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Suíça, Costa Rica e Sérvia: Brasil pode encarar três ferrolhos. Um perigo!

André Rocha

01/12/2017 14h36

Acabou a ansiedade e tantas simulações neste mundo apressado que precisa inventar pautas o tempo todo. Agora é o que vale!

O Brasil fugiu de Inglaterra, que caiu no Grupo G com a Bélgica, e Espanha, adversário de Portugal no Grupo B. Não temos exatamente um "grupo da morte", ainda que Islândia, Croácia e Nigéria não sejam adversários tranquilos para a Argentina no Grupo D.

Suíça, Costa Rica e Sérvia. O Brasil naturalmente é o favorito à primeira colocação do Grupo E. Mas pode ter problemas na primeira fase do Mundial da Rússia.

Duas seleções europeias que não devem abrir mão de forte compactação e, muito provavelmente, uma linha de cinco defensores. Ou armar linhas de quatro e recuar os meias pelos flancos reunindo seis homens protegendo as próprias metas. Já a Costa Rica desde o último Mundial costuma atuar com três zagueiros, mais dois alas que recuam como laterais. Serão três ferrolhos. Ninguém vai se abrir. Ou talvez só a Sérvia, por necessidade, na última partida.

Um problema para a seleção de Tite, que gosta de espaços para trabalhar e sofreu para infiltrar na linha de cinco da Inglaterra. Com Neymar conduzindo demais, Coutinho saindo da direita em direção à zona de maior pressão, Gabriel Jesus voltando para fazer pivô, laterais talentosos (Daniel Alves e Marcelo), mas apoiando muito por dentro e sem buscar a linha de fundo com velocidade. Apenas Paulinho buscava o espaço às costas da defesa. Algo a ser trabalhado até lá.

Costa Rica de Keylor Navas, Suíça de Xhaka e Shaqiri e Sérvia de Matic. Em termos de qualidade individual e tradição, não é nada preocupante. Mas nunca o esporte foi tão coletivo e focado em ocupação e criação de espaços. Jogar com a responsabilidade de se instalar no campo de ataque é uma responsabilidade grande. E um perigo!

Por ora são as possíveis previsões. Mais que isso é adivinhação. Que dirá tentar imaginar adversários nas oitavas, quartas. O futebol está cada vez mais nivelado, com jogos duros. Imaginar apenas os favoritos se classificando chega a ser ingênuo. Ainda mais num Mundial em que Itália, Holanda e Chile ficaram de fora.

Mais prudente seguir o clichê e pensar jogo a jogo. Ou melhor, priorizar a preparação para melhorar o desempenho e crescer na hora certa.

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Sobre o Autor

André Rocha é jornalista, carioca e blogueiro do UOL. Trabalhou também para Globoesporte.com, Lance, ESPN Brasil, Esporte Interativo e Editora Grande Área. Coautor dos livros “1981” e “É Tetra”. Acredita que futebol é mais que um jogo, mas o que acontece no campo é o que pauta todo o resto. Entender de tática e estratégia é (ou deveria ser) premissa, e não a diferença, para qualquer um que trabalha com o esporte. Contato: anunesrocha@gmail.com

Sobre o Blog

O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte.