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Se não fizer loucuras, Corinthians será forte na Libertadores 2021

André Rocha

13/02/2020 09h28

Jogar Flórida Cup e estrear na Libertadores em fevereiro é uma insanidade. Mais ainda quando um time se propõe a mudar a filosofia de jogo.

O São Paulo penou no ano passado com André Jardine, o Corinthians se virou em 2015 com Tite, queimou etapas de preparação para ser competitivo rapidamente e pagou um preço caro no Paulista e na própria Libertadores. Contra o mesmo Guaraní.

Em 2020, o Corinthians também sofreu, repetindo o fiasco contra o Tolima em 2011. Mas desta vez por conta do gol "qualificado". Foi às redes com Luan e Boselli, Finalizou 42 vezes em 180 minutos, 11 no alvo.

Teve volume de jogo com Camacho e Cantillo no meio-campo e o apoio de Fagner no corredor direito. Em Itaquera, mais presença física na área adversária com Vagner Love e Boselli. Ainda os lampejos de Luan.

Mas é uma transição complicada, ainda mais por conta da escolha de Tiago Nunes por assumir apenas na volta das férias e não aproveitar a reta final do Brasileiro para começar a implementar o modelo de jogo. Ainda que houvesse mudanças no elenco em seguida.

Talvez corrigisse o problema crônico do time no jogo aéreo defensivo, especialmente na bola parada – a que custou o gol da derrota no Paraguai. Ou melhorasse a coordenação do ataque com a proposta mais ofensiva. Comprometida no segundo tempo pela tola expulsão de Pedrinho.

Agora a pressão virá já no Paulista. Talvez a cobrança de combinar as novas ideias com a "identidade Corinthians" de antes. Difícil prever o que pode acontecer em um ambiente contaminado.

Mas se não fizer nenhuma loucura, o time paulista pode encontrar um bom caminho. Com Pedrinho ou Ramiro como um meia partindo da direita para dentro se entender com Luan e se juntar ao centroavante – Boselli hoje à frente de Love. Do lado oposto, a velocidade e as infiltrações em diagonal de Yony González. Ou Janderson, que tem potencial e precisa amadurecer.

Para terminar bem a temporada e chegar forte na Libertadores 2021. Direto na fase de grupos, evitando o inferno deste fevereiro.

(Estatísticas: SofaScore)

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Sobre o Autor

André Rocha é jornalista, carioca e blogueiro do UOL. Trabalhou também para Globoesporte.com, Lance, ESPN Brasil, Esporte Interativo e Editora Grande Área. Coautor dos livros “1981” e “É Tetra”. Acredita que futebol é mais que um jogo, mas o que acontece no campo é o que pauta todo o resto. Entender de tática e estratégia é (ou deveria ser) premissa, e não a diferença, para qualquer um que trabalha com o esporte. Contato: anunesrocha@gmail.com

Sobre o Blog

O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte.