20 Oct 2019 00:17:55 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7452 Os gols do Cruzeiro na Arena em Itaquera não foram exatamente construídos: mais um pênalti marcável, porém do tipo que exige que o defensor não tenha braços – Bruno Méndez, no caso, em disputa com Marquinhos Gabriel. Depois o lance de pura sorte, com Fagner tocando para trás em dividida e a bola chegando ao volante Ederson,  voltando lentamente para o seu posicionamento. Posição legal pelo toque do adversário, drible no goleiro Walter e bola nas redes.

Na jogada bem engendrada no primeiro tempo, o cruzamento de Marquinhos Gabriel encontrou Fred livre, mas o camisa nove, que converteu o pênalti que empatou o jogo, perdeu chance ainda mais cristalina. Abel Braga novamente armou a equipe resgatando o desenho de Mano Menezes: um 4-2-3-1 com Robinho como “ponta armador” pela direita, Marquinhos Gabriel voltando pela esquerda formando duas linhas de quatro sem a bola e dando liberdade a Thiago Neves para se aproximar de Fred.

Mas com a agressividade que o contexto exige dentro da luta para fugir do Z-4. A mesma demonstrada na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo na quarta-feira, a primeira com Abel, que nitidamente transformou o ambiente, tirou o peso. Superando até a lesão de Dedé logo no início da partida.

O Corinthians vai na direção contrária. Desde o triunfo sobre o Vasco, já são cinco rodadas sem vencer. Consequência da queda no desempenho, que já não era bom, e gera pressão e críticas. Mesmo sem perder posições na tabela, o que pode acontecer nesta 27ª rodada. Fabio Carille admite o problema, mas sofre para encontrar soluções. Segue dependendo demais da dupla Fagner-Pedrinho e o gol do lateral parecia o início da construção de mais uma vitória magra, no limite.

O trabalho defensivo, porém, vem perdendo solidez e ficou ainda mais prejudicado pelas ausências dos suspensos Cássio e Gil, mais Manoel vinculado ao Cruzeiro. Não exatamente pelos gols sofridos, mas por conta da instabilidade que aumentou com os desfalques, mas já fez a equipe ser vazada em quatro partidas seguidas: dois de Athletico, Goiás e Cruzeiro, um do São Paulo. Sequência inédita no campeonato que coloca em risco o G-4.

Difícil vislumbrar uma evolução imediata. Talvez a semana “cheia” para trabalhar, artigo raríssimo nos últimos tempos, possa ajudar. Mas a confiança está abalada e as mudanças seguidas na formação, compreensíveis pelo fraco rendimento, também complicam o ajuste do modelo que sofre para criar espaços e desarticular a marcação adversária.

Melhor para o Cruzeiro, que respira. Dorme fora do Z-4 e torce para que Ceará e CSA não vençam como visitantes Bahia e Botafogo, respectivamente. Ainda pode encostar no Fluminense, que encara o líder Flamengo. A primeira vitória como visitante na competição chega como esperança no meio do caos.

 

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A lenta agonia do Cruzeiro. O que Abel Braga foi fazer em Belo Horizonte? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/a-lenta-agonia-do-cruzeiro-o-que-abel-braga-foi-fazer-em-belo-horizonte/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/10/14/a-lenta-agonia-do-cruzeiro-o-que-abel-braga-foi-fazer-em-belo-horizonte/#respond Mon, 14 Oct 2019 09:44:24 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7434

Imagem: Reprodução / Premiere

Este blogueiro até evitou fazer qualquer análise sobre as possibilidades de Abel Braga no Cruzeiro logo depois do anúncio da contratação por conta da incredulidade com o acerto do treinador com o novo clube. Não só pela situação do time mineiro, mas principalmente pela prática quase ritualística de assumir trabalhos apenas no início da temporada. A última vez que aceitou um convite no segundo semestre foi no Fluminense em 2011, mas com promessa de trabalho a longo prazo – ficou até 2013 faturando os títulos carioca e brasileiro.

Abel falou em “dívida” na primeira coletiva, alegando que o Cruzeiro abriu as portas para ele, ainda jogador, em 1981 depois de dois anos no Paris Saint-Germain. Mas nas entrelinhas deu a impressão de aceitar o apelo de jogadores que comandou e com os quais foi vitorioso e criou amizades, como Thiago Neves e Fred. Também pode estar vendo o mercado de treinadores ficar mais restrito com a renovação e chegada de estrangeiros – Abel não foi a primeira opção da diretoria, que chegou a sondar Dorival Júnior e pensar em outros nomes.

Seja como for, o “fato novo” com impacto no vestiário e no campo depois da passagem conturbada de Rogério Ceni, já resgatando confiança e conseguindo resultados rapidamente, não aconteceu. Estreia um dia depois da apresentação com derrota para o Goiás por 1 a 0, depois empates com o Internacional (1 a 1), Fluminense (0 a 0) e o péssimo, frustrante com a Chapecoense por 1 a 1. Com gol sofrido aos 49 minutos do segundo tempo, de Camilo em lance difícil confirmado pelo VAR.

A transformação anímica não veio. Turbulência política, crise financeira, dirigentes sob investigação e confiança baixa também não ajudam, assim como a dívida estimada em 520 milhões de reais. A campanha é vergonhosa: apenas quatro vitórias, dez empates e onze derrotas. 19 gols marcados, 33 sofridos. Antepenúltimo colocado, já quatro pontos e três vitórias atrás do Ceará, 16º . Sem direito ao confronto direto nas 13 rodadas que faltam – empatou sem gols na despedida de Ceni.

O cenário já é desesperador. Porque a competição afunila e no caso do time grande, que nunca caiu, o peso é maior do que sobre os concorrentes. É possível se safar, mas terá que virar a campanha do avesso. Em 13 rodadas é preciso  somar 23 pontos, um a mais do que alcançou em 25 partidas. Talvez a “nota de corte” fique abaixo dos 45. Mas a missão não parece das mais fáceis.

Menos ainda olhando para a tabela: já na próxima rodada pega em Belo Horizonte o redivivo São Paulo, de Fernando Diniz que com um Fluminense enfraquecido deu trabalho a Abel no comando do estelar Flamengo em todos os confrontos no Carioca. Agora os elencos, ao menos no papel, são equivalentes. E o momento do tricolor do Morumbi é bem superior.

Depois visita o Corinthians, recebe o Fortaleza em um confronto direto, sai para novo duelo de “seis pontos” com o Botafogo. Em seguida, Bahia no Mineirão, Athletico na Arena da Baixada, o clássico mineiro, Avaí em casa, Santos fora, CSA em Minas Gerais, visita o Vasco e o Grêmio em sequência para fechar a campanha contra o Palmeiras em casa. Difícil prever os pontos mais acessíveis, porque os confrontos também dependem dos cenários para os oponentes.

É claro que há nesta edição do Brasileiro quatro times para cair no lugar do gigante mineiro. Mas é difícil encontrar esperanças diante da falta de vitórias para quem precisa pontuar tanto. E a perspectiva do rebaixamento é ainda mais assustadora considerando a queda brusca nas receitas de TV. A gestão ficaria praticamente inviável.

Difícil abordar qualquer questão técnica ou tática. Sem tempo para treinar com dois jogos por semana e considerando que Abel mostrou no Flamengo que o conteúdo não está tão atualizado, a esperança era que a gestão de pessoas fizesse a diferença. Mas o discurso conhecido de “meu grupo tem caráter”, “a gente resolve lá dentro do vestiário e aqui com vocês (imprensa) eu seguro” e outros clichês parece não ter o impacto de outros tempos.

Agora o time celeste precisa mesmo é de coordenação dos setores, dar menos trabalho ao goleiro Fábio e caprichar no acabamento dos ataques. Mas em momentos de pressão a perna “encolhe”, o campo fica imenso e a meta adversária minúscula. Mesmo para um grupo de veteranos. Para piorar, não há orientação segura ou estratégia para dar um pouco de racionalidade ao caos.

O Cruzeiro agoniza lentamente. E este que escreve continua sem entender: que Abel foi fazer em Belo Horizonte?

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Rogério Ceni, Mano Menezes e a resistência da “casinha fechada” http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/rogerio-ceni-mano-menezes-e-a-resistencia-da-casinha-fechada/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/09/rogerio-ceni-mano-menezes-e-a-resistencia-da-casinha-fechada/#respond Mon, 09 Sep 2019 09:23:04 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7216

Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press

– A única coisa que eu digo é que, se for para continuar no Cruzeiro, tem que ser de maneira diferente. Se a gente precisar mudar drasticamente a situação, mesmo que a gente apanhe nos próximos jogos, mas a atitude tem que mudar. Caso contrário, não faz sentido nem eu ficar aqui.

Palavras de Rogério Ceni depois de ver o Cruzeiro ser goleado em casa para o Grêmio por 4 a 1. Deixando claro que, apesar dos problemas financeiros do clube mineiro com salários atrasados, o problema é no campo. E não é difícil de entender.

O Cruzeiro tem um elenco repleto de veteranos, todos adversários de Ceni quando goleiro do São Paulo – Fábio, Dedé, Henrique, Thiago Neves e Fred, entre outros. Com um bicampeonato de Copa do Brasil recente sob o comando de Mano Menezes e com uma proposta de jogo diametralmente diferente da que o novo técnico pretende implementar.

Para o jogador que não é mais tão jovem e tem dificuldades para entregar a intensidade necessária para ser competitivo hoje, a ideia de futebol mais sedutora é a de “fechar a casinha” e deixar o talento decidir na frente. Porque protege todo mundo. Defensores e volantes ficam mais resguardados, um centroavante e, no máximo, um meia têm menos obrigações sem a bola. Compreensível. É humano.

Ceni gosta de pressão no campo de ataque, reação rápida à perda da bola. Fred, por exemplo, realizou esses movimentos poucas vezes na carreira. Thiago Neves também não está acostumado. Veteranos não apreciam muitas mudanças no time e jogadores executando funções diferentes de suas posições, como nas reclamações de Neves depois da derrota por 3 a 0 e eliminação para o Internacional na Copa do Brasil. É cada um na sua e garantia de titularidade para ficar tudo bem no vestiário.

O novo treinador do Cruzeiro era a grande estrela do Fortaleza. A referência, a voz a ser ouvida e o personagem que atraía mídia para o clube cearense. Sair para comandar um elenco vencedor e naturalmente resistente a novas ideias (“mudar para quê?”) não é tão simples. Se Pep Guardiola com toda sua moral por construir o Barcelona que está entre os grandes times da história sofreu nos primeiros meses de Bayern de Munique em 2013, imagine Ceni no lado azul de Minas Gerais.

É difícil lutar contra a cultura do futebol reativo. Até porque ela é negada sempre que possível publicamente. Como a retórica de Mano Menezes em sua chegada ao Palmeiras: organização defensiva é uma coisa, futebol reativo e contra-ataque é outra. De fato, até porque agrupar jogadores assim que perde a bola para sufocar o adversário já é uma organização defensiva.

Mas no Cruzeiro de Mano Menezes a postura constante, principalmente em mata-mata, era recuar linhas e reagir à iniciativa do oponente. Algumas vezes no próprio Mineirão. Atacar só quando não há outra saída. Como na estreia do treinador no Palmeiras. Só com o Brasileiro para disputar, seis pontos atrás do líder Flamengo  – um jogo a menos, contra o Fluminense em casa. Encarando o frágil Goiás de Ney Franco, mesmo no Serra Dourada. Era obrigação sair para o jogo.

Atacou desde o início e até apresentou uma solução interessante na formação inicial: Dudu atrás do centroavante Luiz Adriano em um 4-2-3-1, com liberdade para circular e se juntar à dupla lateral-ponteiro para criar superioridade numérica pelos flancos. Assim a equipe paulista dominou e criou boas chances desde o início do jogo, apesar do gol da vitória, de Gustavo Scarpa, ter saído no abafa, já nos acréscimos em complemento à uma cobrança de lateral na área. De virada, algo que Luiz Felipe Scolari não conseguiu em pouco mais de um ano de clube.

Mas Mano tem “casca” no ofício e respaldo de conquistas, embora nenhuma nos pontos corridos que agora disputa como única frente no novo clube. Rogério Ceni tem que penar mais para impor suas convicções. Mesmo com o exemplo de Flamengo e Santos, comandados por Jorge Jesus e Sampaoli, disputando a liderança do Brasileiro com ideias semelhantes, a tarefa é complicada.

Ser criativo e ousado só se os bons resultados desde o início respaldarem. Porque a “casinha fechada” resiste.

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Cruzeiro de Ceni vence atacando com coragem o líder Santos em tarde infeliz http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/18/cruzeiro-de-ceni-vence-atacando-com-coragem-o-lider-santos-em-tarde-infeliz/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/18/cruzeiro-de-ceni-vence-atacando-com-coragem-o-lider-santos-em-tarde-infeliz/#respond Sun, 18 Aug 2019 20:51:41 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7062 Foi difícil entender o que pretendia Jorge Sampaoli para o Santos no Mineirão com Jorge formando a linha de três atrás com Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique, expulso logo aos dois minutos por falta em Pedro Rocha. Mais complicado ainda compreender a troca de Evandro por Pará, que foi para a lateral fazer linha de quatro com Felipe Jonatan recuando pela esquerda.

Mas a estreia de Rogério Ceni no comando técnico do Cruzeiro já mostrou uma equipe com proposta diametralmente diferente em relação aos tempos de Mano Menezes. Trouxe Dodô para qualificar o toque do meio-campo, abriu Marquinhos Gabriel e David pelas pontas e alternava Thiago Neves e Pedro Rocha no centro do ataque, porém com muito mais mobilidade e buscando o jogo às costas de Carlos Sánchez e Diego Pituca, os únicos meio-campistas do líder do Brasileiro.

Ceni não esperou o intervalo para tornar sua equipe ainda mais ofensiva. Tirou Egídio, deslocou Dodô para a lateral esquerda e enfiou Fred como referência. Camisa nove que não ia às redes há quatro meses, mas com companhia entrando na área adversária costuma crescer e logo encerrou o jejum. Ainda no primeiro tempo para premiar a coragem do novo treinador.

Foi Sampaoli quem demorou a reagir e só corrigiu o posicionamento defensivo na volta para o segundo tempo, com Luiz Filipe na vaga de Pará. Já era tarde, com o time celeste confiante e aumentando a vantagem com Thiago Neves. O Santos baixou a guarda, trocou Sánchez por Alison para proteger a defesa e viveu da luta de Soteldo na frente tentando se aproximar de Eduardo Sasha.

Ceni perdeu Dedé lesionado e colocou Cacá na zaga. Depois trocou David por Robinho, encorpando o meio-campo como segundo volante e Pedro Rocha foi para o lado esquerdo ser a válvula de escape para as transições ofensivas em velocidade. Nem precisou, bastou administrar os 2 a 0. Foi até possível ouvir Ceni na transmissão do Premiere orientar o lateral Orejuela aos 27 minutos pedindo para não descer mais. Futebol ofensivo, mas inteligente.

É claro que a expulsão condicionou o jogo, mas o Cruzeiro de Mano sofria mais com a obrigação de se instalar no campo de ataque e criar espaços. Menos de uma semana de trabalho já foi suficiente para mudar comportamentos. 55% de posse e 19 finalizações contra apenas três – dez a um no alvo. Três pontos para somar 14 e já sair do Z-4 com o surpreendente revés do Fluminense no Maracanã para o CSA por 1 a 0. Vitória atacando com coragem e aproveitando a tarde infeliz de Sampaoli e do Santos.

(Estatísticas: Footstats)

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Persistência salva o Fluminense do roteiro que (ainda) beneficia o Cruzeiro http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/15/persistencia-salva-o-fluminense-do-roteiro-que-ainda-beneficia-o-cruzeiro/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/15/persistencia-salva-o-fluminense-do-roteiro-que-ainda-beneficia-o-cruzeiro/#respond Thu, 16 May 2019 02:47:25 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6527 Duelo entre o time de Fernando Diniz e o de Mano Menezes. No mata-mata, mando de campo do Fluminense. O roteiro da disputa no Maracanã pelas oitavas da Copa do Brasil era mais do que previsível.

Cruzeiro compactando duas linhas de quatro à frente da própria área e deixando Rodriguinho e Fred mais adiantados. Nenhuma questão de ter a bola, Dedé absoluto atrás. Já o tricolor controlava a posse, abria Gilberto e Léo Artur pelas pontas, atacava por dentro com Caio Henrique se juntando a Ganso e Daniel, mais Luciano e Yony González na frente, já que Pedro ficou fora por sentir o joelho. Equipe rodando, girando…mas com dificuldades para infiltrar e criar a chance cristalina em jogada trabalhada.

O Flu incomodava pela direita com Gilberto para cima de Egídio. O Cruzeiro sofria para acelerar as transições ofensivas por um problema muito comum no time celeste em jogos fora: recua demais os ponteiros, especialmente o velocista pela esquerda – já foi Rafinha, agora é Pedro Rocha. Se Fred e Rodriguinho não conseguem reter a bola na frente o contragolpe morre.

Mas quando os pontas participaram da ação ofensiva e o passe longo de Robinho encontrou Pedro Rocha infiltrando em diagonal às costas da retaguarda adversária, o time mineiro teve a chance que esperava. A única finalização em 90 minutos de uma equipe forte e (ainda) favorita no confronto, mas que insiste em respeitar demais os adversários e subaproveitar o potencial do elenco qualificado e homogêneo. Os resultados têm respaldado a proposta de jogo.

Poderia ter voltado para Minas Gerais com a vitória, mas a persistência de Fernando Diniz e seus comandados evitaram o pior. Com Marcos Paulo, Ewandro e João Pedro. O primeiro acertou o travessão de Fabio, o segundo desperdiçou à frente do goleiro adversário e o último, artilheiro da base, aproveitou a sobra da disputa na área depois de cobrança de escanteio para empatar. O time da posse empatou no “abafa”, na bola parada.

A última das vinte conclusões do Flu, sete no alvo. Com 65% de posse e 680 passes certos, mais do que o dobro dos 274 do Cruzeiro. Vai precisar ser mais efetivo no Mineirão para tornar a disputa menos previsível. Só luta, coragem e boas ideias de jogo não bastam.

(Estatísticas: Footstats)

 

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A bela noite do Flamengo de Juan que encerrou a invencibilidade do Cruzeiro http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/27/a-bela-noite-do-flamengo-de-juan-que-encerrou-a-invencibilidade-do-cruzeiro/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/27/a-bela-noite-do-flamengo-de-juan-que-encerrou-a-invencibilidade-do-cruzeiro/#respond Sun, 28 Apr 2019 02:21:59 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6404 Abel Braga confirmou os titulares na estreia do Flamengo no Brasileiro. O desafio no Maracanã contra o Cruzeiro, um dos favoritos ao título em potencial, justificava a seriedade. Até porque o confronto decisivo com o Peñarol pela Libertadores só acontecerá no dia 8 de maio.

E o Maracanã viu um time intenso e ligado em campo. Nem apatia, nem pilha errada. Ainda com os problemas coletivos para trabalhar com bola no chão na maior parte do tempo com Gabriel Barbosa pela direita e Bruno Henrique no centro de ataque que abre espaço para De Arrascaeta à esquerda. Mas ganhando força nas jogadas aéreas e presença de área.

Como no gol de empate, com Bruno Henrique completando cruzamento de Everton Ribeiro pela esquerda. Tocando de cabeça e depois conferindo quase sobre a linha. Típico de centroavante. Na virada, sim, uma bela combinação com parede de Gabriel, passagem de Arão e o passe para trás achando Bruno Henrique. Quase um triplete em contragolpe iniciado pelo camisa nove pela direita, chute do artilheiro da noite e gol de Gabriel no rebote. De novo as individualidades resolvendo.

Foi a senha para Abel Braga colocar Juan em campo com tranquilidade para se despedir do futebol. Muita emoção no estádio, apesar do acidente com Rodrigo Caio no último lance que assustou todo mundo, mas não parece ter consequências graves. Melhor assim.

