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Cruzeiro tem treinador, elenco e lastro para ser forte nos pontos corridos

André Rocha

28/05/2017 20h12

Na Vila Belmiro, passe de Ramon Ábila para Thiago Neves dar a vitória sobre o Santos. Ambos saindo do banco de reservas. Vitória para deixar o Cruzeiro com sete pontos em três rodadas.

Amostragem pequena para 38 jogos. Incógnita ainda maior pelo revés no Mineiro para o rival Atlético e a decepção na Sul-Americana, eliminado nos pênaltis pelo Nacional do Paraguai. Confiança sempre conta. Ainda que o time só tenha sofrido três derrotas no ano.

Mas é inegável que o Cruzeiro tem um considerável lastro de evolução para ser forte nos pontos corridos. Mano Menezes pode armar uma equipe segura atrás e propondo o jogo, como foi em Santos no primeiro tempo. Com a variação do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1 utilizada por Botafogo e Grêmio – resgate da seleção brasileira em 2010, com Dunga e Jorginho.

Hudson foi o volante executando a função de meia à direita. A solução é interessante para aproveitar o apoio do lateral – Lucas Romero, no caso. Também fechar o lado forte adversário, como Zeca e Bruno Henrique no Santos. A movimentação deixa um espaço para as infiltrações no setor do centroavante e do meia central ou até de um dos volantes, para mexer com a marcação adversária. Por ali caíram Arrascaeta, Rafael Marques e Henrique, eventualmente.

O time celeste teve volume de jogo, maior posse e acerto de passes. Atacou também pela esquerda com Alisson e Diogo Barbosa. Faltou precisão, porém. Dez finalizações, nenhuma no alvo. Na segunda etapa, Thiago Neves finalizou quatro, acertou duas. Uma decidiu a partida. Não pode ser reserva.

Considerando que time base é utopia no futebol brasileiro de campeonato rolando em datas FIFA, suspensões, lesões, desgaste e, no caso do Cruzeiro, ainda a Copa do Brasil a disputar, o importante é contar com opções em um elenco homogêneo. Mano Menezes tem. A lamentar, Dedé de novo convivendo com lesões. Ainda que Caicedo tenha entrado bem.

É óbvio que na competição por pontos corridos há jogos grandes, decisivos. Mas sem o matar ou morrer. Premiando a regularidade e a consistência, mesmo com algumas tardes e noites ruins. O São Paulo tenso da estreia, o Sport de Ney Franco focado na final da Copa do Nordeste e o Santos hesitante na temporada ainda não são parâmetros para avaliar a real capacidade de crescimento do Cruzeiro

Mas pontuar em dois jogos fora e um em casa, sem perder e sofrendo apenas um gol, é sempre relevante.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Sobre o Autor

André Rocha é jornalista, carioca e blogueiro do UOL. Trabalhou também para Globoesporte.com, Lance, ESPN Brasil, Esporte Interativo e Editora Grande Área. Coautor dos livros “1981” e “É Tetra”. Acredita que futebol é mais que um jogo, mas o que acontece no campo é o que pauta todo o resto. Entender de tática e estratégia é (ou deveria ser) premissa, e não a diferença, para qualquer um que trabalha com o esporte. Contato: anunesrocha@gmail.com

Sobre o Blog

O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte.