rodrigomoreno – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Valencia campeão no centenário. Barcelona em clima de fim de festa http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/25/valencia-campeao-no-centenario-barcelona-em-clima-de-fim-de-festa/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/25/valencia-campeao-no-centenario-barcelona-em-clima-de-fim-de-festa/#respond Sat, 25 May 2019 21:19:13 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6591 O Barcelona tinha a bola no primeiro tempo da final da Copa do Rei no Benito Villamarín. Rodando, tocando, mas sem infiltração. Porque com as ausências de Dembelé e Luís Suárez, lesionados, o ataque perdeu presença de área e profundidade com Messi como “falso nove” e Sergi Roberto e Philippe Coutinho nas pontas.

O Valencia fazia o simples para a ocasião: compactava duas linhas de quatro, recuava Rodrigo Moreno no cerco a Busquets e estreitava a marcação. Jogadores muito concentrados sem a bola e atento às oportunidades para acelerar os contragolpes pelos flancos: à esquerda, Gayá recebeu passe longo de Gabriel Paulista e serviu Gameiro em um golaço. Depois Soler às costas de Jordi Alba servindo Rodrigo. 2 a 0 com menos de 30% de posse de bola.

Messi lutava sozinho porque Arthur e Rakitic não contribuíam por dentro e o time não encontrava o melhor espaço para acionar o gênio argentino. Melhorou com Vidal na vaga de Arthur, que vai precisar de um trabalho de resgate técnico e de confiança na seleção brasileira com Tite. E Malcom na vaga de Semedo, com Sergi Roberto recuando para a lateral.

Com o passar do tempo, a solução do “modo emergência” do Barça desde o lendário confronto com a Internazionale em 2010: Piqué abandona a zaga e vira centroavante. Apenas reforçando a carência tática e também de melhores opções que Kevin-Prince Boateng no ataque. Acabou diminuindo a desvantagem em finalização de Piqué defendida pelo goleiro e Messi conferindo no rebote. Gols do camisa dez em seis finais do torneio, mais um recorde na carreira. Mas não deu o penta ao Barça.

O clima é de fim de festa. O elenco deve ser reformulado e, de fato, é preciso. Mas Valverde precisa repensar algumas ideias e não depender tanto de Messi. Nem sacrificar Alba correndo de uma linha de fundo à outra durante toda a temporada. O time precisa de mais intensidade e vigor físico. Também força mental para jogos decisivos.

Para o Valencia, uma festa espetacular. Conquista improvável no ano do centenário, primeiro título da carreira e primeira vitória sobre o Barça do treinador Marcelino Toral. Todo simbolismo com o ídolo Parejo levantando a taça. Apesar dos problemas do time catalão, o feito é histórico.

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O primeiro gol de Philippe Coutinho pelo Barcelona, com a “benção” de Messi http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/02/08/o-primeiro-gol-de-philippe-coutinho-pelo-barcelona-com-a-bencao-de-messi/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/02/08/o-primeiro-gol-de-philippe-coutinho-pelo-barcelona-com-a-bencao-de-messi/#respond Thu, 08 Feb 2018 22:40:47 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=4113 Ernesto Valverde precisou de 45 minutos para perceber que o futebol coletivo do Barcelona era prejudicado pela nulidade de André Gomes jogando aberto pela direita na linha de meio-campo. Por isso sua equipe teve problemas no primeiro tempo no Estádio Mestalla pela semifinal da Copa do Rei.

Também porque o Valencia, necessitando reverter desvantagem de 1 a 0 construída no Camp Nou, se arriscou com o brasileiro naturalizado espanhol Rodrigo Moreno atuando como uma espécie de “falso nove” tentando alimentar Zaza e Vietto na frente. Dinâmica que dificultava a saída de Jordi Alba para atacar pela esquerda com a cobertura de Umtiti e Busquets centralizado na proteção.

A retaguarda sofria e os ataques pela direita eram previsíveis, dependentes do apoio de Sergi Roberto e das aparições de Messi no setor. Faltou fluência ofensiva, mesmo com o controle da posse de bola – importante para administrar a vantagem no confronto.

Tudo mudou em três minutos com Philippe Coutinho em campo na vaga do português na volta do intervalo. Ainda que o brasileiro não se sinta confortável pela direita, no primeiro ataque apareceu na segunda trave para completar centro de Suárez pela esquerda e encaminhar a classificação do Barça para a 10ª final do torneio em 13 anos. Primeiro gol pelo novo clube. Já sendo decisivo.

Interessante notar que até Paulinho entrar no lugar de Iniesta e Coutinho enfim ser deslocado para o lado esquerdo, Messi novamente usou toda sua leitura de jogo para permitir que o camisa 14 saísse da direita para circular pelo centro às costas dos volantes adversários, como faz na seleção. Exatamente no espaço em que o gênio argentino gosta de atuar.

Para gerar o espaço, Messi ficava aberto pela direita recebendo e acionando os companheiros. De certa forma também descansando em campo. Mas dando uma prova de que entende a importância do talentoso meia brasileiro no elenco de Valverde. Uma espécie de aval do craque do time.

Depois bastou ao Barcelona seguir controlando o jogo com posse e sofrendo apenas um ataque mais contundente, com Cillessen fazendo grande defesa. No final, falha do zagueiro Gabriel Paulista, mais uma assistência de Suárez e gol de Rakitic. Ainda houve tempo para estreia de Yerri Mina entrando no lugar de Piqué.

Com vaga na decisão da Copa nacional e o título espanhol bem encaminhado pela larga vantagem na liderança, o Barça pode concentrar todos os esforços no duelo com o Chelsea pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Favoritismo natural pelo bom momento contrastando com a séria crise no time inglês, mas a história mostra que costuma ser um duelo perigoso.

Mais ainda sem a opção de Coutinho, ainda que no banco. Resta ao brasileiro seguir seu processo de adaptação ao novo clube. Com gols e a “benção” de Lionel Messi.

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