Pior para o Cruzeiro, que novamente respeitou demais o adversário. Se defendeu em duas linhas de quatro compactas, mas abdicou do jogo em vários momentos se limitando ao trabalho sem bola. Faltava rapidez de Rodriguinho e Fred, os mais adiantados no 4-2-3-1 de Mano Menezes, para acionar os ponteiros Marquinhos Gabriel e Pedro Rocha.

Na primeira que passou por Fred e chegou a Pedro Rocha infiltrando em diagonal saiu o primeiro gol do jogo. Não abateu o Fla porque o empate veio rápido. E o time mineiro voltou a recuar, só atacando depois de levar a virada. Muito pouco para um trabalho longevo e elenco talentoso e homogêneo. Algo para repensar se quiser ser forte também nos pontos corridos. É preciso buscar protagonismo também como visitante.

Perdeu a invencibilidade de 22 partidas e foi mero coadjuvante em uma bela noite rubro-negra que precisa se repetir mais vezes. No Brasileiro e, principalmente, na Libertadores. O time deve isso ao seu torcedor.

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Cruzeiro campeão invicto porque é o melhor, mas poderia sofrer menos http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/20/cruzeiro-campeao-invicto-porque-e-o-melhor-mas-poderia-sofrer-menos/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/20/cruzeiro-campeao-invicto-porque-e-o-melhor-mas-poderia-sofrer-menos/#respond Sat, 20 Apr 2019 21:52:58 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6345 Você leu neste blog uma crítica ao Cruzeiro de Mano Menezes por respeitar demais os adversários, desperdiçando chances de definir jogos e confrontos ao exagerar na cautela com vantagem mínima no placar.

Aconteceu de novo na volta da final do Mineiro no Independência. Administrando os 2 a 1 da ida no Mineirão, placar magro diante do contexto de um Atlético destroçado pela goleada sofrida para o Cerro Porteño e a consequente demissão de Levir Culpi.

O time celeste iniciou recuando linhas e tentando controlar negando espaços ao rival. Mas o 4-1-4-1 montado pelo interino Rodrigo Santana surpreendeu com Geuvânio e Chará nas pontas, Luan por dentro com Elias à frente de José Welison e Ricardo Oliveira na frente. Muita intensidade, com momentos de “Galo Doido” na pressão sobre o oponente.

Os dois times finalizaram no travessão até o contragolpe de Chará para Ricardo Oliveira e Elias marcando de cabeça no rebote de Fábio. Só assim para o Cruzeiro sair para o jogo e ficar mais tempo com a bola no campo de ataque, mas sem ameaçar tanto. O Galo seguiu intenso, porém com dedicação maior no trabalho defensivo.

Beneficiado também por uma arbitragem insegura que travou demais o jogo. Porque os jogadores, pilhados e querendo mostrar que querem a vitória a qualquer custo, reclamavam até de lateral. Inseguro, Leandro Bizzio Marinho recorreu ao VAR em várias situações, algumas desnecessárias. Algo a ser revisto na utilização do recurso de vídeo.

Disputa equilibrada na segunda etapa, apesar da dificuldade cruzeirense para trabalhar a bola e infiltrar. Mano usou a qualidade no banco de reservas colocando Thiago Neves no lugar de Lucas Romero e, pela primeira vez, utilizando o camisa dez e Rodriguinho juntos na articulação.

Também trocou Marquinhos Gabriel por Pedro Rocha, contratação mais recente que disputou com Leonardo Silva e a arbitragem, de novo consultando o VAR, anotou o pênalti. Com a nova orientação da International Board, cujo critério na prática é não ter critério, infração passível de ser marcado.

Fred converteu para consolidar a conquista invicta. Artilheiro com 12 gols no mesmo número de partidas. Um dos destaques do melhor time de Minas Gerais e do país, mas que não precisava sofrer tanto. Tem elenco, trabalho longo e mentalidade vencedora para se impor com menos dificuldade.

Mas sai com a taça novamente e é o que importa para o torcedor. Impossível falar em injustiça.

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